Em Barcelona, no mítico Palau Blaugrana, na Catalunha, Portugal
garantiu a presença na final do Mundial de 2019 ao derrotar a Espanha por 4-2,
após prolongamento. Em jogo da respetiva meia- final, ganhando lugar no jogo da
final – que será domingo às 17h entre Portugal e a Argentina.
Vitória sobre a Espanha, por 4-2, com um resultado que traz boas recordações, remetendo a 48 anos atrás no tempo e tão boas lembranças.
Vitória sobre a Espanha, por 4-2, com um resultado que traz boas recordações, remetendo a 48 anos atrás no tempo e tão boas lembranças.
Num jogo emotivo e muito tático, na noite de sexta 12 de julho de 2019, Portugal logrou alcançar
tão importante vitória e consequente passagem ao jogo de atribuição do título
máximo, mediante um resultado de dois golos de vantagem. Uma conta que, afinal,
logo puxa atrás imagens de boas recordações, por números iguais ao resultado que em 1971 levou
Portugal a conseguir um dos títulos mais emocionantes da história do hóquei patinado.
Havendo então sido conquistado pela seleção portuguesa o Campeonato Europeu
disputado em Lisboa, no rinque do clássico Pavilhão dos Desportos (mais tarde rebatizado
com o nome de Carlos Lopes, do atletismo). Então em tempo normal de jogo, agora durante e após prolongamento, com final idêntico.
Embota a analogia, desta feita, seja mais dos números, quanto
ao resultado de golos marcados e sofridos no jogo mais importante da prova até
à chegada ao último dia, mesmo assim pelos contornos envolventes há muitas
semelhanças. Em 1971 chegava em definitivo à seleção principal o então jovem
Cristiano, que fora bi-campeão europeu em juniores e na seleção A apenas
estivera presente em anterior oportunidade dos Jogos Luso-Brasileiros. E nesse
ano a seleção teve papel difícil, perante a ausência de Livramento, enquanto a
Espanha tinha um grupo coeso e muito forte. Assim como, tal como desta feita
Portugal apenas conseguiu abrir o ativo luso, na ocasião fazendo o primeiro
empate do jogo, através dum hoquista que não entrara de início, Gonçalo Alves,
também em 1971 Portugal deu a volta ao resultado por meio de Cristiano, que
entrara já com o jogo a decorrer. E, como este ano, desta vez João Rodrigues
foi autor de dois golos, também em 1971 Cristiano bisou. Quão agora o guarda-redes Girão teve participação importantíssima, também naquele tal célebre jogo do Pavilhão dos
Desportos de Lisboa Ramalhete deu confiança à equipa.
Dessa inesquecível noite daquele sábado de Maio de 1971, recordamos o feito por
meio de recortes jornalísticos guardados desde então no arquivo pessoal do
autor deste blogue. Agora com viva esperança que, também, a final da tarde deste domingo de meio de julho de 2019 traga mais um
título internacional para Portugal, no Mundial inserido nos Jogos de Barcelona – até para haver boa oportunidade de se evocar todo o Europeu de 71…
Armando Pinto
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