Entramos agora no Outono, um tempo normalmente taciturno,
com o cair da folha e acastanhar da natureza. Contudo, no tempo presente, estes
dias têm sido radiosos, quer com o sol de transição que costuma ser apanágio da
época, quer com a vitória moralizadora do F C Porto contra o Benfica, para o
campeonato português de futebol principal.
Ora, neste tempo de início das aulas, ao começo do chamado
ano letivo, vem a propósito uma efeméride também relacionada com os encontros
entre o F C Porto e o Benfica, jogado três décadas atrás. Num jogo de estreia
particular.
Assim, no dia 22 de Setembro de 1985 Rabah Madjer alinhou
pelo FC Porto pela primeira vez, em jogo de carácter particular. Num prélio
festivo. Embora a sua estreia oficial com a camisola do F C Porto só tenha tido vez depois, volvido um mês, no estádio do Restelo, em jogo contra o Belenenses, a 27 de Outubro
seguinte. Precisamente num jogo em que a primeira exibição de Madjer teve
influência, com assistências para os golos que deram uma apreciada vitória de
2-3 (através de 2 golos de Gomes e 1 de Vermelhinho), ali junto ao local de
partida das antigas caravelas dos Descobrimentos, como que largando velas rumo
ao título nacional que veio a ser alcançado, ao fim do campeonato. E Madjer,
como todo o mundo Portista sabe, veio a ficar eternizado no filme da Vida do F
C Porto por muitos e bons momentos, com natural destaque para o célebre
calcanhar da final de Viena, em 1987.
Mas, antes disso, como vem a talhe, dera-se a estreia do
então caloiro do clube Rabah Madjer, num jogo disputado faz hoje 30 anos. E
também contra o Benfica. Embora perante outro cenário e realidades, pois à
época ambos os clubes passavam por uma daquelas fases que levou a que se
fizessem convidados mutuamente em dias especiais (além do Benfica ter feito o F
C Porto seu Sócio Honorário, havia já alguns anos - como já referimos num
artigo anterior).
Pois então, a 22 de Setembro de 1985 Rabah Madjer alinhou
pelo FC Porto pela primeira vez, num jogo particular diante do Benfica, em dia
que o clube anfitrião festejava a inauguração do terceiro anel do antigo Estádio
da Luz. O desafio terminou com um empate a zero, porém, apesar disso e sem se recorrer a desempate, o troféu em disputa veio para o Porto, oferecido pelos dirigentes encarnados ao clube convidado… conforme se pode
recordar por meio duma caixa da revista Dragões (passados meses, em reportagem
sobre troféus patentes no antigo museu das Antas).
Armando Pinto
22 de Setembro de 2015
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
Independentemente do momento vivido em Viena em 27 de Maio de 1985, Rabah Madjer proporcionou-me outras maravilhosas e inesquecíveis exibições, a ponto de o considerar o melhor jogador que vi atuar, ao vivo, em todas as (muitas) partidas a que assisti desde que acompanho o futebol.
ResponderEliminarDRAGÃO, SEMPRE!