Depois de anos de entusiasmo do mundo portista pelo ciclismo,
sobretudo desde finais da década de quarenta, mais seguinte grande superioridade do
ciclismo do FC Porto pela década de cinquenta e acentuadamente até meio dos
anos sessentas, o FC Porto teve depois períodos de menor fulgor. Com outras fases em
que os ciclistas do FC Porto iam por vezes conseguindo suplantar os adversários de modo
mais evidente. Então, ombreando com os concorrentes, as vitórias, embora mais
espaçadamente, foram surgindo. E como o que é mais difícil e raro se torna mais
apreciado, sempre que havia alguma vitória dos corredores das camisolas azuis e
brancas era tal facto sobremaneira admirado. Foi assim o que se passou em 1970, no dia
de Portugal. Em pleno Feriado Nacional do Dia de Camões e Dia da Raça, a 10 de Junho de
1970: Na estirada da clássica corrida nacional Porto-Lisboa, Joaquim Leite, do
FC Porto, entrou no antigo estádio de Alvalade a toda a velocidade de campeão,
vencendo essa grande prova.
Disputara-se então a 40ª edição da clássica Porto-Lisboa, percorrida na distância de 330 km, em quase dez horas de corrida. Tendo Joaquim Leite vencido categoricamente, com o tempo total de 9 horas, 49 minutos e 20 segundos. Verificando-se assim a respetiva
Classificação:
1º-Joaquim Leite (FC Porto), 9 h 49 m 20 s;
2º- António Pereira (Coelima), m. t.;
3º- Manuel Mendes (Sporting), m. t.;
4º - Lino Santos (Sangalhos), m.t...
Classificaram-se ainda de seguida mais 39 corredores (entre os quais ficaram para trás grandes nomes como Firmino Bernardino, Leonel Miranda, Fernando Mendes, Hubert Niel, Joaquim Leão, José Azevedo, etc.), terminando 43, com apenas duas desistências em tão longo percurso.
Desse inesquecível dia, em que de ouvido colado ao rádio cá o
autor destas linhas ouviu alvoroçado o relato da chegada e sentiu uma grande
alegria com essa vitória, foi guardado no arquivo pessoal uma devida
memorização, que agora aqui se recorda. Ainda sentindo o júbilo que aí Joaquim
Leite dera ao então jovem portista… que guardou essa alegria, entre outras, nos
arcanos da memória portista – conforme se dá para ler de recorte da crónica que à época
foi publicada no jornal O Porto.
Armando Pinto
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