26 DE OUTUBRO DE 2020
O mais que centenário Futebol Clube do Porto, fundado em
1893, há já 127 anos (completados ainda recentemente, neste ano de 2020), há
também já 98 anos que é simbolizado pelo seu distintivo oficial, o sagrado
brasão encimado pelo mítico Dragão.
Com efeito, foi a 26 de outubro de 1922 que, em Assembleia
Geral, os sócios do FC Porto aprovaram a criação do novo emblema, desenhado por
Simplício, artista plástico e jogador do FC Porto. Substituindo assim o emblema
que vigorava a seguir ao original do clube, ou seja em vez do primitivo monograma
e seguinte bola com as letras da sigla, passou a existir o que a partir daí
ficou conhecido. Bem como na mesma AG foi aprovada a criação da bandeira
oficial do clube, tendo em destaque o novo emblema. Esse emblema mantém-se desde
então como símbolo principal dos dragões, apenas com pontuais alterações
gráficas ainda algo recentes.
Bem como na mesma AG foi ainda decidido
atribuir aos aviadores Sacadura Cabral e Gago Coutinho o título de Sócios
Honorários do FC Porto, "por tão alto erguerem o nome de Portugal"
com sua façanha da primeira travessia aérea do Atlântico sul, ligando Portugal
ao Brasil numa epopeia em que tiveram de utilizar mais que um aparelho voador.
Então, como decisões deveras marcantes, ficaram
estabelecidas as formas dos símbolos do clube, que identificam todo o mundo
portista.
As grandes causas e instituições comunitárias têm sempre sua simbologia, como algo que de imediato leva à associação a essa ação mobilizadora. Sendo os símbolos uma parte decisiva da mensagem, qual sinal que nos fala da correspondente significância. Tal o que representa para nós a área emblemática Portista, como são o brasão distintivo, o equipamento (sobretudo a camisola, mas também os calções, mais as meias), o hino e a bandeira. Uma fortaleza, por assim dizer, que se ergue na importância deste clube sentido bem dentro de nós.
Para se ter noção destas coisas, porque não há nada por acaso, que ser queira ou não, embora buscando exemplos alheios ou quase alienatórios, basta reparar como a alteração do emblema do Sporting, afinal de contas, ficou relacionado com o decréscimo da grandeza do mesmo clube leonino lisboeta. E como acontece com a redução de espetadores no nosso estádio, a partir de inícios do século XXI, quer ainda nas Antas como depois no Dragão, na linha de algum alheamento sedutor, desde que as camisolas do clube passaram a ser vulgarizadas com diferenciados modelos anuais, ao deixar de haver um padrão perene e passou a haver uma mistura de riscas e risquinhas, sem um feitio uniforme e apenas com elo nas cores azuis e brancas.
Ora, pois, como a memória de tudo tem de incluir mesmo uma totalidade, naturalmente, também num espaço intencional destes, na ideia de fazermos o que nos é possível por enlevar a Memória Portista, compete-nos não deixar passar a importância que merecem os símbolos. Dando aqui, desta feita, lugar a referências à bandeira do F. C. Porto, como estandarte que é da identidade do que nos liga, o F. C. Porto.
Em tal norte desta caminhada pela mística Portista, fazemos por conseguinte um circuito visual por algumas das facetas inerentes, em que, no caso, a bandeira do nosso clube faz parte integrante do carácter do clube azul e branco: desde presença em cerimoniais históricos, como própria representatividade, até máxima guia, enquanto motivo de comando, que segue à frente; e referência, como algo que reluz nas atenções que ao F. C. Porto consagramos.
Em reforço desta bitola, no sentido de marco clubístico, recordamos como ilustração um artigo da série “Testemunhos” constante da revista Dragões de Setembro de 1989.
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Como complemento e na extensão do tema do dia,
relembre-se o que anteriormente já foi recordado
sobre a
Ligação Portista à 1ª Travessia Aérea de Portugal ao Brasil
Este mês ocorre uma efeméride especial, por ser relacionada com um feito gravado na história pátria e anais da história universal, como foi a travessia aérea protagonizada por portugueses em 1922. Tendo durante o mês de Outubro desse ano, em Assembleia Geral do FC Porto, os sócios portistas distinguido tais heróis do ar com a categoria de sócios honorários do FC Porto. Na sequência do ambiente gerado em torno dessa façanha, em que também o mundo portista se associou ao acompanhamento de tal epopeia.
“A aventura que Gago Coutinho protagonizou ao lado de Sacadura Cabral, em 1922, na primeira travessia aérea do Oceano Atlântico, entre Portugal e o Brasil, foi intensamente vivida pelo FC Porto. O apoio foi sempre inequívoco - incluindo um jogo de angariação de fundos para a compra de um hidroavião, comprovado pela conquista da Taça Lusitana - e o regozijo tal que Gago Coutinho mereceu a distinção de Sócio Honorário, tendo sido emitido o respetivo certificado…” que está no Museu do FC Porto – onde se pode apreciar a Taça Lusitana na vitrina "Primeiras Conquistas", ao lado dos primeiros troféus ganhos pelo FC Porto.
Enquadrando e recordando o facto, relembramos um artigo que entretanto escrevemos e publicamos, em Outubro de 2011, no nosso anterior blogue, do qual para aqui transpomos cópia das respetivas páginas, como se pode ver pelas imagens.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
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