Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 15 de agosto de 2021

FC Porto triunfa mais uma vez no ciclismo! - Amaro!!! Amaro Antunes é o Grande Vencedor da 82.ª Edição da Volta a Portugal em Bicicleta!

Amaro Antunes é o Grande Vencedor da 82.ª Edição da Volta a Portugal em Bicicleta!

Precisamente no dia da efeméride da primeira Volta a Portugal ganha pelo FC Porto, passando 73 anos desde a vitória de Fernando Moreira em 1948, na então 13ª Volta a Portugal...

...agora o Portista Amaro Antunes vence a grande 82.ª Volta a Portugal. 

Contrariando os prognósticos e desejos do comentador e ex-ciclista Marco Chagas, e da locutora Inês Gonçalves que vai muito pela azia do Marco, mas também de outros comentadores, como João Cabreira, por exemplo, Amaro Antunes é o grande vencedor da Volta a Portugal de 2021. 

Vitória esta cuja soma deve meter engulhos a certos jornalistas que teimam em lançar números falsos contando com o tal caso não decidido... Além de haver quem ainda não acerte com o concelho da sede social da W52.


~~~ ***** ~~~
Chegados ao último dia, a etapa de contra-relógio final, com os adeptos adversários a desejarem tanto a vitória do estrangeiro Moreira da Epapel, foi o portugês Amaro Antunes a vencer. E, ao invés da véspera, em que Amaro teve o azar de se lhe soltar o pedal na parte final de discussão da etapa, desta feita o episódio acontecido da queda e paragem momentânea do concorrente já foi posta nas desculpas, mas Amaro vence e convence. Até que no final emocionado gritou: Porto, Porto, Porto!!!

~~~ ***** ~~~

Assim sendo, resumindo e concluindo; Amaro vence a Volta e a W52 – FC Porto completa o Hexa. 

Pois é, o FC Porto é o grande vencedor da Volta a Portugal, novamente. Somando agora, na história da Volta, 18 triunfos individuais e 18 coletivos. Pois, com esta vitória de 2021 e já antes, o FC Porto orgulha-se de ter no historial 15 ciclistas seus que foram triunfadores individualmente da "Volta" (pois há 3 vencedores de duas Voltas, Dias dos Santos, Alarcón, mais agora o Amaro) e já venceu por 18 vezes por equipas, também.

Marca assim o FC Porto ainda mais o ritmo do ciclismo português, no historial, desde que começou a disputar-se a Volta em 1927, contando alguns interregnos em parcelas de anos que não andou pelas estradas. Em cujo percurso memorial o FC Porto é o clube com mais vitórias, de vencedor da Volta, recebendo a taça da Grandíssima Volta. Com a curiosidade que quando o FC Porto começou a participar na Volta já os outros clubes por lá andavam há muito, tendo muito antes começado o ciclismo no sul e inclusive durante anos aos clubes do Porto só era permitido participar com menos ciclistas, pela metade, tendo sido necessário os clubes nortenhos reclamarem muito para poderem participar em plano de igualdade. Assim pese essas atenuantes, pela lógica dos acontecimentos, é de vincar que o FC Porto apenas participou na Volta a Portugal pela primeira vez em 1934, e mesmo assim episodicamente, voltando depois em 1941, ainda sem ser para continuar, pois, como se intrometeu a grande guerra, só em 1946, com o retorno da competição, o clube azul e branco passou a participar assiduamente. Acrescendo o facto de mais tarde ter estado ausente do ciclismo durante largo tempo, desde meio dos anos oitentas até 2015, tendo regressado em grande já no ano de 2016. E, mesmo assim, é ainda e por boa margem o clube com mais vitórias. Estando para continuar a ser, visto a parceria da W52 com o FC Porto ser para manter e continuar por mais anos.

Assim sendo, na Volta a Portugal, é honrosa e volumosa a galeria que faz do F C Porto o clube mais triunfador da Grandíssima Volta. Conforme atestam os números e factos do palmarés portista na história da Volta”:

Vencedores individuais: Volta de 1948 – Fernando Moreira; 1949 – Dias dos Santos; 1950 – Dias dos Santos; 1952 – Fernando Moreira de Sá; 1959 – Carlos Carvalho; 1960 –Sousa Cardoso; 1961 – Mário Silva; 1962 – José Pacheco; 1964 – Joaquim Leão; 1979 – Joaquim Sousa Santos; 1981 – Manuel Zeferino; 1982 – Marco Chagas; 2016 – Rui Vinhas; 2017 – Raul Alarcón; 2018 – Raul Alarcón; 2019 – João Rodrigues; 2020 – Amaro Antunes, 2021 – Amaro Antunes (18 no total).

