Faleceu esta terça-feira, 25 de janeiro de 2022, Maria
Amélia Canossa. Partiu uma voz invulgar, uma timbrada voz tão admirada por nós
e para sempre a voz do Hino e da Marcha do Futebol Clube do Porto.
Era a sempre nossa Maria Amélia Canossa mesmo uma pessoa especial, muito apreciada, para além de sua bonita voz que entrava bem dentro de nossos sentidos.
Podendo agora eu testemunhar seu carisma pela recordação dum encontro pessoal tido com ela aquando de uma das edições anuais do Dia do Clube, no Dragão. Tendo dessa ocasião guardado como terna e eterna lembrança os autógrafos que ela teve a gentileza de escrever nas capas de dois discos que levei comigo, para o efeito, sabendo que ela ia lá estar, como era costume nesses eventos. Havendo então ela ficado encantada por eu ter esses discos antigos, assim estimados. Bem como gostou de saber que eu tinha o seu livro e outras coisas. Tal como eu gostei logo tanto e agora tenho tanto gosto de ter essas suas dedicatórias autógrafas, entre o meu acervo de estimação.
Para registar o facto, de sua morte, transcreve-se para este efeito a
informação oficial transmitida ao final do dia, já em plena noite, conforme foi e
está publicado na página do clube, em fcporto.pt:
« 25 DE JANEIRO DE 2022 23:26
Voz do hino do FC Porto desapareceu esta terça-feira aos 88
anos
Morreu a cantora que deu voz ao hino do FC Porto. Maria Amélia Canossa faleceu esta terça-feira e deixou para trás um legado de 88 anos de amor ao azul e branco que culminou com a gravação do hino pela primeira vez no longínquo dia 31 de março de 1952.
Nascida no seio de uma família portista em outubro de 1933, a Princesa da Rádio começou a frequentar as bancadas do Campo da Constituição com apenas seis anos, pela mão do pai e do avô, em tempos bem diferentes da história do FC Porto. Pouco depois, ainda muito jovem, começou a colaborar com a Rádio Clube do Norte e deu início a uma carreira intrinsecamente ligada à grande paixão da sua vida.
No equador do século XX deu a cara e a voz nos espetáculos de angariação de fundos para a construção do Estádio das Antas, que tiveram lugar na nave central do Palácio de Cristal, e foi aí que germinou a Marcha do FC Porto, de que também é intérprete. O ex-libris do seu repertório musical viria a surgir praticamente de imediato.
Numa entrevista concedida em 2009 levantou o véu sobre o nascimento de uma obra-prima: “Queria um hino que, aos primeiros acordes, fosse um hino vencedor. Que até os jogadores, ao entrarem em campo, sentissem um impulso que lhes desse força e um hino que transbordasse poder”. Assim foi.
Com a preciosa colaboração do poeta Heitor Campos Monteiro e do compositor António Figueiredo e Melo, Maria Amélia Canossa estreou-se a entoar o hino do FC Porto com apenas 18 anos, em pleno Coliseu, e logo mereceu uma ovação de pé da plateia. Voltaria a cantar na inauguração das Antas, poucas semanas volvidas, para gáudio da multidão ali presente.
O sucesso da sua maior criação é tão grande que os anos passam e o hino mantém-se intacto. Em vésperas de se assinalarem sete décadas desde o lançamento dos acordes da vida de Maria Amélia Canossa e do FC Porto, a cantora desaparece para tristeza de todos aqueles que - como a própria - amam o clube.
Neste momento difícil para todos, o FC Porto solidariza-se
com os familiares e amigos, endereçando-lhes as mais sentidas condolências.»
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Está assim de luto o mundo portista, todo o universo do FC Porto.
Até sempre, D. Maria Amélia Canossa. Que para sempre “ É do
Porto e sempre nossa”!
Armando Pinto
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