Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Lembrança do título de Bi-Campeão de 1978/1979 – na efeméride da conquista do Campeonato Nacional pelo FC Porto a 17 de junho de 1979

Estava uma tarde quente e ainda mais calorenta na moldura humana que enchia as bancadas do estádio das Antas. De todos os setores se ouvia enorme vozeirão de entusiasmo, enquanto o tempo demorou a passar até ao início do jogo. Estava-se no derradeiro desafio, com todo o mundo à espera do FC Porto conseguir manter o 1º lugar e vencer o campeonato em dois anos seguidos. Visto o segundo classificado, Benfica, ter empatado na penúltima jornada, escorregando em Aveiro na jornada anterior, de modo que largou o FC Porto com quem mantivera igualdade pontual na classificação quase até ao fim. Então FC Porto só dependia de si próprio para ganhar o campeonato no último jogo da época. Contra o Barreirense, nas Antas, a 17 de junho de 1978.

Como não há fome que não traga fartura, como diz o rifão popular, o FC Porto após longos anos de espera passava a ter meta de segundo campeonato consecutivo. Apenas que o adversário final, o Barreirense, vinha com algo fisgado, tal a evidente retranca com que os jogadores das camisolas do Barreiro defendiam com unhas e dentes a sua baliza, para mais sabendo-se que a equipa estava sem outro interesse pessoal na contenda, despromovida de divisão que estava. Enquanto isso, como havia ainda um outro objetivo no jogo, estando em disputa o caso de Gomes poder marcar golos para ser o melhor artilheiro da prova, em disputa com Nené do Benfica que seguia de perto na classificação dos goleadores, tal desiderato resultou em maior ferrolho ainda e sobretudo em marcação direta ao dianteiro portista em causa. Havendo na equipa das listas vermelhas alguns jogadores em contacto com o Benfica, como depois veio a suceder com Carlos Manuel e Frederico que envergaram de seguida a camisola encarnada. Contudo, conseguindo a equipa azul e branca contornar a situação, «a história começou a ser construída com um golo de Oliveira e foi reforçada por Duda ainda na primeira meia hora. Na segunda parte, os visitantes até conseguiram reduzir, mas Gomes fez o 3-1 de livre direto e Frederico definiu ao marcar na própria baliza», antecipando-se a Gomes, acabando por ser fixado o 4-1 final… Acabando com o FC Porto Campeão, melhor dizendo Bi-Campeão (com mais 1 ponto que o perseguidor Benfica, nesse tempo de 2 pontos por vitória e 1 por empate), ao passo que Gomes ficou rei dos goleadores do campeonato (com mais 2 golos marcados que Nené). Em grande para as hostes portistas!

De mais esse inesquecível dia junta-se imagens de captação fotográfica dum dos jornais do arquivo particular, no caso o histórico Primeiro de Janeiro – através de visualização ampla, para evitar desta vez ter de fazer digitalização aos bocados, devido ao jornal ser de formato antigo muito grande.


E... já agora, também um artigo pessoal escrito no jornal O Porto por essa ocasião, no número do jornal do FC Porto sobre o Bicampeonato, em 1979:

Armando Pinto

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