O Hóquei em Patins no FC Porto, depois da fase de crescimento
de estatuto e ampliação de objetivos, viu-se a passar por um período de
dificuldade de recursos humanos, devido à idade de incorporação no serviço
militar obrigatório por diversos elementos, sendo tempo de recrutamento de
tropas para a guerra colonial. Então, depois da acensão culminada na conquista
do Campeonato Metropolitano e segundo lugar no Nacional após disputa da
finalíssima em pleno continente africano, em 1969, seguindo-se em 1970 quase idêntica
situação de ter fugido o primeiro lugar por pormenores, chegou 1971 com
conclusiva vitória na Zona Norte do Metropolitano e disputa da fase final do
mesmo título continental sob ambiente de enfraquecimento condicional do plantel.
Tendo aí, já sido necessário recorrer à subida de gente mais jovem, para
reforço do plantel em competição, como foi o caso de Jorge Câmara, requisitado e promovido da
equipa júnior.
Então, depois de tão brilhante comportamento da equipa principal
do clube na Zona Norte, da 2ª fase da prova metropolitana (fase zonal),
chegou a parte final na continuidade da situação do FC Porto não
poder contar a cem por cento com alguns hoquistas principais, tal como sucedia
com interferência da vida militar de Castro, Hernâni e Zé Fernandes, sem rotinas e com natural deficiente
preparação devido à estada em seus quarteis. Juntando isso à ausência
momentânea mas forçada de Ricardo, que não podia jogar por impossibilidade física. Assim começou o Campeonato Metropolitano dessa época, qual rampa de lançamento e de apuramento para o Nacional. Sendo então necessário ir
ao escalão jovem buscar alguém.
Estava-se então em 1971. Tendo recaído a escolha em Jorge,
jovem madeirense que viera reforçar a formação de juniores (em cuja equipa ajudou
a alcançar o apuramento para o Nacional pela primeira vez alcançado pelo FC
Porto nesse escalão). Levando que o mesmo esperançoso hoquista não terminasse a
época de juniores em curso, para reforçar a equipa sénior com vista à classificação no
Metropolitano e Campeonato Nacional. Tendo Jorge Câmara iniciado andanças com
os mais velhos fazendo seu primeiro jogo como sênior na finalíssima do
Campeonato de Reservas frente ao Valongo no Pavilhão do Lima, logo conquistando
o Título Distrital de Reservas. Para o qual contribuiu decisivamente com três golos
no jogo de tira-teimas.
E, mantendo o ritmo, logo Jorge Pestana Câmara estava incorporado na primeira
equipa portista à segunda jornada do Metropolitano. Teve então sua estreia como integrante da primeira equipa diante da
Cuf, um dos expoentes do hóquei nacional nesse tempo e também um dos representantes
do sul na prova continental.
Essa estreia ficou registada em aquivo pessoal do autor
deste blogue. Através de cuja descrição, feita em género de diário de adepto, se
pode recordar a preceito. Deixando que tal narrativa manuscrita e ilustrada documentalmente
com recortes alusivos (de crónicas do jornal O Porto), expresse a permanência
da memória hoquista, na letra de jovem entusiasta portista…
Recorde-se também que já neste blogue consta a biografia
desportiva de Jorge Câmara, conforme se pode rever (clicando) em
Armando Pinto
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