Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Lembrando Cândido de Oliveira – para relembrança sobre Adriano Sampaio Casto

Em janeiro de 1953 o célebre treinador e jornalista Cândido de Oliveira assumiu o comando da equipa principal de futebol do FC Porto, tendo como adjuntos Pinga e Artur Baeta, dois nomes dourados da história do clube. Havendo então o grão colosso das Antas, ainda com o estádio quase a cheirar de fresco (inaugurado que foi em 1952, em obras de conclusão, praticamente) passado por fase de expansão, atendendo ao mesmo treinador-jornalista, e um dos fundadores do jornal a Bola, saber as águas com que se movia o sistema corredio do regime reinol. Embora sem ter conseguido inverter a situação, mas reconhecendo e alertando para o reconhecimento das ocorrências estranhas, por se ter identificado com o clube nortenho, a pontos de ter inclusive avisado também, já nesse tempo, para o ano da verdadeira fundação do clube portuense, e como tal ofertado a histórica carta comprovativa (escrita em 1893 por António Nicolau de Almeida) que era já do conhecimento de muita gente e depois ficou a constar nos arquivo do FC Porto, desde então. Além do material corroborante que existia na Biblioteca Nacional e na Torre do Tombo, em Lisboa.

Durante o tempo que Cândido de Oliveira esteve no Porto, como mestre do futebol e grande comunicador que era, ganhou e manteve boas amizades com sócios e simpatizantes do FC Porto, um dos quais um meu amigo, o senhor Adriano Castro – um adepto indefetível do Dragão e seguidor de tudo o que fosse do clube, além de colaborador sem qualquer remuneração mas simplesmente apoiante portista. Havendo esse senhor, Adriano Pinto Sampaio Castro, natural de Longra-Rande, do concelho de Felgueiras, sido colaborador gratuito do grande clube azul a branco, a pontos de ter descoberto e levado para o Porto o ciclista Artur Coelho e os futebolistas juniores António José Freitas e António Silva (jogadores que mais tarde como seniores seguiram outros caminhos, pois nem todos conseguem ganhar lugar na equipa de honra do clube, havendo António Freitas incluído a equipa principal do FC Felgueiras e o Silva da Lixa alinhado no Leixões, inclusive depois com lugar de destaque na Taça de Portugal conquistada pelo clube vermelho e branco de Matosinhos).   

Pois então, Cândido de Oliveira teve e manteve amizade com Adriano Sampaio Castro, de modo que lhe chegou a transmitir confidências, quão o meu amigo senhor Adriano Castro era conhecedor de certas histórias de permeio não chegadas a ser do conhecimento público, como me confidenciou também, em tempos. Havendo tido ideia de publicarmos um livro em conjunto, de co-autoria, com as histórias que ele contava e eu escreveria. Tendo referido um rascunho, que não sei se chegou a ser do conhecimento do filho (um conhecido editor e livreiro do Porto). Desiderato que não foi avante, por Adriano Castro haver falecido entretanto.

Assim sendo, nesta pertinência, calha a preceito evocar esse amigo grande Portista. Através de crónica que lhe dediquei e foi publicada na revista Mundo Azul, em seu nº 9, de novembro de 2009.

Armando Pinto

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