Em tempo de recolhimento caseiro, derivado à pandemia do
Coronavírus como se sabe, entre as diversas formas de distrair e conviver
virtualmente, surgiram algumas novidades nos meios de divulgação no universo
portista, através da plataforma audiovisual do clube, com partilha direta no
facebook e posterior transmissão no Porto Canal. Entre cujas rubricas tem havido
transmissão dum pouco daquilo que tem sido a reclusão dos atletas azuis e
brancos das mais diversas modalidades, bem como conversas de recordações com antigos ases da bola portista, enquanto os adeptos estão também
recolhidos ou distanciados socialmente. Tendo um destes dias assim acontecido interessante
conversa em que um dos intervenientes foi Vítor Baía.
Disso fez eco o site “maisfutebol.iol.pt”, pondo por escrito partes do que foi dito nessa conversa, como o caso da seleção de 2004:
«Baía: “Euro 2004? Notou-se que houve interferências
externas”
Ao fim de 16 anos e já depois de ter confrontado Scolari, o
guarda-redes não entende por que razão não foi convocado
(Redação Maisfutebol / @maisfutebol / Euro 2004 / 12-04-2020)
Após ter conquistado a Liga dos Campeões pelo FC Porto e de
ter sido eleito o melhor guarda-redes da Europa, Vítor Baía ficou de fora dos
convocados de Scolari para o Euro 2004.
Volvidos 16 anos, o antigo guarda-redes ainda não percebe
os motivos que levaram o técnico brasileiro a deixá-lo fora da prova organizada
por Portugal.
«Continuo a não saber o motivo e a razão pela qual não fui
chamado. Aquele ano foi extraordinário, vencemos tudo, fui considerado o melhor
guarda-redes da Europa e nada fazia prever aquele desfecho. Só uma pessoa, que
é o Sr. Scolari, sabe e pode partilhar. Quando esteve no meu programa falou em
opções e outras coisas... Notou-se que houve interferências externas. Mas não
sou pessoa de guardar rancores e ódios. Só sei que eu saí prejudicado, o
Scolari saiu prejudicado e a seleção saiu prejudicada», disse, num programa nas
plataformas do FC Porto.
Lembre-se que em agosto, Scolari foi questionado pelo próprio Vítor Baía sobre os motivos da sua decisão.
«Era uma opção minha. Quando um técnico chega a um país não tem um conhecimento completo da cultura. Ouve aqui e ali, faz algumas escolhas. Já nos encontrámos e não há inimizade nenhuma. Fiz aquela escolha, escolhi aquele caminho. Se tivesse de escolher mais tarde, talvez fizesse diferente, não sei. Mas não vamos ficar a remoer, amargurados para o resto da vida. Somos crescidos e temos tanta coisa para viver. O que foi deixado de lado é deixado de lado e a amizade continua», disse, na altura o técnico brasileiro, no canal 11.
«Era uma opção minha. Quando um técnico chega a um país não tem um conhecimento completo da cultura. Ouve aqui e ali, faz algumas escolhas. Já nos encontrámos e não há inimizade nenhuma. Fiz aquela escolha, escolhi aquele caminho. Se tivesse de escolher mais tarde, talvez fizesse diferente, não sei. Mas não vamos ficar a remoer, amargurados para o resto da vida. Somos crescidos e temos tanta coisa para viver. O que foi deixado de lado é deixado de lado e a amizade continua», disse, na altura o técnico brasileiro, no canal 11.
Aparentemente, a questão não ficou esclarecida.»
Pois, o certo é que com isso Portugal foi prejudicado,
porque, tal como em 1966 podia ter havido melhor classificação que o 3º lugar no
Mundial de Inglaterra, caso tivesse sido Américo a defender a baliza da seleção
portuguesa, também em 2004 Portugal podia ter sido campeão europeu em casa e
mais cedo, com Baía entre os postes.
Moral da história:
Os responsáveis dessas seleções de Portugal deram tiros nos pés dos interesses nacionais. Mas enquanto no caso de 1966 depois o selecionador Manuel Luz Afonso reconheceu o erro, embora tardiamente... já o outro que perguntava se era ele o burro, nem agora quer dar o braço a torcer – pese haver culpas de quem o aconselhou entre seus ajudantes e diretores da seleção, mas ele é que acabou por ser quem ficou com orelhas grandes a arder!
Os responsáveis dessas seleções de Portugal deram tiros nos pés dos interesses nacionais. Mas enquanto no caso de 1966 depois o selecionador Manuel Luz Afonso reconheceu o erro, embora tardiamente... já o outro que perguntava se era ele o burro, nem agora quer dar o braço a torcer – pese haver culpas de quem o aconselhou entre seus ajudantes e diretores da seleção, mas ele é que acabou por ser quem ficou com orelhas grandes a arder!
Armando Pinto
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