De tão desejado que era o título mundial que há anos se
escapava dos stiques portugueses, foi intensamente acompanhado o desenrolar do
Campeonato do Mundo de hóquei em patins, edição de 2019. Cuja prova, desta vez,
foi possível seguir diretamente pelas transmissões televisivas da RTP 1,
finalmente a ter algo da função de serviço público que tem faltado também. De
tal modo compensatório que, segundo dados estatísticos entretanto divulgados, a
visibilidade dos jogos da seleção portuguesa de hóquei ultrapassou em audiências
até novelas e outros programas de massas.
E logo com tal energia o resultante apoio mereceu
a grande alegria esperada, tendo a seleção principal do hóquei português
conquistado finalmente o Campeonato do Mundo, trazendo um título que ia
faltando à geração atual de hoquistas internacionais.
São pois Campeões Mundiais pela Seleção de Portugal de 2019: Ângelo Girão, João Rodrigues, Rafa Costa, Hélder Nunes,
Gonçalo Alves, Jorge Silva, Henrique Magalhães, Nelson Filipe, Miguel Vieira e Telmo Pinto. Sob orientação do treinador e selecionador Renato Garrido e seu adjunto Edo Bosch.
Dezasseis anos depois do último título mundial de seniores,
o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins voltou assim à posse de Portugal. Uma
conquista que era necessária, visto o hóquei ser a modalidade que mais
títulos dava a Portugal e nos tempos recentes estar a ficar sucessivamente numa
posição secundária, alterando-se por fim esse estado com a brilhante vitória de
agora.
Para a qual, no caso do FC Porto (obviamente, sendo este espaço de
Memória Portista), há que referir, contribuíram decisivamente Gonçalo Alves e
Rafa, hoquistas que se manterão no plantel portista para a próxima época, mais Hélder
Nunes, Telmo Pinto e Nélson Filipe, até agora hoquistas do FC Porto mas que na
próxima temporada se mudam para outros clubes, além de Jorge Silva que já representou o FC Porto, também. Numa vitória de conjunto, ao
longo de todo o campeonato, ressaltando no jogo da final o comportamento de
todos, com saliência para o papel preponderante do guarda-redes Girão e
para os remates convertidos por Gonçalo Alves e Hélder Nunes, com que foi
selado o triunfo por 2-1 na decisão por penaltis, após empate sem golos no
tempo regulamentar e após prolongamento.
A formação das ‘quinas’ de hóquei patinado conquistou o 16.º
título mundial, menos um do que a ainda recordista Espanha, reconquistando um
título que lhe fugia desde 2003, em Oliveira de Azeméis.
Fora de Portugal, a ‘equipa das quinas’ não vencia um título
desde 1993 (em Itália, também na decisão de penaltis, com Filipe Santos a concretizar o único..), sendo que em Espanha apenas Portugal se tinha sagrado campeão mundial uma vez, em
1960. Até que isso voltou finalmente a acontecer, agora, em 2019.
Ou seja, 26 anos depois dum Mundial fora de Portugal e 16 anos depois
do último ganho, a Seleção de Portugal conquistou novamente o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins.
Ora, em espaço de memória, calha a preceito dar uma olhadela por qualquer coisa disso. E, como das vitórias mais recentes, tal o caso já de finais do século XX e o que se tem passado pelo século XXI, ainda há mais ou menos recordações das gerações atuais, desta feita deitamos mão do baú sobre o título alcançado por Portugal em Espanha, então na capital espanhola, em 1960:
Voltando ao presente: Esta vitória de julho de 2019, pôs Portugal a falar no memento de hóquei em patins, a pontos de várias personalidades públicas se terem manifestado, desde o Presidente da República, a políticos de maior visibilidade dos partidos, e sobretudo gente do hóquei e de outras modalidades. Num desses bons sinais realça-se nas atenções o comentário logo surgido na página do Tweetter do atual treinador principal do futebol do FC Porto, Sérgio Conceição:
Que grande vitória! Campeões do mundo!! Parabéns @OficialFPP!
~~~ ***** ~~~
Está assim reconquistado o cetro do hóquei para Portugal, interrompendo o tempo de jejum de permeio verificado. Tal como de outras vezes, que ficaram para a história. O que faz vir à lembrança outro feito do passado, o título Europeu de 1971, que apraz recordar em artigo à parte.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
As múltiplas reacções à vitória de Portugal no Mundial de Barcelona em Hóquei em Patins, acentuaram que tal se deveu à prestação do portuense GIRÃO entre os postes da baliza de Portugal. Fantástico ! Porém eu gostaria de saber se os golos apontados por GONÇALO ALVES e HELDER NUNES serviram para alguma coisa! OBRIGADO
ResponderEliminar