Gomes foi o ídolo maior da grande massa apoiante do FC Porto
durante bons anos, sensivelmente entre meio dos anos setentas até perto dos
noventa, no século XX. Eternamente celebrizado como “Bibota”, em permanente
recordação de ter conquistado duas Botas de Ouro da Europa. Sendo os golos de
Fernando Gomes celebrados de modo particular e conhecendo-se dele quase tudo o
que era possível, dentro do que chegava ao grande público. Tendo sido depois,
por isso, uma desilusão frustrante quando se viu esse nosso ídolo de juventude afastado
do clube, por erros da equipa técnica e da direção, ao tempo – mediante os acontecimentos
em que esteve envolvido Octávio Machado e os responsáveis diretivos se deixaram
levar. Felizmente mais tarde foi reabilitado dentro do clube, com um regresso
ao seio do FC Porto como dirigente da prospeção e representante em atos oficiais,
como Relações Públicas. Isto porque a história não se pode apagar, mas
lembrando ocorrências boas e outras tristes, essas lembranças reforçam quão apreciado
era e é o Gomes a nossos olhos Portistas, o camisa 9 que, quando o Amaro
relatava no Quadrante Norte, seus golos eram mais vitoriados…
Ora Fernando Gomes, antigo goleador do FC Porto e atual
responsável pelo departamento de scouting do clube, luta contra uma doença
oncológica, segundo anda a ser difundido pela comunicação social e redes
sociais. Contudo, «apesar de atravessar uma fase mais debilitada, o
"Bibota" mantém-se no ativo, mas a sua situação preocupa os portistas,
tendo motivado uma enorme onda de solidariedade dos adeptos do clube, que o têm
apoiado através das redes sociais.»
Gomes, agora de 62 anos, quase a perfazer 63 em novembro
próximo, foi formado nas camadas jovens do FC Porto e vestiu a
camisola azul e branca, das duas listas azuis tradicionais, tendo sido campeão regional e nacional pelo FC Porto em juvnis e juniores; seguindo-se como senior 13 épocas
como profissional portista, desde 1974/75 até 1988/89, sucedendo-se os títulos de cá, pela Europa e além mar na estranja com a camisola do FC Porto colada ao corpo ao longo de tantos anos. Em cujo trajeto foi
campeão nacional de Juvenis (vencedor 2 vezes da Taça Nacional de Juvenis) e igualmente em Juniores (vencedor 1 vez do Campeonato Nacional Junior); como em seniores depois por cinco vezes (Campeão Nacional, como vencedor do Campeonato da 1ª Divisão), assim como venceu 3 vezes a Taça de Portugal e outras
tantas a Supertaça nacional; mais foi campeão europeu e mundial, tendo com o FC
Porto conquistado a Taça dos Campeões Europeus de 1987, assim como a Taça
Intercontinental/Mundial de Clubes no mesmo ano e ainda a Supertaça Europeia em
1988. Além de ter vencido seis Bolas de Prata, como melhor goleador do
Campeonato Nacional em seis épocas, e por duas vezes ter sido Bota de Ouro de
melhor marcador da Europa. Também representou os espanhóis do Gijón, após o
verão quente das Antas e durante o período de ausência de Pinto da Costa do
clube; como ainda o Sporting, após saída do FC Porto devido a suspensão interna,
na ponta final da carreira. Enquanto a nível de Seleções, além de ter jogado algumas vezes pela Seleção da Associação de Futebol do Porto (quando houve jogos inter-associações em seu tempo), foi intermnacional 6 vezes pela seleção nacional de Juniores, como em seniores 9 pelas Esperanças e 48 pela Seleção A.
Depois de ter posto ponto final na carreira, e após algum tempo de afastamento do futebol, regressou ao FC Porto pela porta grande
como elemento diretivo. Ao jeito de embaixador com diversas funções públicas,
em feliz atitude ainda da Direção de Pinto da Costa. Atualmente é também
diretor do “Scouting” e tem sido representante do clube nos sorteios das competições nacionais e internacionais.
Pois Gomes é mesmo um incontornável nome da História do FC
Porto e do futebol português, europeu e mundial. Como damos nota, ao correr da
escrita, através de respigos de algumas publicações. Mais imagens de cromos e
calendários de bolso da coleção particular do autor.
Quando ele começou a dar nas vistas nos juvenis, primeiro, e
depois nos juniores, sendo então já deveras admirado, por junto com o Maia,
ambos cabeludos e autênticos craques em surgimento, até parecia que eu (exprimindo
na primeira pessoa aqui o autor desta linhas) já estava a adivinhar que ele ia
ser alguém, pelo menos desejando que fosse outro Hernâni, de modo a que o meu
FC Porto passasse a ter outra grande referência depois de Pinga, Valdemar Mota,
Araújo, Virgílio, Hernâni, Arcanjo, Festa, Pinto e Américo. E o Gomes superou
praticamente as expetativas. Sendo um dos maiores nomes da mística portista.
Tanto que conseguiu superar as adversidades relacionadas com os acasos que
impossibilitaram que tivesse ultrapassado Eusébio na lista de marcadores
nacionais, com as lesões e dois anos fora do país, mais a maneira como saiu do
clube contra sua vontade quase ao expirar a carreira. Tal como conseguiu e soube
voltar ao clube a bem, depois.
É hoje um símbolo do clube, como ainda recentemente, aquando
do 126º aniversário do FC Porto, foi acarinhado e reconhecido pelos adeptos
presentes. Como testemunha a recente edição da revista Dragões, por acaso
chegada hoje até às mãos do assinante autor destas palavras, a tempo de
integrar esta singela homenagem de apoio.
Sendo Fernando Gomes um lutador nato, persistente e
vitorioso, tudo fará para ultrapassar o caso atual da anunciada doença, com fé
bastante para continuar vencedor. Ficando a saber que está no coração dos
portistas e tem toda a solidariedade da gente com alma de dragão. Para quem o valor
da vida combina com a cor azul do céu.
Muita força e confiança, Bibota!
Armando Pinto
Nota: - Pode-se fazer uma revisão por alguns artigos mais
sobre Gomes, num COMPACTO de pesquisa, clicando em
A. P.
gomes foi 4 melhor portugues de todos tempos a seguir hernani ronaldo e v.baia e do porto 3 historia a seguir a hernani v.baia
ResponderEliminarO Gomes foi o maior
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