A 14 de dezembro de 1983, já com melodias natalícias no ar, o
FC Porto conquistou o primeiro de 63 troféus de futebol, até agora, da era
Jorge Nuno Pinto da Costa. Depois de um empate sem golos nas Antas, a equipa
principal do futebol portista deslocou-se à capital política do país para
disputar a segunda mão da Supertaça Cândido de Oliveira, na edição desse ano. Estava
então a orientar a equipa o até pouco antes ainda treinador adjunto António
Morais, coadjuvado pelo Prof. João Mota – devido ao afastamento forçado de José
Maria Pedroto pelo surgimento da doença que se prolongaria em seu final de vida.
Então, nesse jogo em Lisboa, os Dragões ainda estiveram a
perder, mas deram a volta ao resultado graças a dois golos, marcados na distância
de 45 minutos entre um e outro, da autoria de Frasco e Vermelhinho. Num bom augúrio
dos tempos que se seguiram, perante os novos horizontes abertos com tudo o que
se seguiu ao regresso de Pinto da Costa ao clube, bem secundado por grandes
dirigentes como Alexandre Magalhães, Fernando Vasconcelos, Pôncio Monteiro,
Álvaro Pinto, etc. Enquanto os jogadores, com novo ânimo, mostraram novo fogo
do Dragão em tão importante vitória portista na Luz, trazendo para o Museu das
Antas uma taça que faz parte do acervo museológico de honra também do atual
museu do FC Porto, no estádio do Dragão.
Desse feito de meio de dezembro desse ano, qual prenda
natalícia no sapatinho do ambiente portista a anteceder o Natal de 1983,
ilustra-se a recordação com recortes do jornal O Porto da época, da edição
seguinte a esse cometimento de começos da tradição do recinto benfiquista
passar a ser um local de festa azul e branca.
Da reportagem do jornal O Porto deixa-se ficar toda a respetiva página completa (embora dividida em duas partes, por motivos de digitalização
e melhor visualização, aqui), para relembrar a atualidade desse tempo de todo o
futebol do clube, desde os juniores aos mais antigos das “Velhas Guardas”, além
de se poder ainda relembrar desse tempo uma firma que pertencia ao goleador Fernando
Gomes, como aparecia nos calendários de bolso e postais ilustrados de sua
figura com a Bota de Ouro, ao tempo.
Armando Pinto
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