Atualmente a época do ciclismo profissional está em espera,
aguardando evolução do estado derivado da pandemia do Coronavírus. Senão já
estaria na estrada, com o natural decurso das primeiras provas da época.
Enquanto isso não chega, na espera por novidades quanto ao futuro das corridas
de bicicletas pelas estradas portuguesas, resta para já recordar algo do início
de outras épocas, reportando a eras antigas no caso.
Assim, nos princípios
de época do ciclismo de alto nível, tempos houve em que os Campeonatos
Regionais de Fundo (em “Estrada”) tinham a primazia no calendário velocipédico,
primeiro com corridas divididas no Norte e no Sul, até haver encontro a nível
Nacional, pela Primavera. Seguindo-se depois as outras provas de clássicas, circuitos, de modo
a ser atingido ponto de rebuçado na chegada à Volta a Portugal.
Calha então, aqui e agora, recordar um dos triunfos portistas
no ciclismo de antanho, em vislumbre por uma das corridas de início de época,
detendo atenções no Regional do Norte. Deitando olhos ao Campeonato Regional de
1958, pelo registo do jornal O Porto, nesse tempo. Pois noutros jornais não apareciam muitas notícias sobre o ciclismo do Norte, efetivamente.
Então, através de registos do jornal nesse tempo existente
como órgão oficial do FC Porto, em suas edições de 5 e 12 de março de 1958,
fica-se com notícia de vitórias de Artur Coelho, ciclista do FC Porto, na
primeira e segunda prova a contar para o Campeonato Regional do Norte. E com
esses dois triunfos consecutivos, o mesmo Artur Coelho assegurou o título de Campeão do Norte, em
1958.
Artur Coelho, natural de Felgueiras, onde viveu até à
juventude, e mais tarde residente em Vizela, era então um dos mais cotados
ciclistas do FC Porto e um dos grandes animadores das corridas de ciclismo nacional.
Recorde-se que ainda no início deste ano 2020 ficou
historiado no livro “Ciclistas de Felgueiras”, publicado recentemente, da
autoria do autor deste blogue. Entre os cicclistas naturais de Felgueiras que correram na Volta a Portugal.
E se ele noutros anos chegara já a ser por
algumas vezes camisola amarela na Volta a Portugal, assim como ganhara alguns
Grandes Prémios, e inclusive em 1957 foi o vencedor da Clássica 9 de Julho-Volta
a São Paulo, no Brasil, também não se deixava bater facilmente em qualquer outa
corrida, como no Regional de Fundo, campeonato de provas de estrada. Tal o caso,
em que, como bom estradista e sprinter venceu o Campeonato Regional de Fundo da
Associação de Ciclismo do Norte, em 1958.
Armando Pinto
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