O FC Porto está a vir acima, com se revela no tempo presente
e como azeite em água límpida da verdade existencial. Com os frutos do trabalho que tem
sido levado a cabo e de cujo labor, entre outros aspetos, está a resultar o bom
entendimento da dupla Diogo Jota-André Silva, junto à evidência que vão
tendo as prestações de Otávio, Corona, Óliver, etc. Além naturalmente da
recuperação anímica e consequentemente das exibições em campo de boa parte dos
elementos da equipa. E o FC Porto está assim a retomar o rumo ansiado. Enquanto André Silva está a tornar-se numa referência portista atual, tal como Gomes foi no passado, entre grandes goleadores portugueses que engrandeceram a identidade azul e branca.
Com estas situações, com efeito, tem-se revelado, entre outros casos, a
veia goleadora de André Silva, jovem em que depositamos grandes esperanças, com
fé que venha a ser um novo artilheiro para ficar na história portista. Como foi
Gomes, o nosso Bota d’Ouro.
Ora, também Gomes surgiu a marcar golos pelo FC Porto novo
ainda. Embora começasse a dar nas vistas ainda nas camadas jovens, lembrando-nos desde então da equipa de juniores do tempo de Gomes e Maia, entre
outros. Mas quando começou Fernando Gomes a ganhar notoriedade, estávamos com algum receio que fosse como anteriores avançados que apareceram e desapareceram
depressa, ou não mantiveram ritmo certo, embora com esperança que finalmente
fosse ele o digno sucessor de Hernâni, Araújo e Pinga, na ordem cronológica
inversa, ou seja andado para trás no tempo. E o certo é que ele foi mesmo o que
foi, um grande goleador, chegando por duas vezes a ser o supremo marcador da
Europa, com as Botas de Ouro conquistadas em duas temporadas distintas.
Agora temos aí André Silva, também jovem português que aparece
a marcar golos pelo FC Porto em catadupa, na atualidade. Tendo todos nós nele,
igualmente, atenções cheias de esperança que progrida sempre mais e se imponha
como grande goleador. Com um aspeto vantajoso, para já, que é de até na seleção
nacional estar também a marcar golos em quantidade acentuada, para o tempo
de jogo que tem tido com a camisola das quinas.
Assim sendo, podemos considerar que, tal como Gomes apareceu efetivamente
ao tempo em que o FC Porto começou a ganhar equipa para se impor no panorama
nacional, também agora André Silva surge quando parece que o FC Porto está a
ganhar campo de manobra e começa a impor-se no ambiente do futebol atual. Neste tempo de possível recuperação e finalmente de nova afirmação e confirmação. Ficando-se a desejar que, assim como Gomes teve uma carreira brilhante no FC
Porto e soube ter cabeça para se não deixar envaidecer nem perder, como se
costuma dizer; igualmente André Silva venha a ter um percurso alto e bem
definido, sem ilusões prejudiciais. De modo a que daqui a muitos anos seja de comparar o André Silva eventualmente a outro futuro goleador que lhe suceda, de igual forma, depois.
Como tal, recordamos aqui um texto (da revista Seleções
Desportivas, em 1977), do tempo em que Gomes tinha ainda muitas balizas à
frente, assim como tem André Silva daqui para a frente.
Armando Pinto
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Da Dragões Diário
ResponderEliminarDois golos de André Silva, ambos a passe de Diogo Jota, e outro de Brahimi fizeram o resultado ontem à noite no Dragão, numa vitória tranquila frente a um Arouca que jogou com muita gente nos primeiros metros do campo. Os jogos a seguir à Champions são sempre problemáticos, mas a equipa resolveu a partida com competência, sem conceder uma oportunidade ao adversário.
Nuno Espírito Santo destacou a vitória, o apoio dos adeptos e diz que o caminho é este: "Foi um bom jogo, o Dragão ajudou bastante e retribuímos com uma boa exibição e resultado. Foi um jogo dinâmico, sem passar sobressaltos, porque o Arouca não conseguiu chegar à nossa baliza". O treinador gosta da dinâmica da equipa: “Estamos com uma dinâmica boa, com quatro vitórias consecutivas em provas diferentes, o demonstra que estamos no caminho certo. O caminho é este.” Nuno Espírito Santo aproveitou ainda a conferência de imprensa para dar uma espécie de aula em que, socorrendo-se de um quadro, explicou o que pretende da equipa.
A sociedade André Silva e Diogo Jota funciona bem e os jogadores disseram isso mesmo no final: "Estou a dar-me bem com o Jota e ele comigo, estamos a entender-nos bem e a ser felizes", disse André. "Os resultados estão à vista, já conhecia o André da seleção, damo-nos bem e isso ajuda a que nos entendamos bem dentro do campo", ripostou Jota. Alex Telles, por seu lado, pôs enfâse na vitória, recordando que em casa é imperativo ganhar: "Somámos três pontos e sabemos que no Dragão não podemos perder pontos".
André Silva é a capa da revista Dragões deste mês. O jovem avançado afirma que vestir a camisola do nosso clube “é tudo” para ele e diz que ainda há muito para ver, como ainda ontem à noite aconteceu...
Também a mim parece que o Futebol Clube está a evoluir positivamente sem esquecer que o crescimento se faz com algumas intermitências, compreensíveis dada a juventude de algumas das suas peças. Como as exibições, não sendo o que todos desejaríamos que fossem, no que respeita a resultados não estão as coisas muito mal , quer a nível interno quer externo. Eu procuro sustentar a esperança de que estamos na rota certa e que o nosso Clube irá voltar aos tempos áureos recentes, o que significa regressar aos títulos que são o sustento de que depende o fervor da maioria dos adeptos principalmente os das novas gerações, habituados a viver na grandeza e na euforia.
ResponderEliminarAndré Silva tem muito de semelhante com Fernando Gomes, por ter começado bem cedo uma carreira que se confirmaria de sucesso, tal como hoje se verifica com o jovem ponta de lança André e, mais, pelas características igualmente semelhantes na forma de atuar. Como Gomes, André promete uma carreira de goleador na esteira de Falcao, Jackson Martinez, os mais recentes, mas também de Djalma, Admir,Domingos Paciência ou mesmo Mike Walsh, sem bem que o irlandês (?) fosse exímio nos remates com a cabeça.
Conseguiremos.
DRAGÃO, SEMPRE!