Estava-se no início de abril, em 1978, quando, no dia
seguinte à data estabelecida popularmente das mentiras, aconteceu mais um jogo
com casos para jamais esquecer, algo que contado pode parecer mentira mesmo fora de dia, mas aconteceu de verdade... O que nem era de admirar, aliás. Tendo-se disputado, na tarde desse domingo
também de início da primavera da correspondente época, o clássico Sporting-Porto dessa
temporada futebolística. E, estando o FC Porto então com fortes hipóteses de
finalmente conseguir o título nacional que fugia há muitos anos, teve de mostrar
que tinha mesmo estofo de campeão com uma vitória arrancada contra tudo e todos
em Alvalade.
Com efeito, a 2 de abril de 1978 (faz agora em 2019 já 41
anos, mas parece que ainda estamos a sentir…) «o FC Porto deu um passo
importante rumo à quebra do jejum de 19 anos sem vencer o campeonato. No
Estádio de Alvalade, num jogo que ficou marcado pelas expulsões de Rodolfo e do
sportinguista Artur logo aos 11 minutos, os Dragões venceram por 3-2, com um
bis de Gomes e um golo de Duda.»
Esse jogo foi um dos tais de mexer com os nervos, pela arbitragem
tendenciosa que ficou marcada e é recordada por um célebre penalti inventado, a
dar o primeiro empate de golos no jogo, depois de repetição, pois que o
guarda-redes portista Fonseca defendeu primeiramente o penalti mas o árbitro Raúl
Nazaré de Setúbal mandou repetir… até que depois de segundo empate, o FC Porto
se colocou finalmente e de vez em vantagem com um potente remate de Duda, ao estilo "do meio da rua".
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Desse jogo juntam-se a respetiva ficha e comentários, como
constam no livro referente a essa “Época d’ Ouro 77 – 78”, com algumas imagens
do mesmo e de outras publicações. Incluindo a famosa saída de campo dos dois
expulsos, um de cada lado, abandonando o relvado abraçados…
Encima a página uma foto da capa de um outro livro, da
coleção “Grandes Equipas Portuguesas de Futebol” e referente ao FC Porto – cuja
capa completa se inclui também.
Obs.: Na indicação da constituição da equipa, no referido livro, nota-se constarem apenas dez elementos, mais dois suplentes entrados depois como reforços. Faltando o nome de Ademir, por lapso da edição obviamente, pois que ele jogou e bem. Ademir que se vê na colorida foto... o "Ádémir" tão entoado no relato do Amaro no célebre jogo de suspiro ao título... (daquele decisivo empate com o Benfica a 28 de Maio seguinte, desse ano...).
Armando Pinto
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