Estávamos no verão de 1987, ainda com o ego bem preenchido pela
então recente vitória de Viena. E em tempos de férias, com agosto quase no fim, dando-se no nosso
horizonte o primeiro jogo a sério da temporada desportiva imediata, iniciada
nesse mês ainda de tempo de praias. Em que pelo final da tarde e na fresca
da chegada do escurecer rumei às Antas, levando comigo alguns familiares com
quem estava por esses dias. Assim, além do meu filho, com nomes de gente do FC
Porto, até, foram também dois sobrinhos, que pela primeira vez iam ver o FC
Porto in loco, sendo assim comigo que viam pela primeira vez em carne e osso os
jogadores do FC Porto. Foi já há 33 anos, na Antas, mas parece que ainda vejo
isso bem presente. Embora a rever na retina memorial. Tendo depois no estádio
eu levado o meu filho comigo, pois eramos ambos sócios de Superior, e lá ido
para o ângulo da bancada Superior Sul do lado mais próximo à bancada central da
cobertura de cimento; enquanto meus sobrinhos foram com outros familiares para
a bancada Superior Norte, mais do público não sócio, onde (segundo soube
depois) houve enorme aperto pela grande afluência de gente, sendo tempo de
estada de emigrantes e outros veraneantes.
Como ilustração, algumas imagens coevas, da reportagem ao
tempo saída na revista Dragões, dão uma amostra de todo o ambiente, que até
meteu consagração dos também Campeões Juniores treinados por Custódio Pinto e fogo-de-artifício
a homenagear os seniores Campeões Europeus da “Valsa de Viena”!
Foi então a 26 de agosto de 1987. Num jogo dos que dá gosto
ver, com o Porto a marcar muitos golos e a fazer uma exibição de gala. Madjer, ainda
com toda a gente a lembrar-se do seu golo de calcanhar na final com o Bayern,
fazia então «um hat-trick e voltava a marcar de calcanhar, como tinha feito
três meses antes, em Viena, frente ao Bayern em que jogava o agora treinador
Hans-Dieter Flick. Celso, Semedo, que bisou, e Rui Barros, em estreia oficial
com a camisola do FC Porto, também marcaram e ajudaram a dar maior expressão
(7-1) à vitória sobre o Belenenses, da primeira jornada da liga de uma época
absolutamente memorável. À Taça Intercontinental, à Supertaça Europeia e à
vitória no Campeonato, os Dragões ainda juntaram a Taça de Portugal. Tomislav
Ivic, que herdou o plantel campeão europeu, era o treinador», tendo substituído
Artur Jorge, que fora tentado por França, onde passara a ser o Rei Artur…
Viviam-se assim tempos memoráveis. Como foi esse de um dia
de férias bem passadas, com o FC Porto em grande, à medida do sonho do
sentimento portista pessoal.
Armando Pinto
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