Se há coisas na vida que deixam um tipo de pessoa com
satisfação em seu íntimo, daquelas concretizações que podendo não parecer são
deveras gratas à realização ansiada em aspetos vários, esse foi o caso da
visita que, junto com um grupo de amigos portistas, pude fazer ao museu próprio
do Américo, o guarda-redes do FC Porto que foi meu ídolo de infância, um nome
sagrado do futebol portista.
O sr. Américo há muito que me tinha convidado para ir ver o seu museu, depois que começamos a contactar derivado ao que fui publicando nos
meus blogues de temática portista, quer no anterior “Lôngara-Actividade
Literária e Memória Alvi-Anil” (que desapareceu da Internet entretanto,
vandalizado por adversários…), quer no atual “Memória
Portista”. Oportunidade que se deparou agora, indo no âmbito de visita conjunta
com um bom naipe de Portistas apaixonados pela história identificativa do FC
Porto. O que sucedeu «ainda no âmbito do Dia do Clube (encontro de portistas
adeptos com antigos ativos do clube), em que Américo foi convidado e
homenageado, cabendo-lhe a ele retribuir agora esse momento, convidando-nos a
uma visita ao seu extraordinário museu particular, onde tivemos o privilégio de
observar calmamente cada objeto, e ouvir em discurso direto a história por
detrás de cada um deles. Foi um dia inesquecível e de sonho para cada um de
nós. Obrigado Sr. Américo por este excelente dia...»
Foi algo tocante, com efeito, ver de perto aquelas camisolas
que em tempos tanto desejamos tocar, se nos tivesse sido possível então dar os
parabéns ao Américo pelas grandes defesas que o vimos e ouvimos fazer, pelas
imagens de televisão algumas vezes e mais pelos relatos radiofónicos, bem como
quando o pudemos ver lá ao fundo no relvado, espreitando por entre magotes de
gente nas bancadas a abarrotar de pessoas apertadas em pé. Além das imagens e
objetos por ali espalhados. E de modo especial conversar então com o sr. Américo,
vendo-o dar-nos atenção e ouvi-lo bem lúcido e muito bem disposto. Olhando para
as luvas com que ele agarrava a bola naqueles seus voos elegantes, lançando-se
por entre molhos de jogadores e captando o esférico, ou então desviando a bola
em golpes de rins que o levavam até à trave ou postes das balizas, ainda em barrotes
quadrados de madeira, primeiro, e depois já nas formas cilíndricas posteriores.
Sendo este sábado dia de agora poder assim estar com todo esse passado no
presente, ao lado do “Américo do Porto”, como era conhecido, por nos seus
tempos de futebolista ser o mais representativo elemento da equipa de futebol
portista.
E... Ali vimos enfim a sua camisola amarela, também, que era marca própria, com que o vimos levantar a Taça de Portugal em 1968, qual marco memorial no percurso portista de quem antes nunca vira o Porto ganhar nada de grande em futebol e depois esperamos mais uns anos ainda...
E... Ali vimos enfim a sua camisola amarela, também, que era marca própria, com que o vimos levantar a Taça de Portugal em 1968, qual marco memorial no percurso portista de quem antes nunca vira o Porto ganhar nada de grande em futebol e depois esperamos mais uns anos ainda...
De como Américo foi admirado aqui pelo autor destas linhas
transmitimos-lhe já de maneiras diversas e desta feita também com oferta de um
quadro emoldurado contendo páginas de arquivo pessoal, com letra do jovem
adepto do tempo da sua despedida dos relvados…
Porque não é todos os dias que se pode vivenciar ocasiões
destas e isto não é para todos, bem vistas as coisas, guardamos tudo o que
vimos e sentimos em nossa mala mental dos pensamentos e recordações. Tal qual
guardaremos para sempre as imagens captadas pela retina que fará memória, bem
como nas fotografias que ficarão a registar o acontecimento. Algumas das quais
aqui partilhamos, ao conhecimento de quem aprecia o que diz muito do que é o
sentimento Portista.
Américo foi o primeiro "Baliza de Prata" português, como primeiro guarda-redes que venceu esse trofeu na sua priemira edição e foi o grande triunfador igualmente do primeiro trofeu Somelos-Helanca, de melhor jogador da época, instituído por um jornal de grande tiragem defensor dos clubes do sul, como sempre foi A Bola, entre diversos reconhecimentos públicos, além de ter recebido o Trofeu Pinga, antecessor do atual Dragão de Ouro, que há muito merece também como lenda e recordação que é (enquanto vivo e bem de espírito como está).
E foi o guarda-redes internacional cujo valor conseguiu suplantar o regime vigente, apesar de muito injustiçado, mas mesmo assim ainda tendo ido à seleção dita nacional quando o futebol português se regia pelo sistema BSB (com presidências federativas distribuídas em mandatos repartidos à vez por Benfica, Sporting e Belenenses, com cada um a meter nas seleções seus representantes)... Sendo assim um nome com Nome na história do futebol, e aqui para nós, o guarda-redes eterno do FC Porto. Porque, na verdade, há gente que fica na história da história da gente.
Daí esta visita pela história memorial relacionada com Américo!
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
OBS.: Artigos anteriores neste blogue ref. Américo... conf.
(clicando em)
A. P.
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