Faleceu Duda, grande futebolista, antigo avançado brasileiro
que vestiu a camisola do FC Porto entre 1976 e 1981. Foi um exímio e incansável
jogador à Porto.
Faleceu sábado, dia 10 deste julho, aos 73 anos e a pouco
menos de um mês de completar 74, Duda, histórico avançado brasileiro que
representou o FC Porto entre as épocas de 1976/77 a 1980/81. Para cujos títulos
contribuiu sobremaneira, ficando na retina os golos importantes marcados a Benfica
e Sporting.
No período em que vestiu de azul e branco, Duda fez parte da
equipa que quebrou o jejum de 19 anos sem a conquista do título nacional e, na
temporada de 1977/78, brilhou com um hat-trick na goleada de 4-0 do FC Porto frente ao
Manchester United, no Estádio das Antas, em jogo a contar para a já
extinta Taça das Taças. Bem como colocou seu nome no placar da fama internacional com o golo marcado de livre direto ao Milão em Itália, a contar para a Taça dos Campeões Europeus, na temporada de 1979/80.
Ao serviço do FC Porto, o ex-avançado fez 148 jogos, marcou
51 golos e conquistou dois campeonatos (1977/78 e 1978/79) e uma Taça de
Portugal (1976/77).
Duda faleceu em Maceió, a sua terra natal.
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Há uma mística carismática no FC Porto dos jogadores à Porto. Fazendo isso recordar alguns dos que em seu tempo de representantes do FC Porto deram “o litro”, como se costuma dizer, de seu suor… Daqueles cantados no poema Aleluia, de Pedro Homem de Melo:
« DERAM TUDO POR NÓS ESSES ATLETAS
SEU TRAJO TEM A COR DAS PRÓPRIAS VEIAS
E A BRANCURA DAS ASAS DOS POETAS… »!
Ora, então para melhor se definir um desportista-Portista, entre os que representaram ou ainda desempenham a interpretação do carácter do clube-Dragão a grande nível, nos cenários de jogo e em plena luta pela defesa das cores azuis e brancas, costuma-se dizer que tais atletas, dos nossos, são jogadores à Porto. Por simbolizarem a mística Portista, pondo em campo todo o empenho e amor à causa.
Pois um dos exemplos, assim, por quanto se esforçou e deu de seu melhor pela camisola das duas listas azuis que vestiu, foi o brasileiro Duda – aquele polivalente e abnegado Duda do tempo do treinador Pedroto, um dos que se cobriu de glória na conquista do tão ambicionado título nacional que fugia há cerca de 19 anos e foi finalmente alcançado em 1977/78, além de ter ainda estado também no Bi-campeonato de rajada conseguido em 1978/79.
Duda, nome de guerra de José Francisco Leandro Filho, era um futebolista que não dava muito nas vistas mas ocupava o campo quase todo, senhor de garra aliada à técnica, como se salientava. Numa noite internacional inesquecível, contra o Manchester United, nas Antas e para as competições europeias, mais precisamente na então existente Taça das Taças, marcou três golos na goleada de 4-0 que ficou célebre. Depois, volvidas duas épocas, em 1979/80 contra o Milão, para a Taça dos Campeões Europeus, calou o estádio de S. Siro com um monumental golo de livre a grande distância. Contra o Benfica não se fez rogado e, entre casos vários, fez o gosto ao pé com um golo que emudeceu o antigo estádio da Luz, na tarde em que um benfiquista partiu a perna ao portista Marco Aurélio. E contra o Sporting por várias vezes fez das suas, contribuindo com exibições e golos para a série dos bons resultados nos confrontos com os leões, em seu tempo de “jogador à Porto”.
Ficou dentro do F C Porto detentor de especial folha de bons serviços, como polivalente, tanto sendo médio como avançado. Em cinco épocas, de 1976/77 a 1980/81, ficou na História do FC Porto, entre diversas boas recordações do mundo azul e branco .
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Armando Pinto
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