Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Para sempre recordar… em memória e homenagem ao Bibota Fernando Gomes!

Já estão devidamente guardados de modo prezado, no acervo de estimação pessoal, entre artigos físicos no arquivo de coleção estimativa, os jornais entretanto adquiridos que contam o adeus ao Fernando Gomes, nosso Bibota. Ficando isso como mais alguma documentação necessária e apreciada a contar algo que será de "para sempre recordar". 

Tal como o Gomes merece que seja eternamente lembrado, como constante recordação. Quão será se for colocada uma estátua dele em frente ao nosso Estádio do Dragão, como ele e o Portismo extensivo merece. Podendo haver, se necessário, uma campanha de angariação de fundos para o efeito (à consideração das pessoas mais ligadas ao funcionamento institucional do clube). Tal qual, mais célere ainda, será uma outra bela homenagem se for levada em conta a sugestão de André Villas-Boas, como também consta num dos jornais que ficam guardados, quanto à camisola 9 do futebol sénior do FC Porto. Tão bem quanto as boas ideias devem ter aceitação também nas boas intenções de quem gosta do FC Porto.

Armando Pinto

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domingo, 27 de novembro de 2022

Adeus Gomes! Até sempre nosso “Bibota”. És e serás eterno no meu Portismo e para sempre no sentimento Portista verdadeiro. - Apoio à sugestão de André Villas-Boas!

Fernando Gomes, o Bibota "Gomes do Porto", está já no céu do sentimento dos que gostamos do que e quanto ele representa.

Hoje a capa de pelo menos dois dos jornais desportivos diários de maior impacto têm na primeira página o nosso Gomes. Sendo assim a frente desses diários especializados em desporto totalmente dedicada ao desaparecimento mortal do Fernando Gomes, o Bi-Bota d’Ouro, falecido sábado e que este domingo teve cerimónias fúnebres, antes de ser cremado. 

Entretanto, ficou então depois alguma mágoa coletiva por não ter sido possível ficar no Mausoléu do FC Porto, a repousar eternamente entre Estrelas do FC Porto, ele que no céu fica a cintilar em luz viva de sentimento azul e branco.

Respeita-se a vontade da família, embora se não saiba qual a verdadeira vontade do Fernando Gomes. Mas de qualquer forma, restando suas cinzas, em vez de as mesmas poderem ser lançadas nalguns sítios ou ficarem guardadas à vontade de quem de direito, não seria possível uma parte, mesmo pequena que seja, ficar junto aos restos mortais de Pedroto, Pinga, Soares dos Reis, Pavão, Senhor Lopinhos massagista, Acácio Mesquita, Avelino Martins, João Lopes Martins, João Augusto Silva, carismáticos ícones do referencial portista que estão no Mausoléu do Futebol Clube do Porto, onde “Repousam Glórias do FC Porto”?!

= Bandeira entretanto mandada fazer e colocada pela claque dos Super-Dragões na frente do estádio do Dragão!

De todo o modo Fernando Gomes é e será de todos nós Portistas e continuará a ser, os que o recordaremos pela vida adiante. Por isso aqui o autor destas considerações tem uma posição, como sócio do FC Porto, que sou desde 1973, quando me foi possível: - Estou completamente de acordo com a sugestão de André Villas-Boas: «O número 9 do Gomes é especial, não sei se era justo propor a retirada da camisola 9 por ser número tão emblemático do jogo e com cariz tão forte para os pontas-de-lança, mas as iniciais FG em cada número 9 do FC Porto seria uma honra histórica e para a eternidade. Esperemos que algum sócio lance isso em Assembleia.» Isso, acrescentamos nós, que ainda durante o mandato desta Direção de Pinto da Costa.

Ora, além disso, como complemento, num futuro também seria da maior justiça colocar uma lembrança monumental de Fernando Gomes junto ao estádio do Dragão, uma estátua mesmo, em local digno e de afluência da massa adepta portista. Faltando em frente ao nosso estádio, por exemplo, alguma figura de estatuária monumental, no exterior da nossa casa portista, mais até do que existe no interior, ao género de algo do que se vê em espaços similares de outros clubes… Pois seria isso uma boa maneira de passar a haver assim mais um local de grande e maior simbolismo do que é o sentimento portista.


Adeus Gomes! Até sempre nosso “Bibota”, adeus. És e serás eterno no meu Portismo e para sempre no sentimento Portista verdadeiro! Até sempre e no céu ajuda a defender pelo Bem o nosso Futebol Clube do Porto!

