Estando-se ainda num tempo de transição da pandemia Covid 19, da passagem de 2019 até agora ao 2022 corrente, neste início da primavera do ano em que o ciclismo em Portugal sofreu uma ventania provocada das que podem deitar abaixo os corredores (todos em geral), com o "Caso do 24 de abril do ciclismo em Portugal", será ocasião de deitar ao desprezo os invejosos do que melhor tem acontecido ao ciclismo nacional em provas portuguesas, fazendo-se alguma justiça à memória perdurável de uma parte do século XX. Entre lembranças de pessoas de quando em vez dignas de ser recordadas.
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O ciclismo portista foi pelos anos sessentas, pelo menos e no que concerne à memória pessoal vivida pelo autor destas linhas, uma modalidade que captou muitas simpatias para o clube azul e branco, pela maré vitoriosa que deteve durante anos. Tendo o FC Porto sido o primeiro clube português (e único, já na era antiga da história do ciclismo nacional, como mais tarde voltou a acontecer na nova era…) a conquistar um Tetra na Volta a Portugal, com quatro vitórias consecutivas na Grandíssima Portuguesa, quão ocorreu com os triunfos nas Voltas de 1959, 1960, 1961 e 1962. E nesse período de grande supremacia ainda nos tempos das equipas apenas de clubes, se salientou entre outros o histórico Franklim Cardoso, em lugar de destaque no comando do ciclismo do FC Porto, sobretudo na primeira metade dos mesmos anos 60. Cujo nome, como curiosidade e para não haver equívocos, no bilhete de identidade constava escrito como Franquelim, mas ele próprio assinava como Franklim nos jornais onde era comentador de ciclismo. Tendo sido com esse icónico senhor do ciclismo (ao qual aqui será dedicado muito em breve uma crónica biográfica) que ocorreram as vitórias na Volta a Portugal de Sousa Cardoso, Mário Silva e José Pacheco, em 1960, 1961 e 1962, respetivamente. Tendo sido mesmo sob o seu comando que conquistaram os ciclistas do FC Porto “retumbantes triunfos nas provas nacionais de maior projeção”. Além de ter contribuído para uma melhor organização da Secção de Ciclismo do FC Porto, nesse tempo, tendo convidado para componentes da secção grandes sócios portistas que se revelaram autênticas dedicações, como Manuel Fernandes Almeida e Serafim Mota, por exemplo.
Ora, é sobre um destes colaboradores do ciclismo portista
desses anos 60 a referência desta vez a registar – Manuel Fernandes Almeida. A
quem, em ideia de prestar uma justa lembrança, aqui se presta este tributo de
recordação. Deitando mão de um recorte jornalístico, de uma coluna publicada no
jornal O Porto de 1970; e através do qual se pode ficar com melhor visão sobre
o mesmo grande portista e homem do ciclismo daqueles tempos. Que aqui se publica
através de amável envio de um amigo seguidor deste blogue, sr. Rogério, filho
de Franklim Cardoso, que muito agradeço. De modo que assim é possível fazer
mais memória portista, como sempre que possível se procura nomear.
Armando Pinto
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Obrigado amigo Armando Pinto ainda me lenbra desçes bons tempos que o Fcporto dominava o ciclismo en Portugal que eu tanbem fiz parte desçes bons tempos un grande abraço deste amigo E.C
ResponderEliminarAbraço grande amigo. Ouvi dizer que vem cá dentro de pouco tempo. Cá o espero para mais um abraço pessoal.
ResponderEliminarO referido ciclista vencedor da Volta a Portugal de 1962 era José Pacheco, de nome completo José dos Santos Pacheco. Que correu pelo FC Porto desde 1959 a 1962, depois em 1963 transferiu-se para o Sporting em habilidade do clube de Alvalade com falsa questão do serviço militar (por ele ter sido colocado num quartel do exército em Lisboa, por força de dirigentes do Sporting afetos ao regime do tempo) e depois em 1964 regressou ao FC Porto, mas já sem a mesma foma anterior, derivando ter sido seu fim de carreira. Ora, em 1970 corria no FC Porto seu primo José Luís Pacheco, mais novo uns anos, daí o engano do jornalista que transcreveu o que lhe dissera o homenageado de ocasião. Portanto o ciclista a que se refere o texto do jornal O Porto era o José Pacheco, como era conhecido no mundo do cilclismo.
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