Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 11 de agosto de 2019

16º Triunfo individual e 17º por equipas do FC Porto na Volta/2019! Grandiosa Vitória Portista na 81ª Volta a Portugal: João Rodrigues Camisola Amarela, também Rei do Prémio Kombinado + Daniel Mestre por Pontos; e Vitória Coletiva da equipa W52-FC Porto na Grandíssima Volta Portuguesa!


Superando tudo e indo de encontro às nossas expetativas e sobretudo desejos ansiosos, o ciclista da W52 FC Porto João Rodrigues venceu a 81ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, voltando a trazer a vitória para a equipa azul e branca.

Realidade esta que resulta mais uma vez da feliz parceria entre o FC Porto e a formação da W52 com sede histórica em Sobrado-Valongo, liderada por Nuno Ribeiro, assim como a firma W52 patrocinadora é de Felgueiras (distrito do Porto), do empresário Adriano Quintanilha, através do projeto entre este e a direção do FC Porto liderada por Nuno Pinto da Costa.

Juntando tudo o mais importante, além da vitória individual, também a mesma equipa W52-FC Porto venceu coletivamente, assim como meteu 4 ciclistas nos 5 primeiros classificados da classificação geral final, mais o próprio vencedor da Volta, João Rodrigues venceu ainda a classificação do Prémio Kombinado e o colega de equipa Daniel Mestre venceu a classificação do Prémio por Pontos, ficando com a camisola verde do mais pontuado da prova.


Com, efeito, para grande alegria dos milhões de apoiantes do mundo portista e consequente desgosto dos milhões de adeptos do contra, o FC Porto é o grande vencedor da Volta a Portugal, novamente. Somando agora, na história da Volta, 16 triunfos individuais e 17 coletivos. Pois, com esta vitória de 2019, o FC Porto passa a ter no historial 16 ciclistas seus que foram triunfadores individualmente e já venceu por 17 vezes por equipas.

E assim o FC Porto voltou à mítica Praça dos Aliados para festejar tão retumbante vitória, desta feita no ciclismo. No regresso da Volta a Portugal à cidade do Porto.


Continuando então a superioridade evidente no ciclismo português, o FC Porto conquistou mais uma Volta a Portugal em toda a linha. Sendo mesmo uma grandíssima vitória da equipa W52-FC Porto na Grandíssima Portuguesa de 2019, como é conhecida a Volta a Portugal em bicicleta. A maior prova do ciclismo português que nesta que foi a sua 81ª edição, em 92 anos de existência cronológica, vence categoricamente, ultrapassando sobre a meta final tudo e todos os concorrentes, quer os que correram na prova como os que andavam a correr por fora contra tudo o que fosse azul e branco…  O que sucede em mais uma grande manifestação de superioridade, no aspeto histórico como na visão atual.


Assim sendo, é de memorizar, para que conste:

João Rodrigues, da equipa W52-FC Porto, é o grande vencedor da 81.ª edição da Volta a Portugal, depois de vencer o contra-relógio final que ligou Gaia ao Porto.


O ciclista da formação portuguesa partiu para a última etapa empatado com Joni Brandão, da Efapel, apesar de Brandão partir com a camisola amarela, devido à contagem atribuída oficialmente de véspera… Então, vencendo e convencendo, João Rodrigues venceu mesmo a etapa final com o tempo de 27 minutos e 31 segundos, ganhando 26 segundos de vantagem sobre Joni Brandão. António Carvalho (W52-FC Porto) foi segundo na etapa, a 15 segundos do vencedor.


João Rodrigues consegue assim ser um português a vencer a Volta a Portugal desde 2016, ano em que venceu Rui Vinhas, também pela W52-FC Porto. De resto, é a quinta vitória consecutiva para um ciclista da W52, em 2015 ainda como W52-Quinta da Lixa, daí em diante como W52-FC Porto, a partir que o FC Porto regressou ao ciclismo em 2016. Sendo essa parceria do ciclismo do FC Porto com uma firma industrial na mesma sequência de outras parcerias de outros clubes, na mesma e noutras modalidades, aliás. Com a vantagem que esta é uma associação que tem tido grandes êxitos.

Enquanto isso, Jóni Brandão voltou a ser segundo classificado da classificação geral, depois de já ter terminado nessa mesma posição em 2018 e 2015.


Daniel Mestre foi o grande vencedor da classificação por pontos, apesar de ter corrido com uma costela partida durante três etapas. Voltando à classificação geral, Gustavo Veloso foi terceiro e António Carvalho o quarto.


A W52 FC Porto venceu também por equipas, ultrapassando a concorrência, já que à partida estava com 2m 51s de atraso do Boavista-Rádio Popular. Boavista que nas últimas etapas se salientara com duas vitórias, salientando-se como equipa que trabalhou com a Efapel na disputa com o FC Porto.  