Nota Bene: Gomes merecia que a despedida tivesse sido feita no estádio do Dragão. E não apenas na capela mortuária da  igreja das Antas, distante da área do clube. Lamenta-se que os responsáveis principais da atual Direção do FC Porto, ou seja Jorge Pinto da Costa, Vitor Baía, Fernando Santos Gomes, Adelino Caldeira, etc. não tivessem feito essa vontade aos Portistas.  Como era justo, pois Gomes é o atual maior símbolo clubista, por mais que haja quem se ache assim entre os vivos. 

Armando Pinto

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sábado, 26 de novembro de 2022

Falecimento do nosso Bibota Fernando Gomes (1956-2022) - o maior goleador de sempre do FC Porto

Faleceu Fernando Gomes, o eterno "Bibota", nosso Bi-Bota d' Ouro.

Nesta hora em que tão reluzente estrela passa a brilhar no céu, estamos todos nós Portistas de luto, pois o Fernando Gomes era dos nossos, o Gomes do Porto era da Família Portista. Como o tenho em espaço particular de meu recanto de passatempo doméstico...

Lembrando alguns dos momentos em que pude estar diante dele…

Assim, recordo um domingo de futebol à tarde em que o encontrei no estádio das Antas, quando ele tinha já acabado a carreira de futebolista e ainda não regressara a funções no clube. Tendo então, junto à porta de entrada da bancada, ele me autografado o bilhete desse jogo (com o Estoril, em 1992).

Bem como num dia do encontro Dia do Clube, em 2017, me autografou a revista da conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987, precisamente no dia em que fazia 30 anos dessa conquista (foto que encima este artigo da triste notícia de seu falecimento). 

O nome e a cara de Gomes são referências de nosso Portismo. Lembrar o Gomes logo transporta ao tempo em que o FC Porto passou a ser mesmo grande, a ter verdadeiramente uma grande equipa. Vendo-o de braços abertos e língua de fora a marcar e comemorar golos, bem como a ouvir seu nome nos relatos do Amaro no Quadrante Norte dos Emissores do Norte Reunidos... e o seu sorriso sempre que aparecia na televisão ou em fotos. 

Fernando Gomes foi um jogador que desde seus primeiros tempos de futebolista com a camisola do FC Porto deu nas vistas e depressa chamou a atenção dos portistas, quer dos que podiam seguir in loco os jogos das camadas jovens, quer dos que acompanhavam a vida do clube à distância, sobretudo através das crónicas no jornal O Porto, dos meios mais acessíveis nesses tempos. Passando desde logo a ser admirado, ainda nos Juniores, fazendo dupla com Maia e bem secundado por todos os outros dessa bela equipa. Até que depressa subiu ao plantel senior, estreando-se em pleno verão de 1974 no Torneio Início e depois fazendo estreia no Campeonato Nacional de 1974/75 com dois golos na 1.ª jornada, os dois da vitória por 2-1 diante da equipa da antiga Cuf, no início de setembro, com o público portista por testemunha vibrante no estádio das Antas. Para volvidas poucas épocas ter passado a ser o Bola de Prata de melhor marcador de Portugal em 1977, após o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de 1976/77, seguindo-se em 1983 e 1985 a Bota de Ouro de melhor goleador europeu, por duas vezes..  enquanto em Portugal foi 6 vezes Rei dos Goleadores.

Sinceramente num momento assim nem me apetece escrever muito e nada mais. Aliás sobre o Gomes muito está escrito neste blogue, ao longo dos anos em diversificados artigos. Além de ilustrações várias. 

Como tal desta vez, apenas coloco aqui agora fotos e imagens de meu arquivo pessoal, entre excertos de referências publicadas em páginas oficiais, desde a página do clube até às de um dos jornais, o JN, como exemplo.

«MORREU FERNANDO GOMES

Antigo avançado vencedor de duas Botas de Ouro foi o melhor marcador de sempre do FC Porto

É com enorme tristeza e consternação que o Futebol Clube do Porto anuncia o desaparecimento de um dos nomes incontornáveis da sua história. Fernando Gomes, Bibota de Ouro e maior goleador de azul e branco, faleceu este sábado aos 66 anos vítima de doença prolongada.

Nascido em novembro de 1956 na freguesia de Campanhã - bem perto do Estádio das Antas -, Gomes começou a representar o clube que o apaixonava enquanto adolescente. Colecionou golos e títulos ao longo de um curto percurso nas camadas jovens que rapidamente se transformou noutro ainda mais produtivo no futebol sénior.

