Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Às Voltas da história: A propósito da história de José Maria…


Relembra hoje a página comunicativa do FC Porto, através da missiva Dragões Diário desta sexta-feira última do presente setembro de evidente verão tardio, que efetivamente faz anos que neste dia se deu a estreia de José Maria com a camisola do FC Porto. 

Pois, «foi a 30 de setembro de 1949, há 67 anos, que José Maria ingressou no FC Porto. O avançado esteve ao serviço do FC Porto oito épocas, tendo marcado 78 golos com a camisola azul e branca, entre eles o primeiro do nosso clube nas competições europeias, e conquistado a primeira dobradinha, em 1955/56.»

O facto dá azo a relembrar algo mais e ao mesmo tempo evocarmos algum do Portismo que sempre correu nas veias ao longo dos tempos. Tal o caso disso nos fazer lembrar um antigo portista a quem esse antigo avançado José Maria marcou mais que os golos que havia obtido ao serviço do FC Porto.

= José Maria na equipa do FC Porto durante a época das vitórias no Campeonato e Taça de 1955/56: (estando, no estilo clássico de fotos das equipas) de pé e da esquerda para a direita - Pinho, Virgílio, Porcel, Osvaldo, Vale, Eleutério e Barrigana; e em primeiro plano - Carlos Duarte, Pedroto, Hernâni, Perdigão e José Maria. =

Com efeito (passando a descrever na primeira pessoa para facilitar a narrativa) tive a felicidade de em pequeno, catraio ainda de escola, ter convivido em acompanhamento clubista com um tio que era um apaixonado portista. Um tio que nunca chegou a ver ao vivo o FC Porto no estádio das Antas, além de ouvir pelos relatos radiofónicos, a não ser num jogo particular acontecido em Felgueiras (quando a equipa do FC Porto andava a fazer jogos particulares pela província em eventos de angariação de receitas para o pagamento da construção do então novo estádio das Antas), pois naquele tempo a distância de coisa de sessenta quilómetros para o Porto cidade representava tormentas várias, além das possibilidades económicas dum trabalhador assalariado desses tempos dos anos cinquenta e sessentas, etc. e tal…

= Célebre linha avançada da equipa do FC Porto (em dia dum Porto-Benfica), contando, a partir da esquerda, com José Maria, José Pedroto, Monteiro da Costa, António Teixeira e Barros. =

Ora esse meu tio, o meu Tio Zé Moreira, ficou muito triste quando o José Maria trocou o FC Porto pelo Benfica, como ele dizia, tendo ingressado no clube rival lisboeta. Algo que ele, o meu tio, jamais esqueceu, até porque, como dizia também, isso fez com que diversos seus amigos adeptos desta região sousã tivessem começado nesses dias a simpatizar com os mouros vermelhos.

Aproveito agora o facto, então, para assim fazer uma homenagem a esse meu tio, portista da velha guarda, cujo Portismo ajudou muito ao Portismo que vem desses tempos. Relembrando essa ocorrência, que teve algum lenitivo naquele meu tio pela passagem do Zé Maria por Lisboa não ter tido sucesso e um ano volvido ter acabado enfim por rumar ao Braga. Como exemplo que qualquer história pode estar algo esquecida, mas será sempre lembrada.

E o FC Porto permanecerá sempre na memória pelos confins dos tempos.

Armando Pinto

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2 comentários:

  1. Participou, com a camisola do benfica, na única final da taça de portugal conquistada pelo fc porto àquele seu rival; seria em 1957/58, golo de Hernâni (1-0), equipa orientada por Otto Bumbel (que sucederia ao mítico Yustrich)

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  2. A época que passou pelo benfica (1957/58) coincidiu com a única final da taça conquistada a esse lisboeta adversário; curiosamente Zé Maria disputá-la-ia com a camisola vermelha
    ; golo de Hernâni numa vitória(1-0)cujo treinador sucederia ao mítico Yustrich... Otto Bumbel.

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