Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 3 de maio de 2020

Cristiano: Hoquista com marca na história do FC Porto também como 1º Campeão Europeu de Seleções A.


A História tem muita força, por mais que haja quem por vezes esqueça isso. E, como é muito bem dito, «felizmente, a história do FC Porto é interminável». Embora no presente ainda se não tenha ganho nada, o que o nosso sentimento portista tem vencido começou há muito, querendo-se sempre mais e já quanto antes. Porque o que se ganhou custou a ganhar e foi muito apreciado. Tanto que o facto de sermos o único clube Pentacampeão de futebol e Decacampeão de hóquei em patins em Portugal e o mais titulado internacionalmente em futebol, com oito títulos internacionais (sete com a equipa A e 1 com a B), contra dois e um dos rivais que também inscreveram seus nomes no rol de vencedores europeus, é algo que continuará bem presente.


Mesmo Pinto da Costa, o presidente atual do FC Porto, que como todos sabemos é alguém com mais títulos no seu currículo de dirigente desportivo, quando jovem era entusiasta de conhecer a história antiga do clube. Como recordou, de tempos comuns de juventude, o seu antigo colega bancário João Mota (citado no livro “Pinto da Costa Luzes e sombras de um Dragão”), lembrando que ia «às vezes a casa dele ver a história do FC Porto, (pois) ele tinha lá uns fascículos antiquíssimos…»

Também é assim que por vezes aqui o autor deste blogue quer mostrar a história do nosso FC Porto, ajudando a recordar e a dar a conhecer, conforme as idades dos seguidores. Tal como, no caso que desta feita vem a calhar evocar, no dia em que o Cristiano do hóquei do Porto faz anos.


Ora, neste 3 de maio perfaz mais um aniversário natalício o grande ídolo do hóquei portista Cristiano Trindade Pereira. Nascido que foi nesta data do ano de 1951. E tendo sido também em Maio, mas de 1971, que vimos Cristiano sagrar-se Campeão Europeu na Seleção A nacional, algo inédito no FC Porto que nunca tinha até aí tido um atleta azul e branco das modalidades amadoras com essa glória, mais tal honra ficou vincada no sentimento portista.

Até ali do FC Porto apenas tinham sido campeões europeus, embora sem essa categoria oficial, os futebolistas seniores (Hernâni, Arcanjo e Barbosa) que estiveram na vitória no Torneio Internacional de seleções militares em 1958, bem como os futebolistas juniores (Serafim e Rui) do Torneio da UEFA em 1961. Além também dos hoquistas que na seleção portuguesa de juniores, e esses haviam sido mesmo campeões europeus, em 1969 e 1970 (já com Cristiano nesse lote, mais Castro, Júlio e Fernando Barbot). Contudo, com estatuto oficial de Campeões Europeus de equipas principais foi então Cristiano a abrir o livro.


Para as gerações com memória pessoal a partir de meados dos anos 50, foi então também Cristiano o primeiro internacional do hóquei portista que "a malta" teve a dita de conhecer nessa situação, visto o anterior e primeiro elemento da secção no clube, a ter sido internacional A, muito anteriormente, haver sido Acúrcio (também guarda-redes de futebol), em episódica passagem pelo hóquei patinado na distante época de 1956. Tendo depois Cristiano durante longo tempo, ao longo dos anos 70, pelo menos, ainda andado a ser o único representante portista nas seleções nacionais de seniores, com exceções de episódicas chamadas dos guarda-redes Brito e Castro.


Assim sendo, nesta data do aniversário de Cristiano, como (mais uma) mensagem de parabéns, recordamos essa ocorrência, com vislumbres de sua decisiva ação em tal conquista, quando Portugal (em ano que Livramento não esteve presente) se sagrou brilhantemente Campeão Europeu no XXX Campeonato da Europa disputado em Lisboa.

(Como esse  XXXº Campeonato da Europa, disputado em Lisboa, decorreu entre 8 a 16 de maio, ao correr de 1971, voltaremos ao assunto ainda, mais na aproximação à passagem do cinquentenário dessa conquista nacional.)

Armando Pinto
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