Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Efeméride da entrega da primeira Bota de Ouro de Fernando Gomes

 

Fernando Gomes foi um jogador que desde seus primeiros tempos de futebolista com a camisola do FC Porto deu nas vistas e depressa chamou a atenção dos portistas, quer dos que podiam seguir in loco os jogos das camadas jovens, quer dos que acompanhavam a vida do clube à distância, sobretudo através das crónicas no jornal O Porto, dos meios mais acessíveis nesses tempos. Passando desde logo a ser admirado, ainda nos Juniores, fazendo dupla com Maia e bem secundado por todos os outros dessa bela equipa. Até que depressa subiu ao plantel senior, estreando-se em pleno verão de 1974 no Torneio Início e depois fazendo estreia no Campeonato Nacional de 1974/75 com dois golos na 1.ª jornada, os dois da vitória por 2-1 diante da equipa da antiga Cuf, no início de setembro, com o público portista por testemunha vibrante no estádio das Antas. Para volvidas poucas épocas ter passado a ser o Bola de Prata de melhor marcador de Portugal em 1977, após o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de 1976/77, seguindo-se em 1983 a Bota de Ouro de melhor goleador europeu.  

Então, esse mesmo Fernando Mendes Soares Gomes, já então icónico número 9 do FC Porto, como depois ficou eterno, foi galardoado como o Melhor Marcador da Europa pela primeira vez após se ter coroado melhor goleador da época de 1982/83, como autor de 36 golos de sua conta.  E depois, já iniciada a época seguinte, a 8 de novembro de 1983, foi a Paris receber a Bota de Ouro que o distinguia como o maior artilheiro dos mais de 40 Campeonatos Nacionais disputados no Velho Continente. 

Nesta data de tal efeméride, vem pois a talhe recordar a primeira Bota de Ouro recebida pelo Gomes do FC Porto, a propósito de neste dia esta façanha ser motivo de realce, na ordem do dia.  

Com efeito, a 8 de novembro de 1983, Fernando Gomes recebeu em Paris a primeira das duas botas de ouro que conquistou na carreira. Esse primeiro troféu reportava-se à época de 1982/83, quando o goleador portista fez 36 golos num campeonato de 30 jornadas. Gomes viria dois anos depois a ficar com o par de botas de ouro, quando repetiu a proza, marcando 39 golos numa edição do campeonato de 1984/85.


As botas de ouro do Gomes felizmente podem ser vistas no Museu do FC Porto By BMG e estarão para sempre na afeição dos apoiantes portistas, sendo que Gomes se tornou no maior goleador de sempre do futebol portista e mesmo português de nascimento, entre os melhores marcadores do Campeonato Nacional nascidos em Portugal e sem nunca terem tido outra nacionalidade.

Como lembrança, na pertinência do primeiro desses feitos internacionais que Gomes conseguiu, recordamos uma reportagem alusiva da revista Onze, dessa temporada.

Mais tarde, o avançado portista ainda viria a elevar a fasquia, ao ter alcançado ainda pela segunda vez a Bota de Ouro, cuja chuteira dourada lhe valeu graciosa e popularmente a alcunha de “Bibota”. Ambos os troféus podem ser admirados no Museu FC Porto junto com a braçadeira de capitão que o goleador usou na década de 80. Além de ter alcançado mais por 6 vezes a Bola de Prata, de marcador de mais golos em Portugal  e só não foram mais por ter estado ausente dois anos em Espanha e por fim ter sido levado a abandonar o clube do coração, terminando a carreira fora de portas e como tal algo fora de seu habitat natural. Ao qual retornaria volvidos anos, finalmente, como colaborador e diretor do FC Porto.

Aqui fica, assim, uma homenagem, nesta oportunidade mais. Ilustrando melhor a efeméride através também de uma vista de olhos por algumas das muitas coisas sobre ele guardadas em arquivo pessoal, do autor destas lembranças. 

Armando Pinto
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