Está de certo modo a querer pegar, por vezes, como que a
querer fazer valer algumas posições diferenciadas, uma moda de tentativas de
desvalorizar a história e sobretudo a memória afetiva de algo de relacionamento.
O que não se entende, senão qualquer elemento duma comunidade, coletividade e
mesmo duma família nem saberia as ligações ao que lhe é caro, ao que mais sente,
de onde vem e quais as suas raízes, inclusive os valores do que transporta toda
a afetividade subjacente. Sem passado não haveria presente e muito menos futuro.
Quem não souber apreciar e não entender isso não sabe o que significa o sangue
que corre nas veias genéticas correspondentes.
Com essa retaguarda memorial, transpondo o assunto ao caso
portista, há o respeito a todo o passado brilhante que fez elevar o FC Porto ao
clube desportivo que hoje é no panorama mundial. Mas também, além disso, há o
aspeto da conexão de elementos da naturalidade duma terra, como no caso personalizado,
da própria junção de sentimentos no orgulho de serem da mesma terra elementos
salientes do que desperta interesse e paixão.
Não seja então só aplaudir ou não nos jogos de futebol,
nem assistir nas bancadas dos estádios ou pavilhões onde joguem nossas equipas,
se não valorizamos o trajeto que levou a haver o clube e que os atuais atletas
tenham esse clube. Quão então acompanhar acontecimentos desportivos com
representantes do clube sem saber que o mesmo teve anteriores ou atuais membros
ativos que até foram de nossa própria região, por exemplo, fica um bocado mal,
como se conhecêssemos bem os amigos e desconhecêssemos os familiares.
Foi assim, para que haja memória e valorização devida, em
parte, que foi escrito e está registado parte dessa ideia no livro Ciclistas de
Felgueiras, entre os quais o mais importante foi um famoso ciclista do grande
clube português Futebol Clube do Porto.
O tema vem à baila nesta cronica de consideração apenas como
tal, pois o livro esgotou no dia da apresentação e de ora em diante eventuais
interessados apenas o poderão tentar adquirir já através da editora, não
havendo assim interesse pessoal do autor em puxar a brasa por motivos de
promoção. Tão só e simplesmente se traz o caso à colação como reparo da
memorização que deve voltar a merecer a atenção devida, na generalidade do que
nos une.
Haver ou não memória, eis a questão…
Armando Pinto
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