Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Curiosidade cénico-desportiva: Revista Porto-Benfica (1950) – um espetáculo de Revista à Portuguesa sobre o clássico Porto-Benfica intemporal !

 

O Porto-Benfica é e será sempre um Porto-Benfica. Algo icónico, de ter em si os olhos e ouvidos de multidões. Tal é o clássico Porto-Benfica, nos encontros tradicionais em que se defrontam as equipas de futebol dos clubes portugueses com mais provas ganhas a nível nacional e internacional.

Muito se sabe dos contornos sociais e desportivos que envolvem a realização dos grandes jogos desportivos, sobretudo do futebol profissional. E como a bola pula e avança nos círculos em torno dos grandes clássicos do panorama futebolístico ao mais alto nível, despertando entusiasmos, atenções e paixões. Num mundo que gira à volta desse fenómeno, desde tempos que se perdem na penumbra das memórias dos inícios do século XX, a partir que começou a haver os confrontos entre as equipas com mais adeptos pelo país além. Tal qual acontece há muitos e muitos anos com os históricos encontros entre o Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica, o chamado clássico Porto-Benfica. A ponto de já ter havido até um espetáculo teatral no âmbito da chamada Revista à Portuguesa, com grande sucesso a partir da cidade do Porto, indo depois em “tournée” pelo país profundo, ao longo da província, como se dizia de ir em digressão através do mapa português, fazendo viagem com um itinerário definido e naturais paragens, para realização de espetáculos em diversos sítios, sucessivamente. Indo assim esse espetáculo de seguida pelo interior do distrito do Porto e continuando por outros locais de províncias várias, conforme os contratos solicitados e angariados. Quão sucedeu no Natal de 1950, quando então chegou a Felgueiras e foi ao palco da sala do Teatro Fonseca Moreira, na então vila cabeça do concelho de Felgueiras.

Ora, assim em dezembro de 1950, no ambiente do próprio dia maior do sortilégio natalício, ali teve lugar, na casa do Teatro de Felgueiras, em dois espetáculos, à tarde e à noite, para poder acolher o público entusiasta que acorreu a ver e ouvir com os próprios olhos e ouvidos essa peça revisteira de grande sucesso popular. Com um naipe de artistas e tudo o mais em moldes do “retumbante êxito” que estava a ser – conforme se pode ver pelo cartaz, devidamente aprovado pelas autoridades competentes, à maneira da época (como consta no Arquivo Municipal de Felgueiras, de onde foi requerida cópia paga na Biblioteca Municipal para a coleção pessoal). Estando ali, no cartaz-edital, impresso todo o cardápio correspondente, para saciar a curiosidade em dia de barriga cheia.

Armando Pinto

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