Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O FC Porto também já teve em tempos idos a modalidade de Râguebi – a propósito de efeméride cujo trofeu consta no Museu do FC Porto

A 26 de Novembro de 1934 a equipa de Râguebi do FC Porto vencia o Boavista por 36-0 e conquistava a “Taça Outono”, uma das estrelas da vitrina Ecletismo da AT “Azul ao Fundo do Túnel” no atual Museu do FC Porto (Museu FC Porto by BMG).

Naturalmente muitos outros trofeus foram conquistados pela Secção de Râguebi do FC Porto, apenas que no museu atual estão, por ora, simplesmente alguns trofeus das modalidades como amostra, até que seja possível a prometida colocação de tudo o que faz parte do património histórico-museológico portista.

= Foto da História do FC Porto de Rodrigues Teles, e que consta no arquivo do Museu do FCP =

Ora, o FC Porto foi um dos primeiros clubes a desenvolver a prática desta modalidade desportiva na cidade do Porto e até no país, tendo o Râguebi tido no FC Porto inícios pelo ano de 1928. Através de alguns entusiastas, com realce para César Augusto Machado. Tendo (conforme diz uma publicação do clube, a revista do aniversário de 1981), apresentado nessa altura, em finais dos anos 20, «uma plêiade de praticantes que deixaram o seu nome para sempre ligado à história do Râguebi nacional». 

Ainda dos primeiros tempos da modalidade da bola oval, no ambiente portista, registou Rodrigues Teles na primeira experiência da sua História do FC Porto, então até 1933:

Ainda durou mais alguns anos, entretanto, mas... Depois deixou de ser praticado, no FC Porto, e só mais tarde se fez um reaparecimento precário, no qual o Futebol Clube do Porto também esteve pela mão de Eduardo Queirós, mas que cedo acabou por falta de estímulo na cidade. De qualquer modo o FCP está ligado a um período inesquecível do Rugby nacional e regional, e isso convém vincar com a devida vénia.

Com efeito, a modalidade do “Rugby” (como inicialmente se escrevia, à inglesa), nunca foi um desporto de grandes simpatias entre os simpatizantes portistas e mesmo adeptos desportistas. Não chegando por via disso a deter grandes raízes. A pontos que dentro do clube as próprias camisolas eram também diferentes no padrão, embora de riscas azuis e brancas mas horizontais.

Em resumo e como atualização disso tudo, respiga-se duma crónica de 1964, inserta no jornal O Porto de novembro de 1964, a então apresentação da fase de reabertura em 1964, com resenha historiadora do percurso memorando dentro do clube.

Ora, foi contudo efémera essa revitalização de 1964/1966, sob a coordenação de António Queirós e José Gonçalves, havendo aí reunido um lote de jovens desse tempo, tais como Durana Pinto, Américo Correia, Augusto Boucinha, José Maciel, Luís César, Vítor Oliveira, João Veiga, Luís Sousa, Albertino Azevedo, Leal da Silva e Pimenta de Carvalho, os componente do plantel do ressurgimento.

Segundo Luís César, na revista “Vida do Grande Clube Nortenho (2)", edição de 1978 das Seleções Desportivas, então «defrontando o CDUP e REGENTES AGRÍCOLAS de Coimbra na 1ª época a equipa apenas somaria derrotas; a sua única vitória nessa época do ressurgimento aconteceu a 13 de fevereiro de 1966 no Estádio Universitário, frente aos regentes Agrícolas por 11-6; enquanto para a Taça de Portugal seria esmagado pelo Benfica, em 1 de maio, no Lima, por 55-3!!! Foi o canto do cisne do rugby azul e branco…»

Como a modalidade não tinha muitos adeptos seguidores e os resultados eram desanimadores, não admira que tenha acabado, de vez, dentro do clube. Sendo o FC Porto um clube onde sempre haverá aspiração da disputa dos lugares cimeiros, pelo menos, e quanto possível no plano vitorioso. Mas a história conta, e tudo o que existiu merece rememoração. Como no caso do FC Porto ter tido já essa modalidade, em tempos idos.

Armando Pinto

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