A 14 de julho de 1976 iniciava-se novo ciclo na vida do FC
Porto, com a abertura dos trabalhos da equipa sénior para a nova época do
futebol do clube, sendo como é o desporto-rei mola mais forte da engrenagem
desportiva e portista. Surgindo então, como depois se comprovou, um forte
impacto no Universo Porto, com a entrada em funções do treinador José Maria
Pedroto, que regressava assim ao FC Porto.
Pedroto, já se havia comprometido tempos antes através de
conversações com Jorge Nuno Lima Pinto da Costa, e entretanto assinara contrato com o clube na presença do presidente Dr. Américo Sá, voltando então a entrar
nas Antas como pessoa grata do FC Porto, depois de levantado em Assembleia Geral
de sócios o processo anterior impeditivo que faz parte da história.
Com efeito, nesse dia do verão de 1976, o novo treinador e
velho conhecido Pedroto era apresentado aos futebolistas e dirigentes do clube da
bandeira de duas listas azuis ladeando a branca das “asas dos poetas”, «no
sagrado balneário azul e branco». Por ação direta de Jorge Nuno Pinto da Costa,
ao tempo recém-empossado como diretor do departamento de futebol, o treinador José
Maria Pedroto «regressou às Antas para dar início a uma verdadeira revolução na
instituição portuense e no futebol português. Lado a lado com Pinto
da Costa, o Mestre reconduziu o FC Porto ao trilho das vitórias, reergueu a
confiança tripeira e tornou o emblema da Invicta num dos mais respeitados
do país, da Europa e do Mundo do futebol. Com Pedroto, acabou a hegemonia dos
clubes da capital, acabou o síndrome da ponte e acabaram-se os bons rapazes do
Norte»...
Nesta fase do campeonato atual (entenda-se época de
confinamento da pandemia, que atrasou tudo e inclusive o desenrolar do
campeonato de futebol de 2019/2020), quando o FC Porto está prestes a conseguir
o 29.º título de vencedor do Campeonato Nacional (da Liga portuguesa, como agora
se diz), e os fanáticos do regime na comunicação social andam a tentar fazer
esquecer isso com novelas de novos treinadores para o clube dos corruptos e a
procurarem passar outra esponja sobre os casos de tribunal do presidente
encarnado… é pois uma boa oportunidade de evocar esse ato que foi o regresso
de Pedroto ao FC Porto, em 1976. Dando-se aí, como sucedeu, um volte face na
história.
Na oportunidade, recorda-se isso com imagens coevas de tal ocorrência,
da apresentação do treinador, conforme ficou registado nas páginas do jornal O
Porto.
Armando Pinto - 14 de julho de 2020
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