Ficou nos arcanos da memória o feito da equipa principal de futebol do FC Porto ter conseguido meter uma autêntica "lança em África" nos tempos acirrados do sistema BSB com a conquista da Taça de Portugal em 1968. Tendo para o efeito superado inclusive o clube do regime nas meias-finais dessa Taça, com o total goleador de 5-2 nas duas mãos, através dum inicial empate a duas bolas arrancado no antigo estádio da Luz e por fim vencendo categoricamente a equipa de Eusébio e Cª por esclarecedor 3-0 no mítico estádio das Antas.
O começo desse anseio teve efetivamente lugar no antigo estádio do FC Porto em tarde primaveril do domingo 9 de junho de 1968. Sabendo bem recordar essa ditosa vitória que deu asas ao sonho, por meio da recordação neste mesmo dia vindo a público na newsletter do clube, "Dragões Diário", nos seguintes termos:
«Domingo, 9 de junho de 1968: há 50 anos, neste dia, o FC
Porto recebia o Benfica na segunda mão da meia-final da Taça de Portugal.
Djalma tinha sido a figura no empate a dois no primeiro jogo e voltava a
brilhar uma semana depois. O avançado brasileiro bisou na Luz e repetiu a dose
nas Antas, abrindo o caminho a uma vitória que ainda teve o carimbo de Pavão,
já perto do final (3-0). Vale a pena rever (em vídeo, abaixo) os três golos, que
permitiram marcar encontro com o Vitória de Setúbal no Jamor, onde, oito dias depois,
a equipa treinada por José Maria Pedroto venceria por 2-1 e levantaria a tão
almejada Taça. Foi o primeiro e único troféu conquistado durante daquele
maldito e irrepetível jejum de 19 anos do título de campeão nacional.»
Era essa realmente a única taça duma competição federada que ao tempo foi possível alcançar a meio do longo período de ausência de títulos nacionais, entre os dez anos seguintes à antrerior conquista da Taça de Portugal de 1958, e nove do último campeonato ganho até então, em 1959; até nova conquista da Taça em 1977 e do campeonato em 1978. Obviamente além de torneios associativos e particulares, mais taças da Associação correspondente, por exemplo. Daí a importante repercussão que teve, como que a furar o bloqueio que o regime federativo ia impondo, através das arbitragens e manobras de bastidoires possíveis em presidências federativas circunscritas a Benfica, Sporting e Belenenses...
Como ilustração, desse jogo da passagem à final da "Taça de 68", juntamos alguns recortes do arquivo pessoal do autor deste blogue, entre material guardado desde esses tempos heroicos da equipa de Américo, Pinto, Valdemar, Pavão, Rolando, Djalma, Nóbrega, Atraca, Bernardo da Velha, Eduardo Gomes, Jaime, Sucena, Valdir, Malagueta, Almeida, Festa, Rui, Vaz, Vítor Gomes, Ricardo, Luís Pereira, Artur Augusto, Manuel António, Lisboa, Fernando e Alberto.
Efeméride esta que relembra esse facto, passadas cinco décadas de anos. O FC Porto antes conseguira eliminar concludentemente equipas dos Beira-Mar, Varzim, Covilhã e Belenenses, mas quando no sorteio se soube que calhara o Benfica para a decisão da ida à final não faltou quem dissesse e escrevesse que ia ser mais um ano em branco. Afinal foi bem azul. Já passou meio século, sobre isso... mas continua na retina da memória!
Como ilustração, desse jogo da passagem à final da "Taça de 68", juntamos alguns recortes do arquivo pessoal do autor deste blogue, entre material guardado desde esses tempos heroicos da equipa de Américo, Pinto, Valdemar, Pavão, Rolando, Djalma, Nóbrega, Atraca, Bernardo da Velha, Eduardo Gomes, Jaime, Sucena, Valdir, Malagueta, Almeida, Festa, Rui, Vaz, Vítor Gomes, Ricardo, Luís Pereira, Artur Augusto, Manuel António, Lisboa, Fernando e Alberto.
Efeméride esta que relembra esse facto, passadas cinco décadas de anos. O FC Porto antes conseguira eliminar concludentemente equipas dos Beira-Mar, Varzim, Covilhã e Belenenses, mas quando no sorteio se soube que calhara o Benfica para a decisão da ida à final não faltou quem dissesse e escrevesse que ia ser mais um ano em branco. Afinal foi bem azul. Já passou meio século, sobre isso... mas continua na retina da memória!
Também, conforme a indicação acima referida, juntamos aqui um pequeno filme, por meio de vídeo da coleção do amigo e grande portista Pedro Cardona.
((( Clicar na seta central para acesso ao filme; e sobre as imagens para ampliação das gravuras e páginas digitalizadas )))
A. P.
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