Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Reinaldo Teles: Um ano de ausência física, mas sempre presente no sentimento portista!

 

Desapareceu  há um ano o carismatico dirigente portista Reinaldo Teles. Falecido aos 70 anos, vítima da pandemia Covid-19. Cujo desaparecimento foi e continua sentido por todo o universo portista. Sendo ele pessoa que era figura querida de toda a gente afeta ao coletivismo azul e branco. 

( Parte duma página do livro “5 – 1999… um ano d‘ouro”, edição do Conselho Cultural do FC Porto em 1999, sobre o Penta do futebol FC Porto e das principais modalidades do clube.)

Um senhor cuja memória continua presente, quão importante é o legado que ele deixou, como pessoa que tinha o FC Porto acima de tudo e muito fez pelo futebol português.


(...do livro “F. C. Porto - O Dragão soma e segue” – Álbum 91/92”, de Manuel Dias, edição ASA, 1993.)

Braço-direito de Nuno Pinto da Costa no FC Porto, nos tempos recentes já não exercia tão ativamente como antes funções diretivas na frente do quotidiano azul e branco, por motivos de saúde. Mas era presença normal perto de tudo o que fosse relacionado com o futebol portista. Como ficou bem patente no respeito e gratidão que aquando de seu internamento e antes de um jogo do FC Porto (com o Portimonense) dezenas de elementos da claque Super Dragões tiveram, em manifestaçãofeita à porta do hospital, a apoiar o "tio Reinaldo"


(... Do livro “F. C. Porto – O Tetracampeonato ou o vício de vencer – Álbum 97/98, de Manuel Dias, edições ASA, 1998.)

O histórico dirigente portista era uma das pessoas mais próximas de Jorge Nuno Pinto da Costa no FC Porto. Estava ligado aos dragões desde 1967.

Recorde-se que além de sua ligação ao futebol, era dirigente e administrador da SAD do FC Porto. E como dirigente do futebol fica na história por ter ganho todos os títulos possíveis no futebol profissional, como a Taça Intercontinental, Liga Campeões, Liga Europa, inúmeras vezes campeão nacional, assim como venceu inúmeras Taças de Portugal e Supertaças Cândido Oliveira.

Começara por andar no FC Porto, além de adepto, também como atleta pugilista, em cuja modalidade foi campeão regional e nacional. Depois exerceu funções de dirigente na mesma secção. Ocasião em que conheceu Pinto da Costa quando ele ainda chefiava essa mesma secção de Boxe. Foi na modalidade que o consagrou que entrou no dirigismo a convite do líder dos dragões. Continuando seguidamente por andar de perto como colaborador na secção de futebol, tendo começado a ser visto publicamente aquando da conquista da Taça dos Campeões Europeus em Viena, no ano de 1987. E depois passou a liderar o futebol dos dragões no final da década de 80 e início dos anos 90, tempos de grandes conquistas portistas. Recentemente, afastado devido a doença, mas mantendo sua presença, era administrador não executivo da SAD.

Figura acarinhada pelos adeptos e dirigente reconhecido pelos seus, no final de 1989 recebeu o Dragão de Ouro para dirigente do ano, em 1994 foi distinguido com o estatuto de sócio honorário do FC Porto e em 1998 foi condecorado com o Dragão de Honra.

Gostava de estar na sombra. Não queria ser protagonista e por isso poucas vezes acedeu a dar entrevistas e normalmente apenas para publicações do clube. Segundo ele a sua opinião só contava para dentro (do clube, entenda-se) e não para fora. Uma das raras vezes que falou foi para recordar os tempos em que era pugilista. "Eu tinha muito jeito mas, acima de tudo, treinava muito. Chegava a estar mais de uma hora aos murros ao "saco" e fui campeão porque era mais forte, mais ágil de pernas e braços. Que me lembre, nunca fui ao tapete e nunca perdi por KO", disse ao jornal Tribuna de Macau em agosto de 2020.

Um mês depois de ser infetado perdeu a luta para a covid-19. Não por KO, mas pelo soar do gongo do combate da vida.

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Em jeito de homenagem perene, ainda que por este simples meio, junta-se mais algum material histórico, na preservação de seu nome na História do FC Porto. Quão Reinaldo Teles está em letras de ouro como Dirigente para sempre ligado a grandes momentos do futebol azul e branco, associado a grandes alegrias da família portista.  


Nascido Reinaldo Teles no dia 14 de Fevereiro de 1950, em Frazão-Paços de Ferreira, é  figura emblemática do FC Porto, onde entrou como pugilista e mais tarde passou a ser chefe do departamento de futebol profissional do FC Porto, enquanto depois continuou como um dos diretores do FC Porto Futebol SAD e colaborador atento ao futebol do clube.


Dispensa muitas palavras o carisma dele como dirigente, mesmo porque sempre foi mais homem de ação que de palavras. Acrescentando-se assim como sobre o mesmo está registado no livro “FC Porto figuras  & factos 1893-2005”.

(Parte de página do livro “FC Porto figuras & factos 1893-2005”, por Manuel Dias e J. Tamagnini Barbosa, edição Notícias do Douro / O Comércio do Porto, 2005.)

Reinaldo Costa Teles Pinheiro (1950-2020) além de Dragão de Ouro e Sócio Honorário do Futebol Clube do Porto, era também Sócio de Mérito da Associação de Futebol do Porto. 


Armando Pinto
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