O FC Porto teve mais uma noite de gala em provas europeias,
na 4.ª Jornada da fase de grupos da “Champions”-Liga dos Campeões Europeus,
com uma grande vitória na Alemanha e por extensão outros fastos relevantes.
Como no facto da equipa portista ter marcado muito cedo, o que é sempre
importante, com o madrugador golo de Galeno, mais, entre outras ocorrências,
também no deveras decisivo caso de Diogo Costa ter defendido um
penalti, quando o resultado estava ainda com um golo apenas de vantagem para o
FC Porto. Passando assim o atual guarda-redes internacional do FC Porto a ter
já quatro penaltis defendidos até agora. Levando a que na comunicação social
seja o tema referenciado, muito justamente.
Assim sendo, como casos destes são fora do comum, pela dificuldade
evidente de poderem ser defendidos tais remates das chamadas grandes
penalidades (pois o mais comum é os penaltis serem convertidos, ou
desperdiçados quando atirados aos postes, barra ou para fora), sempre que o guarda-redes
consegue evitar que a bola entre na baliza nesses remates da respetiva marca, isso
é algo assinalável. Ficando sempre a memória de acontecimentos desses em casos
mais importantes. Como foi por exemplo quando em 1968 Américo defendeu um penalti
contra o Cardiff, no estádio das Antas, quase no fim do jogo dessa eliminatória
da então existente Taça das Taças, mantendo o resultado que estava em 2-1 e
assim assegurando a passagem do FC Porto à eliminatória seguinte. E, entre
outros, agora em 2022 este defendido por Diogo Costa, na Alemanha diante do Bayer
Leverkusen, para a Liga dos Campeões.
Ora, a propósito disso, convirá contudo fazer justiça à
história. Pois a história conta e não pode ser esquecida. Notando-se que como
os jornalistas profissionais da atualidade naturalmente são de gerações algo
recentes, podem não conhecer bem factos de outrora dignos de realce, pelo que
se nota em certos casos. Contudo sem se poder deixar passar isso em claro,
porque o que é… é. Bastando de vez em quando dar-se uma olhadela pelos arquivos
dos jornais e outros sítios de registos históricos. Onde devem constar dados
que não podem ser olvidados.
Pois então, estando a ser referido, e muito bem, que Diogo Costa é recordista dos tempos presentes na defesa de penaltis, convirá acrescentar contudo que não é o guarda-redes com mais penaltis defendidos na história do Futebol Clube do Porto. Já ultrapassou Acúrcio e Helton, mas não o guarda-redes Armando Silva. Naturalmente que o Diogo pode e queremos muito que venha mesmo a ser o guarda-redes que defenda mais penaltis, sinal que nos dará muitas mais alegrias, que o mesmo é dizer que por certo continuará a superar momentos difíceis destes, sendo como é muito jovem e mesmo este ano e esta época terá mais ocasiões, possivelmente, como no porvir terá muito futuro diante de si. Mas para já e antes, ainda, houve o Armando, que por exemplo (além de também no Campeonato Nacional de 1970/71 ter defendido um penalti decisivo para a vitória do FC Porto em Santo Tirso, mantendo quase no fim do jogo então o resultado de 2-1 para o FC Porto em casa do Tirsense), ainda se salientou mais, por exemplo, quando no Torneio de Caracas, em que o FC Porto participou aí diante do Celta de Vigo, na Venezuela, em 1970, defendeu 4 (quatro) penaltis seguidos, de modo que o FC Porto venceu assim o adversário espanhol nesse torneio, no princípio de setembro de 1970.
De permeio, ainda houve outros casos, tal como anos mais tarde Beto teve uma sequência de defesas na célebre marcação de penaltis da decisão da eliminatória da Taça de Portugal entre FC Porto e Belenenses, em 2009/2010; bem como também Casillas teve mais uns quantos na conta. Mas, como mais antigo e resistente no tempo, é vez de lembrar o caso de Armando, que teve repercussão internacional. Quão se pode ver por imagens de recortes de jornais constantes de sua Fotobiografia: "Armando Pereira da Silva - Fotobiografia 1954/1975".
Armando Pinto
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