Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Gala dos Dragões de Ouro / 2016


Os dias seguintes ao Porto ter ganho são sempre melhores que os outros, quando sucede o contrário. E uma segunda-feira a seguir ao FC Porto vencer de forma a começar a fazer-nos acreditar novamente, ainda melhor, como sucede presentemente. Pois com este estado de graça a segunda-feira desta semana deu-nos ainda a possibilidade de vermos pela televisão a gala anual dos Dragões de Ouro, da entrega festiva do galardão de honra do FC Porto.


Claro que seria melhor se pudéssemos ter assistido ao vivo, em presença, mas compreende-se que poucos têm essa possibilidade, tal o número de convidados para os lugares disponíveis, entre dirigentes do clube e de outros clubes e entidades, também amigos, mais atletas, familiares, patrocinadores e por ali adiante, além dos faltosos (pois viam-se diversos lugares vazios, nas áreas captadas pelas câmara televisivas, o que mostra que houve convidados deesinteressados). Uma sala de espetáculos não é como um estádio de futebol, poucos sócios do FCP conseguindo entrar no Coliseu. Mas o facto de se poder ver pela televisão, na transmissão direta em exclusivo do Porto Canal, já é bom, afinal. Sendo como uma réplica do Dragão pequenito de louça que também nós recebemos em casa, embora não haja comparação. Mas pela diferença de agora para outrora, sim, em certa. medida.


Antes da existência da ligação entre o FC Porto e o Porto Canal não víamos nada disto. Se fosse uns anos antes teríamos de esperar pelo dia seguinte para se ver nos jornais umas linhas e uma ou duas fotos impressas, assim como pelos noticiários televisivos umas quantas imagens rápidas, de forma que se então o FC Porto já tivesse de novo ciclismo, como agora, às tantas nem veríamos bem o Vinhas, apesar do forte dele nem ser o sprint.


Tecendo assim um comentário aqui, à distância, do que vimos com atenção, pela transmissão televisiva, foi uma noite mesmo de constelação de estrelas. Dando para apresentar algumas palavras escritas de opinião, em registo pró memória, sem contudo apresentar outros dados, de momento. Entre momentos interessantes. Desde vermos o Alberto Índio cantar de camisola à Porto, mais ouvirmos o Abrunhosa cantarolar que quer ver o céu a brilhar, à Joana Marques com graça mandar seus bitaites aos adversários, até ao Nuno Norte entoar com garra que o Porto faz o nosso dia e sobretudo Óscar Branco ter sido, quanto a mim, a estrela da noite, pelo que tocou mais aqui ao autor destas linhas.


Com efeito Óscar Branco, que costuma ter sempre piada, desta vez ainda foi mais cómico, fazendo muito bem o seu papel humorístico, tendo até acabado em grande com aquela tirada de fazer lembrar o Américo, um dos ídolos de recordação permanente.


Depois, por entre as estatuetas honoríficas entregues, com saliência para o galardão de André Silva, que foi apoteótico ao sentimento clubista, Pinto da Costa discursou no final, ao seu estilo. Tendo sublinhado os "quatro pilares" essenciais para o sucesso no FC Porto: "-Rigor, Competência, Ambição e Paixão. São estes os quatro pilares. Se um destes falhar, tudo pode ruir. Todo o trabalho de décadas que se tem construído pode cair. Caso não falhem, ano após ano, iremos ter aqui um grupo de galardoados como tivemos hoje", começou por dizer.


O presidente do FC Porto falou também de todos os distinguidos na gala, com alinhamento de cabeça, em discurso fluente de improviso, como nos habituou. Embora sem novidades, nem a antiga fleuma. Numa oratória em que reforçou a convicção generalizada, dizendo: "André Silva deu o exemplo do que é 'Somos Porto'. Agradeceu o Dragão de Ouro e desejou vitórias não só à sua equipa mas também às modalidades. André, és 'Somos Porto", acrescentou. Mais que "Danilo, dentro do campo é um motor do 'Somos Porto'". E, ainda, «…Vimos aqui imagens do nosso treinador Nuno, quando jogador, a lançar o slogan Somos Porto. E é que somos mesmo. E quem achar que deixamos de ser vai ter muitos desgostos pela vida fora e que os que nos fazem enterros vão falir como armadores. Nós vamos continuar unidos, vamos continuar a ser Porto", concluiu Jorge Nuno Pinto da Costa no apogeu da Gala Dragões de Ouro, então decorrida esta segunda-feira no Coliseu do Porto.


Foi uma sessão festiva para gente importante e figuras colunáveis, como nestas coisas é normal, obviamente. Sendo no entanto uma gala festiva, em suma, demonstrativa que no FC Porto atualmente tudo é feito em grande. Como grande que é o FC Porto. Ainda que interesse mais que tal grandeza se manifeste dentro do campo de jogo. Tendo a palavra aí os elementos da equipa de futebol, como também todos os atletas dos vários escalões e das diversas modalidades.



Armando Pinto
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3 comentários:

  1. Bem visto por esses pontos de vista. E louvo a humilde simplicidade para não ferir outros. Quer-me parecer porém que muitíssimos dos maiores portistas não estiveram na festa do FCP no Coliseu da cidade do Porto.

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  2. Excelente síntese do espetáculo no Coliseu. Também me agradou de uma forma geral a festa dos Dragões de Ouro, bem como os laureados, principalmente Rui Vinhas, André Silva e Danilo Pereira, este um atleta que na minha opinião está a tornar-se uma pedra basilar da equipa de futebol. Não dei conta de que nesta edição houvesse casos de convites a figuras polémicas e registo com agrado a presença de Rui Moreira e Fernando Gomes.

    Os apresentadores do Porto Canal tiveram papel discreto e o espetáculo decorreu com ritmo, e terminou muito bem com a atuação do Pedro Abrunhosa. A Joana Marques com a sua "barriguinha" deu um toque de ternura e simpatia pela forma como se exprime e pelo facto de ter em Lisboa a sua "zona de desconforto"..

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  3. Quase tudo esteve bem, mas há que ter atenção que não gostamos de ver gente do contra a receber palmas cá. Como aquela cantora lírica que foi ao palco e o conjunto duns tais Deolindas, tudo gente avermelhada. O que mostrra que houve outra vez distrações. E porem a cantar o hino alguém que não sabe a letra ... leva a chamar mais a atenção aos responsáveis.

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