Ora, todo este epílogo resultou de João Rodrigues ter conseguido vencer a ultima e decisiva etapa, no contra-relógio Gaia-Porto, com “tempo canhão” de 27m 31s 33. Nesta etapa António Carvalho foi segundo e Gustavo Veloso foi quarto.


Pois Rodrigues, é um ciclista de grande simpatia e muita admiração nos seguidores da modalidade dos pedais no FC Porto, tanto que nos caíra bem na simpatia logo em 2016, quando o FC Porto fez a apresentação no regresso à modalidade, ao ouvirmos numa entrevista de António Carvalho que o jovem colega algarvio era um ciclista do sul que gostava também do FC Porto… Depois foi com entusiasmo que se vibrou com o seu primeiro triunfo numa das classificações duma prova oficial, ao sagrar-se Rei da Montanha na Volta a Castela e Leão de 2017,  em Espanha – conforme na ocasião foi devidamente assinado neste blogue de Memória Portista. Continuando as boas prestações e exibições que deixavam antever sucessos, a culminar na vitória da geral individual obtida já na Primavera deste ano, sagrando-se vencedor da 37ª Volta ao Alentejo, em 2019. Até que agora vence a Volta a Portugal, a maior corrida de etapas em Portugal, a Grandíssima Portuguesa, materializando um sonho e concretizando o desejo portista.


Classificações:


Marca assim o FC Porto ainda mais o ritmo do ciclismo português, no historial, desde que começou a disputar-se a Volta em 1927, contando alguns interregnos em parcelas de anos que não andou pelas estradas. Em cujo percurso memorial o FC Porto é o clube com mais vitórias, quer do vencedor da Volta, que recebe a taça da Grandíssima Volta, agora já a somar a 16ª vez, quer na classificação por equipas com 17 vitórias coletivas. Com a curiosidade que quando o FC Porto começou a participar na Volta já os outros clubes por lá andavam há muito, tendo muito antes começado o ciclismo no sul e inclusive durante anos aos clubes do Porto só era permitido participar com menos ciclistas, pela metade, tendo sido necessário os clubes nortenhos reclamarem muito para poderem participar em plano de igualdade. Assim pese essas atenuantes, pela lógica dos acontecimentos, é de vincar que o FC Porto apenas participou na Volta a Portugal pela primeira vez em 1934, e mesmo assim episodicamente, voltando depois em 1941, ainda sem ser para continuar, pois, como se intrometeu a grande guerra, só em 1946, com o retorno da competição, o clube azul e branco passou a participar assiduamente. Acrescendo o facto de mais tarde ter estado ausente do ciclismo durante largo tempo, desde meio dos anos oitentas até 2015, tendo regressado em grande já no ano de 2016. E, mesmo assim, é ainda e por boa margem o clube com mais vitórias.


São pois agora, e por ora até 2019, 16 vitórias individuais e 17 coletivas do FC Porto na Volta a Portugal em bicicleta.


Assim sendo, na Volta a Portugal, é honrosa e volumosa a galeria que faz do F C Porto o clube mais triunfador da Grandíssima Volta. Conforme atestam os números e factos do palmarés portista na história da Volta”:

Vencedores individuais: Volta de 1948 – Fernando Moreira; 1949 – Dias dos Santos; 1950 – Dias dos Santos; 1952 – Fernando Moreira de Sá; 1959 – Carlos Carvalho; 1960 –Sousa Cardoso; 1961 – Mário Silva; 1962 – José Pacheco; 1964 – Joaquim Leão; 1979 – Joaquim Sousa Santos; 1981 – Manuel Zeferino; 1982 – Marco Chagas; 2016 – Rui Vinhas; 2017 – Raul Alarcón; 2018 – Raul Alarcón; e 2019 – João Rodrigues (16 no total).


Vitórias Coletivas (classificação por equipas em que o F C Porto venceu): nas Voltas dos anos de 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1962, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981, 2016, 2017, 2018 e 2019 (17).


A esse palmarés junta-se também 9 (nove) Prémios da Montanha conquistados por ciclistas do F C Porto: em 1947 – Fernando Moreira; em 1955, 1958, 1960 e 1961 – Carlos Carvalho; 1962 – Mário Silva; 1981 – José Amaro; em 2017 – Amaro Antunes e em 2018 – Raul Alarcón.

