Na passagem dos tempos e evolução das circunstâncias, nem
tudo evoluiu em Portugal à medida das realidades, mas quantas vezes apenas
perante as dependências. Tal o que se nota no desporto português e na inerência
relativa das publicações técnico-desportivas, conforme a fácil perceção
relacionada com o panorama atual de jornais e canais televisivos sectários, contudo
não diferindo muito de outros tempos em que as publicações de maior fama
estavam com a mesma dependência do sistema de sempre. Como ainda se tem
verificado com jornais demasiado dependentes do regime vigente, como são A Bola
e o Record, embora nem só atualmente mas já de longa data, deixando grandes
saudades da existência do antigo O Norte Desportivo que era uma das pedradas no
charco de outros tempos.
Tal o que ainda agora, pesquisando numa revista de grande divulgação
como era a Stadium, se verifica que pelos idos anos das décadas de quarenta e
cinquenta, enquanto ao Benfica e ao Sporting, por exemplo, eram dedicados
grandes espaços e profusas reportagens, carregadas de fotografias, ao FC Porto
pouco mais era facultado que umas duas ou três imagens, quando não menos,
apenas para não parecer mal. Só aparecendo mais quando era para dizer mal ou à procura
de minar negativamente as mentalidades. Algo que hoje se torna notório na
diferenciação de documentação histórico-ilustrativa à posteridade.
Assim, para se ver como nessas circunstâncias o FC Porto era
visto apenas como um clube do norte, mas mesmo assim sem conseguirem retirar a importância
que o grande clube português já detinha, deitamos olhos a uma reportagem
inserta na revista Stadium, de Julho de 1944, como testemunho da visão sobre o
FC Porto nesses idos tempos.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
Nessa arca que se vê na fotografia, segundo dizia meu avô que falava nela de a ver no museu do FCP na sede da Praça do Município, estavam guardados religiosamente antigos documentos, como os livros de actas, escrituras dos bens imóveis do clube, etc.
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