Não é em vão que grandes estrelas do firmamento desportivo por
vezes passam na vida do FC Porto. Desde Siska, Flávio, Cubillas, Ademir, Madjer,
Juary, Celso, Casillas (referindo apenas alguns, para não alongar mais a lista)…
passando também por Branco – aquele defesa que era especialista na marcação de
livres diretos, chutados com o pé enviesado, em jeito de tocar a bola na
posição interior de três dedos, os seus “livres dos 3 dedos”. Estando todos esses
craques eternizados nos sentimentos portistas e por vezes mesmo com homenagens mais
vincadas.
Pois Branco é agora homenageado na sua terra natal com uma
estátua. Como antes também já ficara e está homenageado no Museu do FC Porto By
BMG.
Disso, para constar memorialmente, regista-se a louvável
ocorrência através da alusiva nota de reportagem vinda a público no jornal O
Jogo, na edição desta sexta-feira 22 de outubro, na véspera da homenagem na
terra do Cláudio Ibraim Vaz Leal “Branco”.
Armando Pinto
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Branco foi, talvez, o melhor marcador de livres à distância que vi.
ResponderEliminarRaramente a bola não ia à baliza e muitas vezes outros colegas marcaram golos de bolas vindas do guarda redes que tinha ficado com as mãos a ferver.
Lembro-me de ver alguns guarda redes a meterem as mãos à bola e ficarem largos minutos a abanar os braços para refrescar as mãos.
Na altura em que jogou no Porto eu dizia aos meus amigos na bancada que esses livres deviam ser apontados à barreira. A bola ou passava ou os adversários teriam que substituir um.
Pois, um dia, sem ter a certeza de ser a Escócia, num mundial e num jogo Brazil vs Escócia, livre e branco vai marcar. Como sempre fortíssimo remate e a bola acerta no torax de um escocês. Caíu redondo. Entra a equipa médica e o jogador não se conseguia levantar. A Escócia teve que substituir um jogador.
Não passou muito tempo e, livre mais ou menos no mesmo local.
Branco.
Mais uma vez um remate fortíssimo e desta vez a bola bate na cabeça de um Escocês.
Até me parecia que esta bola tinha sido mais violenta e perigosa que a anterior mas, aparentemente o jogador que levou com a bola nada sofreu. Um ou dois minutos depois do livre, o jogo decorria e o realizador foca um Escocês completamente perdido no campo. Parecia um bêbado. Parecia uma galinha de um lado para o outro sem ir para lado nenhum.
De repente esse Escocês cai inanimado no relvado. Entra a equipa médica, uma maca e o jogador teve que sair.
A Escócia teve que fazer mais uma substituição.
A minha teoria estava em prática.
Quantos mais livres a 30 40 metros da baliza melhor, era só apontar à barreira e iam sendo substituições atrás de substituições até ao limite que na altura deviam ser duas.
Branco. Grande marcador de livres.