Em janeiro de 1953 o célebre treinador e
jornalista Cândido de Oliveira assumiu o comando da equipa principal de futebol
do FC Porto, tendo como adjuntos Pinga e Artur Baeta, dois nomes dourados da
história do clube. Havendo então o grão colosso das Antas, ainda com o estádio quase a
cheirar de fresco (inaugurado que foi em 1952, em obras de conclusão, praticamente)
passado por fase de expansão, atendendo ao mesmo treinador-jornalista, e um dos fundadores do jornal a Bola, saber as águas com que se movia o sistema corredio do regime reinol.
Embora sem ter conseguido inverter a situação, mas reconhecendo e alertando
para o reconhecimento das ocorrências estranhas, por se ter identificado com o
clube nortenho, a pontos de ter inclusive avisado também, já nesse tempo, para o
ano da verdadeira fundação do clube portuense, e como tal ofertado a histórica carta
comprovativa (escrita em 1893 por António Nicolau de Almeida) que era já do
conhecimento de muita gente e depois ficou a constar nos arquivo do FC Porto,
desde então. Além do material corroborante que existia na Biblioteca Nacional e
na Torre do Tombo, em Lisboa.
Durante o tempo que Cândido de Oliveira esteve no Porto,
como mestre do futebol e grande comunicador que era, ganhou e manteve boas
amizades com sócios e simpatizantes do FC Porto, um dos quais um meu amigo, o
senhor Adriano Castro – um adepto indefetível do Dragão e seguidor de tudo o
que fosse do clube, além de colaborador sem qualquer remuneração mas simplesmente
apoiante portista. Havendo esse senhor, Adriano Pinto Sampaio Castro, natural de
Longra-Rande, do concelho de Felgueiras, sido colaborador gratuito do grande
clube azul a branco, a pontos de ter descoberto e levado para o Porto o
ciclista Artur Coelho e os futebolistas juniores António José Freitas e António
Silva (jogadores que mais tarde como seniores seguiram outros caminhos, pois nem todos
conseguem ganhar lugar na equipa de honra do clube, havendo António Freitas
incluído a equipa principal do FC Felgueiras e o Silva da Lixa alinhado no
Leixões, inclusive depois com lugar de destaque na Taça de Portugal conquistada
pelo clube vermelho e branco de Matosinhos).
Pois então, Cândido de Oliveira teve e manteve amizade com Adriano
Sampaio Castro, de modo que lhe chegou a transmitir confidências, quão o meu
amigo senhor Adriano Castro era conhecedor de certas histórias de permeio não chegadas
a ser do conhecimento público, como me confidenciou também, em tempos. Havendo tido
ideia de publicarmos um livro em conjunto, de co-autoria, com as histórias que
ele contava e eu escreveria. Tendo referido um rascunho, que não sei se chegou
a ser do conhecimento do filho (um conhecido editor e livreiro do Porto).
Desiderato que não foi avante, por Adriano Castro haver falecido entretanto.
Assim sendo, nesta pertinência, calha a preceito evocar esse
amigo grande Portista. Através de crónica que lhe dediquei e foi publicada na
revista Mundo Azul, em seu nº 9, de novembro de 2009.
Armando Pinto
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