Não é preciso referir tratar-se do futebol e especialmente
do plantel principal, bastando indicar ser FC Porto. Por tudo o que é óbvio e
mais atrativo publicamente. Sendo assim a festa do regresso do futebol portista
a casa, após as férias e na proximidade da nova época, uma festa evidente. Como
foi este sábado último de julho de 2018 em pleno ambiente do Dragão, desde as
imediações, passando pela zona da loja e do museu, até se sentir o que mais
cativa, dentro do estádio e com os olhos rasos da imensidão azul e branca de
preenchimento ao fluxo chegado ao coração.
De volta ao mundo alvi anil da zona das Antas, agora no
imponente conjunto desportivo-social do Dragão, para lá da visão do novo painel
pintado junto às bilheteiras vizinhas do espaço do museu e do bar, foi possível
adquirir mais um livro para a coleção de literatura portista. Passando a poder
ver e ler o volume escrito pela “guionista” Joana Marques, sempre engraçada, no
termo popular de pessoa com ironia interessante, como expõe nas suas 92 mini
histórias a totalizar minutos de épica memória. De permeio com maneiras de
passar o tempo a observar tudo o que nos enche as medidas, e por fim dar asas
ao voo do pensamento, para pousar em degraus da bancada a ver a entrada de
apresentação do plantel, embora sabendo que ainda não será definitivo, perante
cenário possível de poder haver alterações. Por entre números do programa, que até teve momento de homenagem a Mister Robson, o treinador que ficou ligado no FC Porto ao começo do Penta e é comum à história de FC Porto e Newcastle. E por fim o jogo, para dar corda às
chuteiras que os jogadores calçam em nosso nome, desta feita ainda sem ser a
sério, mas de modo experimental, para cunho mais real à festa.
Foi de festa, na verdade, o espírito vivido no Porto, no
sábado dia 28 de julho, na apresentação oficial da equipa do FC Porto para a época
quase à porta. Por entre agradável panorama de ver que nos dias que correm o FC
Porto é admirado por gente de todas as idades, como vimos o estádio a encher-se
de muitas crianças, com muitas camisolas azuis e brancas de diferentes fases
dos padrões dos sucessivos equipamentos de anos ainda recentes e sobretudo atuais à Porto, mais raparigas e mulheres em número
cada vez mais crescente, além dos seus acompanhantes obviamente, por entre a
mole humana de tantos e tantos portistas ali com o mesmo sentido do Portismo que
nos corre nas veias.
Disputado o desafio de futebol entre o FC Porto e o Newcastle de Inglaterra, que
era número final do programa, ainda que o resultado do jogo nem fosse o mais
importante, saldou-se tal prélio num empate, apesar do FC Porto ter tido
oportunidades mais que suficientes para ter podido ganhar, não fosse as bolas
saídas de alguns remates terem estrondosamente esbarrado nos postes e traves,
mais um ou outro lance salvo por defensores da equipa inglesa quase sobre o
risco, contudo também com culpas caseiras de alguma inoperância e falta de
eficácia noutros momentos.
De notar, pelo meio, que ficou desde já mais uma amostra do
que continua a ser o sistema desportivo interpretado pelos agentes da
arbitragem, a partir da imagem deixada pelo árbitro do encontro. Tanto que,
apesar de ser o que era, sem contar para qualquer prova, ficou um penalti por
marcar, obviamente a favor do FC Porto, quase no final do encontro – em seguimento
de livre direto, cujo remate foi impedido de ir para a baliza com o cotovelo
metido por um defensor adversário, que saltou na barreira daquele modo. Como
pode aquilo não ter sido visto a pouca distância, como estava o árbitro e o
próprio auxiliar? Logo o avançado portista, no caso o Hernâni, levantou o braço
a reclamar e o público desse lado da bancada mostrou ter-se apercebido.
Inclusive as imagens da transmissão televisiva mostraram bem, segundo se pode ver. Ou seja, até a
feijões os funcionários do poder não conseguem esconder para o que andam ali… Mesmo,
como foi, a deixar os adversários usarem de rudeza durante todo o jogo. Se
começa a ser assim ainda com a procissão no adro, o que será depois quando sair
a terreiro…
Então, de volta a casa, passada essa parte do dia no sítio
em que nos sentimos bem, um dos locais que mais gostamos de estar, fica a esperança
de um bom porvir (dentro das possibilidades em jogo dentro do campo, desde
naturalmente que a equipa consiga sempre superar as contrariedades. Caso seja
possível marcar mais um golo que os que os árbitros subtraírem, por exemplo, e
a moral seja superior às artimanhas do costume).
Enquanto isso, damos uma inicial passagem de olhos pelo
livro adquirido pessoalmente no mesmo dia, da Joana Marques, que faz sorrir no gosto da nossa cor comum, a pontos que
quase apetece sugerir-lhe que continue nessas linhas, proximamente com mais
histórias a propósito da conta dos 125 anos do FCP que estão quase a ser comemorados. Não
faltando mais motivos, até para então não se referir só ao futebol, mas lembrar
também que o FC Porto é grande no ciclismo, com exemplares eternos como o tão
popular Fernando Moreira, mais tantos heróis dos pedais, desde Dias dos Santos,
Moreira de Sá, Onofre Tavares, o papa etapas Artur Coelho, o rei da montanha Carlos
Carvalho, uns ídolos como foram Sousa Cardoso, Mário Silva, etc. e agora há Álarcon, Carvalho, Veloso, etc; quão no
hóquei em patins tem havido bom manejo do aléu por craques como Cristiano, Vítor
Hugo e Cª, inclusive que no basquetebol o FC Porto já teve um “Flash” Dover; como
no andebol os campeoníssimos Fabião, Campos, Dias, Leandro, etc. etc.; para
cortar a meta da memória com parcelas do ecletismo de outrora, a fazer lembrar
corridas medalhadas dumas Aurora Cunha e Fernanda Ribeiro, mais saltos do
Fernandes da vara e outros que tais. Tudo gente e factos recordados em espaços
de memória portista e que fazem parte da História do FC Porto, clube que já
teve pelo menos 20 modalidades e ainda vai tendo algumas em número dos dedos
duma mão, mais, além do futebol.
E agora venha mais do mesmo, que é continuar a ver o FC Porto
na mó de cima, para nosso encanto e descanso do coração.
Armando Pinto
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