Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Efeméride: O Título Nacional de Mister Robson em Alvalade…


No dia 7 de Maio de 1995 o FC Porto venceu em Alvalade por 1-0 e sagrou-se Bicampeão Nacional, num dia que ficou também tristemente marcado pela queda de um varandim que vitimou adeptos sportinguistas na proximidade da chegada do autocarro do FC Porto, com morte e ferimentos diante das imagens televisivas.


Estava-se na reta final da disputa do título e, após nove vitórias consecutivas, incluindo triunfo convincente no Restelo, bastou um empate do FC Porto com o Estrela da Amadora, em campo neutro (no municipal de Coimbra, por interdição do estádio das Antas, em mais um dos cirúrgicos castigos federativos…) para logo aparecerem velhos casmurros da comunicação social anti-Porto com desdém, como os que Camões evocou à saída das caravelas em busca de novos mares … No panorama ao horizonte, diante da ida do FC Porto a casa do Sporting, avistavam que caso os leões vencessem, podia ser que conseguissem fazer tremelicar a decisão final para as seguintes três últimas jornadas.


Pois então, no jogo seguinte, o FC Poto foi a Alvalade mostrar como era, em mais uma visita a Lisboa, dessa vez para festejar no final. Embora antes a comitiva azul e branca se tenha deparado com um ambiente adverso, incluindo algazarra hostil à chegada da equipa portista ao estádio, que levou a exageros e inclusive originou o desastre infeliz ocorrido. Tendo o jogo depois decorrido de feição ao FC Porto, perante exibição de classe, apesar de mais algumas manobras habituais de arbitragem, incluindo um golo de Domingos que não contou oficialmente, mas pago com juros por fim, sendo de Domingos o golo apontado que valeu. Resultando de tudo também uma vitória magistral de Mister Robson, que havia sido despedido do Sporting e no FC Porto se sagrava campeão, fechando as contas em casa do rival. 


Depois foram cumpridas as jornadas restantes com o título no bornal, acabando a prova (em tempo que as vitórias ainda valiam apenas 2 pontos) com 9 pontos de vantagem sobre o Sporting e 13 sobre o Benfica. Para no final a vitória no campeonato ser dedicada à memória de Rui Filipe, que falecera no início da época, tendo ainda no primeiro jogo marcado o primeiro golo do campeonato e do que seria o primeiro da série do "Penta".


Sobre essa jornada triunfante, para melhor ilustração, juntam-se imagens digitalizadas da capa do jornal O Jogo e de páginas da revista Dragões, de maio de 1995, como também do livro “F. C. Porto – Álbum 94 / 95 – Os “Dragões de Mister Robson”, da autoria de Manuel Dias e publicado pelas Edições ASA. Mais uma ficha da série “coleção 30 Anos de Ouro” d’ O Jogo.


Em suma, mais um campeonato é assim recordado, de mais um dos tais que devem ser sempre assinalados memorialmente, pois as vitórias do FC Porto representam muita superação, como é já sistemático no ambiente do sistema português.


Armando Pinto
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