Vitórias Coletivas (classificação por equipas em que o F C Porto venceu): nas Voltas dos anos de 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1962, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020 (18).

A esse palmarés junta-se também 8 (oito) Prémios da Montanha conquistados por ciclistas do F C Porto: em 1947 – Fernando Moreira; em 1955, 1958, 1960 e 1961 – Carlos Carvalho; 1962 – Mário Silva; em 2017 – Amaro Antunes e em 2018 – Raul Alarcón.

Bem como noutras classificações o FC Porto não deixa seus créditos por mãos alheias. Assim na classificação por Pontos (que poucas vezes foi atribuído nos tempos antigos), venceram do F C Porto: em 1958 – Sousa Cardoso; 1962 – José Pacheco; 1983 – Carlos Santos; 2016 – Gustavo Veloso; 2019 – Daniel Mestre (5 até 2020); ao passo que (na mais recente) classificação de Combinado (“Kombinado”) foram vencedores como representantes portistas: em 1982 – Marco Chagas; 2016 – Gustavo Veloso; 2017 - Raul Alarcón; 2018 – Raul Alarcón; 2019 – João Rodrigues. (5 até 2020); mais no Prémio da classificação das Metas Volantes: em 1981 – José Amaro; 1982 – Carlos Santos; 1983 – Carlos Santos (3 até 2020); e também na classificação do Prémio Juventude, venceu em 1982 – Manuel Zeferino (1, até 2020).

Nesta linha, deu-se assim continuidade à quantidade e qualidade vitoriosa, ao sexto ano da parceria da W52 com o FC Porto. Tanto que pelo sexto ano consecutivo a equipa azul e branca, dirigida tecnicamente por Nuno Ribeiro, patrocinada por Adriano Sousa Quintanilha e presidida por Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, vence a Volta a Portugal.

Armando Pinto

= Crónica - Da página fcporto.pt:

«Ciclista da W52-FC Porto não deixou fugir a vitória no contrarrelógio individual e triunfou pelo segundo ano consecutivo.

Amaro Antunes é o grande vencedor da 82.ª edição da Volta a Portugal. O ciclista da W52-FC Porto entrou no último dia de prova com 42 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, Maurício Moreira (Efapel), e não deu aso a surpresas na décima e última etapa, que contemplou um contrarrelógio individual de 20,3 quilómetros em Viseu.

Esta foi a segunda Volta a Portugal consecutiva ganha por Amaro Antunes, que também triunfou em 2020. Este ano, o algarvio concluiu a prova com um tempo total de 39h 39m 33s, menos dez segundos que o uruguaio Maurício Moreira (Efapel). Joni Brandão (4.º, a 1m 36s) e João Rodrigues (9.º, a 6m 32s) são os outros dois atletas da W52-FC Porto que terminaram no top-10 final. Seguem-se Ricardo Vilela (14.º, a 13m 15s), Ricardo Mestre (24.º, a 35m 45s), Daniel Mestre (47.º, a 1h 33m 27s) e Samuel Caldeira (53.º, a 1h 49m 48s).

No contrarrelógio deste domingo, ganho por Rafael Reis (Efapel), Amaro Antunes cotou-se como o melhor Dragão ao fazer o quarto melhor tempo. Seguiram-se os restantes ciclistas azuis e brancos que estiveram na estrada: João Rodrigues (7.º), Ricardo Mestre (10.º), Daniel Mestre (12.º), Joni Brandão (15.º), Samuel Caldeira (21.º) e Ricardo Vilela (25.º). Na geral por equipas, a W52-FC Porto fechou a prova na segunda posição, a 10m 42s da Efapel. 

Amaro Antunes: “Acima de tudo, é a concretização do objetivo a que esta equipa se propôs. Estou arrepiado porque hoje de manhã fizemos umas três voltas ao circuito. Todos diziam que ia ser possível, o diretor foi incansável e estudámos o contrarrelógio ao pormenor. Toda a equipa confiou, mas estes homens merecem. Foi uma Volta muito dura, foram dias de grande tensão e toda a gente dizia que não seria possível, mas temos um diretor [Nuno Ribeiro] que sempre nos disse que seria possível. Felizmente, hoje estamos aqui com a vitória. Quero dar uma palavra de apreço ao Mauricio [Moreira], que teve um azar [caiu no contrarrelógio), mas acontece. O desporto é mesmo assim. Fiz essa curva umas 15 vezes, voltava e descia, para certificar-me de como era. Consegui ir buscar forças onde não sabia que as tinha. Quero agradecer à equipa, aos adeptos e a todas as pessoas que apoiaram.”»


AP

Sem comentários:

Enviar um comentário