Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Era uma vez… Margaret Kendall – escritora e matriarca da família Villas-Boas do Porto!

Sem ser tema de desporto, o mote desta vez a tratar rola sobre sentimentos também afins, por motivos relacionados. Mas tem muito a ver, afinal, com o haver do Futebol Clube do Porto, do princípio e dos dias de agora.

Na passagem do início da quadra natalícia, que antigamente começava com o então Dia da Mãe, a 8 de dezembro, Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, reluz no firmamento da atualidade uma infinidade de lembranças pessoais e outras afinidades comuns que se foram juntando pela vida adiante. Vindo desde logo à memória umas boas e ternas recordações de minha mãe, a quem eu em pequeno, quando lia livros infantis com muitos “bonecos” figurados, oferecia um “santinho” apropriado no Dia da Mãe, daquelas pagelas com imagens de santos e no caso era com Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora a ser Mãe de Jesus, do Natal. E agora, que ela já faleceu há muito tempo, ainda e sempre ofereço em minha oração o meu pensamento de saudade e constante recordação, até ao Infinito celestial. Bem como calha lembrar outras pessoas, umas conhecidas e outras que fazem parte do conhecimento obtido por via de pessoas e factos que nos dizem alguma coisa especial. Em certos aspetos até assuntos interessantes e mesmo caros. Como no caso que apraz aqui e agora lembrar. Sendo que a partir de certa altura eu soube que, pela época do histórico Dia da Mãe, era também esse um tempo de ser festejado por uma senhora que foi escritora de literatura infantil, Margaret Kendall, a mesma que mais tarde vim a saber que era avó de André Villas-Boas. Sim, o atual Presidente do FC Porto. Cujas origens familiares estão ligadas aos primeiros tempos de vida também do FC Porto, através dos Kendall de que reza a história. Ora entre esses, irmãos Kendall, um foi o visavô de André Villas-Boas. E dele nasceu a avó de André, senhora que foi a escritora referida, Margaret Kendall. Que André Villas-Boas lembrou publicamente aquando da sua apresentação como treinador e continua a referenciar agora que é Presidente do FC Porto. Sendo ela, essa, sim, o tema em apreço, desta vez aqui a evocar, para o caso que vem a propósito lembrar. Porque as escritoras de literatura infantil ficam na memória das crianças que, quando se tornam adultos, lembram as influências que permanecem desde o imaginário infantil, também.

Ora, vem isto a calhar por uma leitura surgida diante de meus olhos, por estes dias, da lavra duma autora de literatura infantil nos dias que correm. Por acaso neta dessa senhora que foi escritora em tempos idos. E, a neta, é prima de André Villas-Boas. Ou seja, como o sangue corre nas veias, dessa avó escritora descende uma neta com a mesma veia das letras – Cristina Villas-Boas. Não admirando que em tal família, tão dotada, esteja igualmente incluído e tenha descendido também o atual “Timoneiro” do Futebol Clube do Porto, este a fazer ativamente história nos anais desportivos do grande clube azul e branco que tem o dragão como símbolo afetivo.

Descendendo dos Kendall que foram pioneiros na fundação do FC Porto, a árvore de cipoal Villas-Boas do nosso André chegou ao 1.º Visconde de Guilhomil e ao Conde de Paçô Vieira. Até que «o filho mais novo do 1.º Visconde de Guidhomil (sic - conforme está no livro, embora seja Guilhomil) e avô de André Villas-Boas, Gonçalo, se casou com Margaret Neville Kendall cuja família da mãe – os Burns – era de Lancashire e Merseyside. A ligação a Portugal vem por parte da família dos pais de Margaret, os Kendall, que estiveram no país há pelo menos quatro gerações, provavelmente ligados à indústria do Vinho do Porto. Foi com esta avó, Margaret, nascida em Lordelo do Ouro (Porto), que Villas-Boas ensaiou a primeira aproximação à língua inglesa…» (do livro “ANDRÉ VILLAS-BOAS SPECIAL TOO”, publicado em 2011).

Pois então, a escritora Cristina Villas-Boas, jornalista e tradutora de profissão (e mãe de principal ocupação, como diz na sinopse do seu livro "A Pampa e o Pampo"), autora de literatura infantil, lembrou a avó Margaret com uma bonita ilustração, descrita em ternura vertida na recordação da matriarca da família Villas-Boas. Em modo de dar a conhecer a seus descentes a bisavó de suas filhas e familiares de mais recente geração.

Algo que, por toda a envolvência da quadra e afetividade, se colhe e coloca aqui, a luzir, como reluzentes adereços da temporada natalícia:

«O fim-de-semana foi dela. É sempre dela nos dias 7 e 8 de dezembro, o seu dia de aniversário e o dia em que festejava o dia da mãe. Por isso não podia deixar de destacar uma das atividades mais simbólicas do advento. Recordar a Granny, a nossa Granny, que partiu há 17 anos e não há um dia em que não esteja presente na vida de todos nós (e somos muitos!)... Trazer-lhes a bisavó ao imaginário e à realidade, mostrar-lhes a pessoa, mãe e mulher extraordinária que nunca chegaram a conhecer, mas que conhecem tão bem desde tão pequeninas. Muito do que era a Granny elas aprendem pelos livros que escreveu, onde está para sempre registada muita da sua humanidade e amor pelos outros.

Hoje é dia de a ler. E é sempre uma das nossas atividades preferidas: celebrar as nossas estrelinhas (que a bisavó materna, a minha super-heroína, também tem direito)» - Cristina Villas-Boas Vaz, a 9 de dezembro de 2024! 

– (Sendo a escritora Margaret) Bisavó materna para a descendência da Cristina e paterna para a prole sucessora de André Villas-Boas. 

Fica aqui então esta bela memória da escritora Margaret Kendall. A senhora avó e bisavó Granny da família Villas-Boas do Porto. Narrada pela literata sucessora Cristina Villas-Boas. Envolvendo, aqui para nós, o que representam as letras que marcam a vida de pessoas que fazem parte da vida de muita e boa gente.

Armando Pinto

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4 comentários:

  1. Só duas correções: não é "visavó", mas sim "bisavó", e o título do Visconde não é "Guidhomil", mas sim "Guilhomil".

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    1. Agradecendo o comentário, se tiver o livro deve notar o que está referido. Abraço.

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    2. Ah, sobre a tal palava naturalmente houve lapso ao teclar a letra, pois como deve ter reparado noutra parte do texto a mesma palavra noutro sítio estava normal, escrita corretamente, e apenas houve distração no lapso apontado. Mas assim ficou acertado o caso.

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  2. Parabéns pelos dados oportunos sobre
    as duas escritoras.Vou fazer uma busca
    sobre os livros.

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