- Centenário de Eugénio de Andrade | 1923-2023.
Nascido há
exatamente 100 anos, no dia 19 de janeiro de 1923, na freguesia de Póvoa de
Atalaia, Fundão, o cidadão José Fontinhas, que depois assumiu o pseudónimo
literário de Eugénio de Andrade, com que ficou conhecido. Mais tarde radicado
na cidade do Porto, onde praticamente se celebrizou. Com a curiosidade de ser
conhecido profissionalmente por Fontinha, no quotidiano de sua profissão de
fiscal dos Serviços Médico-Sociais do Distrito do Porto, como antigamente era o
nome da atual ARS-Administração Regional de Saúde do Norte.
Ora Eugénio de Andrade, conforme rezam as crónicas, «foi um
dos mais relevantes poetas portugueses do século XX. Escreveu com 13 anos os
seus primeiros poemas. Durante a sua juventude viveu em Lisboa, e em 1943,
depois de cumprido o serviço militar, mudou-se para Coimbra, onde conviveu com
Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, tendo
exercido durante 35 anos as funções de Inspetor Administrativo no Ministério da
Saúde, a maior parte dos quais na cidade do Porto. Ao longo da sua vida, o
poeta viajou muito, tendo sido convidado para participar em inúmeros eventos e
travado amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira,
como Joaquim Namorado, Sophia de Mello Breyner Andresen, Agustina Bessa-Luís,
Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário Cesariny e
Herberto Helder. Recebeu muitas distinções, entre as quais o Grande Prémio de
Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001). Em
1982, foi nomeado Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em
1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito. Os seus livros foram traduzidos
para mais de 20 línguas. Morreu a 13 de junho de 2005, no Porto, com 82 anos.»
Pois – e aí está o busílis desta lembrança – além de
pessoalmente ter conhecido o sr. Fontinha, como o conhecíamos, de ele vir à
Unidade de Saúde da Longra (ao tempo Posto Clínico da Casa do Povo da
Longra-Felgueiras) para então vistoriar os serviços de secretaria, etc, e tal… e
inclusive ter um livro autografado por ele, precisamente por isso… veio-me
agora à lembrança um artigo jornalístico há muitos anos publicado num jornal
desportivo lisboeta, o jornal A Bola, que ao tempo me despertou atenção, ao
ponto de o ter recortado e guardado. Algo merecedor, nesta ocasião, de o
recordar e assim partilhar. Sem mais delonga, porque o que está na crónica
explica bem esta sugestão de evocação. No centenário de Eugénio de Andrade e
pela atualidade do ainda recente desaparecimento do Fernando Gomes do FC Porto.
Armando Pinto
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