Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Recordando: Homenagem de despedida ao treinador Schwartz – em Março de 1970 – na Presidência de Pinto de Magalhães

Por na lembrança dedicada a Tommy Docherty (a propósito de seu falecimento no último dia de 2020) se ter aqui aflorado, neste espaço particular de memória portista, a homenagem prestada ao treinador Elek Schwartz, em que o sucessor Doc também esteve presente num bom exemplo de ligação, recordamos em seguida, desta vez, essa mesma homenagem, como algo raro na saída de um e entrada de outro treinador. Qual bom exemplo de no FC Porto haver ocasiões históricas também de reconhecimento e gratidão.

Chegado ao FC Porto no defeso de final da época de 1968/1969, que deixara marcas profundas com os acontecimentos internos que levaram a ter sido perdido o campeonato nacional, Schwartz pouco tempo tivera para estar à frente do futebol portista, por motivo de doença que o afastou do camando da equipa principal do FC Porto, no início da época de 1969/1970. Tendo nesse período estado na orientação da equipa Vieirinha, em situação episódica. Estava então a equipa a passar por momentos de transição difíceis, após o fim da carreira do guarda-redes Américo, devido a grave lesão, tendo sua substituição sido dolorosa, por assim dizer, com cinco guarda-redes ao longo da temporada (havendo começado a época na baliza o jovem Aníbal, por lesão momentânea de Rui, depois Rui assumiu finalmente o lugar de titular, de seguida entrou Vaz e ainda Antenor, todos chegando a vestir a camisola nº 1, com Frederico também a ter estado no banco). Acrescendo a saída do avançado goleador Djalma, ao passo que a aquisição de um avançado brasileiro, Ronaldo, se revelou ineficaz (tanto que mais tarde passou para defesa), seguindo-se a vinda de outro avançado oriundo do outro lado do Atlântico, Salim, sem ter conseguido corresponder, também. De permeio com entradas de jovens valores, sem traquejo do peso da camisola dum grande clube. Em cuja soma de ocorrências se deu então a nova tentativa com o treinador Tommy Docherty.

Estava-se na chegada também da primavera, em 1970, e na despedida do treinador que estava de saída, a Direção presidida por Afonso Pinto de Magalhães homenageou Elek Schwartz com um jantar de honra, honrando sobremaneira sua passagem pelo FC Porto.

Dessa mesma homenagem deu conta o jornal do clube, em desenvolvida reportagem, havendo assim no jornal O Porto ficado noticioso testemunho desse acontecimento eloquente.

Ora por ser extensa a tal reportagem, ao longo de várias páginas, recordamos a mesma homenagem com passagens do início da narrativa descritiva mais alguns tópicos de frases fortes dos discursos, em quadro de sumário da própria reportagem historiadora.


Pode sintetizar-se o sucesso dessa homenagem, talvez melhor ainda, através dum artigo na ocasião também publicado no órgão oficial desse tempo, da lavra de Mello e Alvim, um articulista de respeito no quadro de O Porto nesse tempo.

Fica assim recordada essa jornada de confraternização, realizada como forma de homenagear esse treinador que esteve no FC Porto e saiu muito cordialmente. Em atitudes, de um lado e de outro, de louvar e devidamente registar.

Armando Pinto

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