Faleceu este sábado, 22 de janeiro de 2022, António José Lima
Pereira, o campeão e internacional Lima Pereira, antigo futebolista que é dos mais célebres defesas centrais da
História do Clube Dragão e do futebol português. Um grande jogador em estatura
e valor, que fez parte das equipas principais do FC Porto do período das
grandes vitórias internacionais conquistadas em 1987 e 1988, a completar o
histórico Triplete das vitórias a nível europeu e mundial. Bem como foi um dos
pilares da grande campanha da Seleção Nacional A de Portugal no Europeu de 1984, integrado
que esteve nesse lote que conseguiu superar as manobras de bastidores que levaram
a Seleção dita portuguesa a ter então 4 treinadores/selecionadores, para que os
clubes de Lisboa tivessem lá representantes… quando o FC Porto detinha o melhor
naipe de jogadores do panorama luso.
Pois infelizmente desaparece assim esse antigo internacional
português, que faleceu aos 69 anos, vítima de doença prolongada.
Este antigo defesa-central de estatura alta e garra altaneira
à Porto, Lima Pereira de seu nome do mundo do futebol, começou a carreira no
Varzim, mas foi pelos Dragões que alcançou grande notoriedade, tendo jogado 11
épocas pelo FC Porto, entre 1978/79 a 1988/89, a somar mais de 250 jogos de
azul e branco e integrando a mítica equipa que conquistou a Supertaça Europeia
e a Taça Intercontinental, além da Taça dos Campeões Europeus. A nível
nacional, António Lima Pereira conquistou quatro campeonatos nacionais, duas Taças de
Portugal e três Supertaças nacionais, sempre ao serviço do FC Porto. Pela
Seleção, atuou em 20 partidas, quatro das quais no Europeu de 1984, em que
Portugal atingiu as meias-finais. Depois de ter abrandado a sua carreira desportiva,
e após sair do plantel do FC Porto em finais da década dos anos 80,
terminou a carreira no Maia, onde atuou ainda duas épocas, no início dos anos
90. Havendo depois experimentado uma curta carreira de treinador e por fim ficado
como integrante do departamento de prospeção do clube azul e branco, no chamado
“Scouting do FC Porto”. Mais tarde, em março de 2006, Lima Pereira sofreu um
acidente vascular cerebral, que debilitou a saúde do ex-jogador.
A ligação de Lima Pereira à mística do FC Porto ficou bem
patente na mágoa coletiva sentida no universo portista por ele e o Gomes não
terem podido participar na Final da Taça dos Campeões Europeus de 1987, devido
a lesão dele e de Fernando Gomes (que motivou que ambos tivessem visto e
sentido juntos pela televisão a inesquecível vitória de Viena). De modo que a
presença dos dois na Final de Tóquio, passado meses, levantando as taças
respetivas da vitória na Taça Intercontinental/Mundial de Clubes em Dezembro
seguinte, fosse uma verdadeira compensação para todo o Mundo Portista. Bem
como, já quando integrante do departamento de prospeção portista, ao ser
entrevistado por Bernardino Barros para o canal televisivo do clube, afirmou no
Porto Canal que nunca na vida de jogador do Porto trocou de camisola com
jogadores do Benfica e do Sporting (e mesmo do Boavista, acrescentou), porque eles não merecem ter uma
camisola do FC Porto!
Neste momento, em que desaparece do número dos vivos este
icónico Lima Pereira que fez parte dos melhores momentos de nossa vivência portista,
e estando assim enlutado o sentimento que se eleva do portismo que une tudo e
todos nós da nação alvi-anil, fazemos subir nossas espirais de incenso em louvor de
sua memória. Que descanse em paz. E no céu seja mais uma estrela a velar pelo
bem, entre anjos que possam ajudar a que o bem vença o mal e o FC Porto tenha o
lugar a que tem direito, com justiça merecida, como melhor clube de Portugal e um dos
melhores competidores em provas da europa e do mundo.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Porque partiste tão cedo?
ResponderEliminarDia 22 de Dezembro de 2023- faz 23 meses que partiu. ETERNA SAUDADE
ResponderEliminarExatamente o Lima Pereira faleceu a 22 de janeiro de 2022.
ResponderEliminarTó Zé
ResponderEliminarLima Pereira merecia ter tido uma bandeira do F. C. do Porto sobre a urna na despedida. O Clube precisa de ter mais atenção às justas homenagens, que estão a faltar muito, comparativamente com outros tempos. Por isso o mausoleu do clube em Agramonte não tem tido mais glórias portistas a repousar onde estão os antigos há muitos anos.
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