O ciclismo do F C Porto em boa hora regressou ao seio do mundo
portista, passando a ser mais uma modalidade que dá cor e vida à existência do
sentimento que o F C Porto representa. Como tal, porque o universo do
simbolismo do Dragão transmite espírito de vitória, seja no que for, aí temos
de novo o ciclismo para nos entusiasmar, como noutras épocas, quando no futebol
o panorama se não apresenta à medida de nossos anseios. Havendo assim sempre
algo mais, como foi já o hóquei, o andebol, o basquetebol, etc. e mesmo com a natação, cujas notícias de vitórias chegam sempre bem à nossa atenção. Inclusive em modalidades de acompanhamento diferente, quer em bilhar ou boxe, por exemplo, interessando que os representantes portistas vençam e seus triunfos soem bem aos ouvidos. Até que agora o fogo do Dragão volta a
ser no desporto das bicicletas de corrida. Cujo palmarés está a enriquecer
o historial alvi-anil, como aqui tem sido registado em anteriores artigos
historiadores.
Ora, no ciclismo de elite, o W52-FC Porto-Porto Canal somou
ontem, feriado nacional do dia 25 de abril, a segunda vitória individual da
época, de novo por intermédio de Rafael Reis, ao vencer a Volta à Bairrada,
competição decorrida desde sábado até ao dia feriado de segunda-feira. Antes,
no primeiro dia, Samuel Caldeira, também ciclista do F C Porto, vencera entretanto
a primeira etapa e foi o primeiro camisola amarela, até ao fim do segundo dia
de competição. Vindo no fim Rafael Reis, ciclista de 23 anos, a reconquistar a liderança
para as cores do F C Porto ao vencer a terceira etapa, no terceiro dia. Tendo o
F C Porto também vencido coletivamente, na classificação por equipas, em que
esta é também já a terceira vitória coletiva neste começo de temporada
ciclista.
Com estas e outras classificações, percorridas as primeiras
corridas oficiais da nova época, em que se dá o regresso do F C Porto às
estradas, os ciclistas que integram a equipa atual do clube dragão somam já
alguns triunfos significativos, sendo para já os maiores triunfadores do
pelotão nacional.
Tendo o início sido dificultado com o aparecimento de
algumas quedas e consequentes lesões, estando alguns ciclistas azuis e brancos
ainda em recuperação de mazelas e outros a procurarem recuperar a condição
física e estado de forma competitiva, tudo o que se nota, para já, mostra que a
equipa está bem constituída e promete uma época boa, conforme é denotado no
comportamento dos ciclistas que têm podido andar nas bicicletas durante as
provas.
Em atenção à satisfação que o ciclismo nos está a
proporcionar, assim como noutros tempos nos entusiasmou, ilustramos esta
crónica com imagens de recente reportagem saída na revista “Ciclismo a fundo”(em
ampliação e pormenorização mais saliente que em anterior publicação, no artigo
que neste blogue dedicamos à mesma revista). E, como que em apoteose memorial, culmina
este registo com uma recordação de antiga equipa, dum dos anos de ouro do
ciclismo azul e branco, refrescando memórias com um feito raro, do F C Porto
ter vencido uma Volta a Portugal individualmente, no ano da vitória de Joaquim
Leão, e coletivamente com um conjunto de
oito ciclistas, os que os regulamentos permitiam que se inscrevessem e
corressem, sem ter havido qualquer desistência nem eliminação – tal foi a
vitória individual e coletiva na Volta a Portugal em bicicleta de 1964, com
toda a equipa completa de início ao fim. Sendo a foto seguinte (em baixo) da equipa triunfante, a
dar a volta de honra na cerimónia protocolar final, em plena pista de ciclismo do antigo estádio de
Alvalade, com o vencedor da Volta, Joaquim Leão, ladeado por todos os colegas
de equipa, os mesmos que começaram e acabaram a prova, e com o treinador eufórico
a pedalar na frente… exibindo o "buquê" da vitória.
= Equipa da dupla vitória na Volta a Portugal de 1964,
individualmente e por equipas - a partir da esquerda, em fila lateral: Mário
Silva, Mário Sá, Joaquim Freitas, Ernesto Coelho, Joaquim Leão ( com a camisola
amarela e coroa de louros de vencedor), José Pinto, Sousa Cardoso e Carlos
Carvalho. Mais, à frente, o (diretor técnico) então treinador, Onofre Tavares –
com o ramo de flores representativo do triunfo da equipa.
ARMANDO PINTO
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
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