= Carlos Carvalho, vencedor da Volta de 1959 – foi apelidado "O Rei da Montanha", como ficou para a história, com mais títulos de vencedor da camisola azul do Prémio da Montanha, que venceu por quatro vezes.=

Bem como noutras classificações o FC Porto não deixa seus créditos por mãos alheias. Assim na classificação por Pontos (que poucas vezes foi atribuído nos tempos antigos), venceram do F C Porto: em 1958 – Sousa Cardoso; 1962 – José Pacheco; em 2016 – Gustavo Veloso e agora em 2019 – Daniel Mestre; ao passo que (na mais recente) classificação de Combinado (“Kombinado”) foram vencedores como representantes portistas: em 1982 – Marco Chagas; em 2018 – Raul Alarcón e agora em 2019 – João Rodrigues. 

Nesse trajeto, em que antigamente o vencedor da Volta era reconhecido com uma coroa de louros de vencedor, muitos grandes nomes ficaram associados à história da competição... 

= Vitória na Volta por Sousa Cardoso, em 1960 (então rodeado na volta de honra pelos colegas de equipa que com ele terminaram a prova: Azevedo Maia, Carlos Carvalho, Sousa Santos e Mário Sá) 

...em 1961 Mário Silva 

e Joaquim Leão em 1964.

Nisso, em maré de mar azul de recordações, não só de vencedores reza a história, também, como é de justiça, sendo de convir uma devida menção honrosa a outros que participaram ativamente no trabalho de equipa, porque ninguém consegue vencer sozinho. Como tal, num exercício de memória e reconhecimento, juntamos algumas imagens, de fotografias e gravuras jornalísticas, incluindo páginas de arquivo do autor destas linhas (de tempos idos, no entusiasmo de jovem adepto do ciclismo portista, entre tudo o que respeita ao FC Porto). Cujo acervo dispensa outro palavreado que o que as imagens mostram. 


E ainda... contam para o rol também Nomes que ficaram nas páginas da história do desporto dos pedais dentro do FC Porto, como se pode recordar alguns, a título de exemplo:


= Artur Coelho=

= Alberto Carvalho =

= J. Luís Pacheco, Joaquim Leão e Joaquim Leite =

= Manuel Zeferino, vencedor da Volta em 1981 (e do Grande Prémio JN em 1982, a que se reporta a foto, já do primeiro ano da presidência de Nuno Pinto da Costa) =

= Raúl Alarcón - 2017 e 2018 !

Nesta linha, deu-se agora continuidade, ao quarto ano da parceria da W52 com o FC Porto. Tanto que pelo quarto ano consecutivo a equipa azul e branca, dirigida tecnicamente por Nuno Ribeiro, patrocinada por Adriano Sousa Quintanilha e presidida por Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, vence individual e coletivamente.


Durante a prova a equipa W52-FC Porto teve de ultrapassar dificuldades e ocorrências que são do conhecimento público, incluindo o acidente de Gustavo Veloso, João Rodrigues e Daniel Mestre, à chegada a Bragança, que inclusive fez com que Veloso tivesse depois perdido a amarela devido ao enfraquecimento físico (correndo com muitas dores a etapa terminada no Larouco), assim como foi forte a luta da equipa contra todos os adversários, tendo a W52-FC Porto levado a corrida a seu jeito, quão por fim deu a estocada final. E foi à medida do sonho. Um festival diante de todos, um massacre perante adversários e equipas concorrentes. Acrescendo o facto do FC Porto ter vencido 5 etapas. Sem que a equipa do clube grande concorrente, do aspeto do ambiente dos clubes de muitos adeptos clubistas, no caso do Sporting-Tavira, tivesse sequer vencido qualquer etapa. Resultando no fim que o FC Porto teve 4 ciclistas na classificação dos primeiros cinco, melhor dizendo dos cinco melhor classificados na Geral individual, sem desprimor para nenhum dos outros, que fizeram trabalho de equipa e puseram os interesses comuns acima dos seus próprios, em prol do coletivo.


O Ciclismo do FC Porto dá assim mais uma alegria à família portista. Vitória de Rodrigues e vitória por equipas!!!


Mais uma volta a Portugal azul e branca!!!



= Para recordar, a propósito, reveja-se (clicando em):

e

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

2 comentários:

  1. Grande Vitória do FC Porto, que ainda dá mais gozo por trazer acima a azia dos mouros, os tais palhaços tristes que andaram com bandeiras no decorrer dalgumas etapas, quando não têm ciclismo há quase 20 anos. Aliás esse clube é uma anedota sabendo que tem no distintivo uma roda de bicicleta quando não tem corredores de bicicletas. E a azia dá para se desculparem do ciclismo do FC Porto ser uma parceria com a W52 com ligações a Sobrado e Felgueiras, quando lá nos clubes deles a maior parte das modalidades são de parcerias, dando os clubes apenas os nomes. Mas eles são tão ignorantes que ou não sabem ou pior não querem saber. Logo esta vitória é mais apetecida e saborosa.

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