Estreou-se na equipa principal do FC Porto logo aos 17 anos. Com apenas 20, sagrou-se melhor marcador da Liga pela primeira de seis vezes e revelou-se decisivo para o quebrar de um jejum que durava há quase duas décadas.

Cinco vezes Campeão Nacional, uma Campeão Europeu, vencedor de três Taças de Portugal, outras tantas Supertaças Cândido de Oliveira e uma Europeia, foi figura de proa na afirmação dos Dragões dentro e fora de portas.

Distinguido com duas Botas de Ouro que o coroaram como o melhor artilheiro da Europa em 1983 e 1985, foi dono e senhor da camisola 9 e da braçadeira portista nas décadas de 70 e 80.

Vinte anos, 452 jogos e 355 golos depois viria a dar por terminada uma carreira dourada longe da Invicta. A experiência nos relvados e na liderança do departamento de prospeção deram-lhe bagagem mais do que suficiente para assumir o cargo de Diretor da Formação dos Dragões, cargo que manteve até ao último dia apesar dos problemas de saúde.

Entre o primeiro Dragão de Ouro de Futebolista do Ano - entregue na edição inaugural dos prémios - e o de Dirigente do Ano - atribuído em finais de 2021 -, o Bibota nunca perdeu o Norte nem a paixão pelo FC Porto.

O FC Porto está de luto pela perda de uma das maiores figuras da sua história e endereça as mais sentidas condolências à família, aos amigos e a todos os admiradores de Fernando Gomes.»

Aqui fica, assim, uma homenagem, nesta oportunidade mais. Ilustrando melhor a efeméride através também de uma vista de olhos por algumas das muitas coisas sobre ele guardadas em arquivo pessoal, do autor destas lembranças. 

«ELE ERA O GOLO

Fernando Gomes, melhor marcador da história do FC Porto, morreu aos 66 anos

A transformação do FC Porto num clube ganhador após o 25 de abril teve como momentos mais significativos duas conquistas com caráter quase fundacional: a da liga portuguesa de 1977/78, que colocou um ponto final num longuíssimo jejum de 19 anos sem o principal título nacional; e a da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986/87, que inaugurou um palmarés internacional que não tem paralelo entre os clubes portugueses. Houve um único jogador protagonista nestes dois acontecimentos separados por nove anos: Gomes, o melhor marcador da história do FC Porto.

Nascido no Porto a 22 de novembro de 1956, Fernando Mendes Soares Gomes tinha 14 anos de idade quando, durante as férias de verão, foi de Rio Tinto ao Campo da Constituição a pé para participar nas captações do FC Porto. Não precisou de muitos minutos para impressionar António Feliciano – histórico treinador e formador de campeões azuis e brancos – e garantir uma vaga no plantel de juvenis a partir dos 15 anos. Apenas três anos mais tarde, aos 17, na primeira jornada do campeonato de 1974/75, estreou-se pela equipa principal e marcou os dois golos da vitória por 2-1 sobre a CUF.

Ainda que o arranque tenha sido fulgurante, ninguém podia imaginar que aquele adolescente estava destinado a marcar uma era no FC Porto, que com ele na frente de ataque viria a ganhar ao longo das duas décadas seguintes muito mais do que o que havia alcançado em toda a história até então. Claro que as conquistas não foram só de Gomes – foram coletivas –, mas é impossível iludir o impacto individual de um jogador que bateu todos os recordes: quando vestiu a camisola do clube pela última vez, a 22 de janeiro de 1989, já havia muito que tinha superado os registos de golos de atletas míticos como Pinga, Araújo, Correia Dias, Hernâni e Teixeira.

Gomes marcou 355 golos em 452 jogos oficiais pelo FC Porto. E muitos deles foram decisivos: em 1977, assinou o único da final da Taça de Portugal disputada com o Braga – primeiro troféu conquistado pelo clube desde 1968; em 1985, fez o golo da vitória na Luz, perante cerca de 30 mil portistas, num jogo que foi um passo importante rumo à conquista do título; em 1987, na segunda mão das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, foi o autor de um dos golos frente ao Dínamo de Kiev que valeram a qualificação para a final de Viena; e em dezembro do mesmo ano, em Tóquio, foram dele e de Madjer os golos que fizeram do FC Porto campeão do mundo contra o Peñarol. Além disso, picou o ponto nos jogos que confirmaram os títulos nacionais de 1978, 1979, 1985, 1986 e 1988.

A impressionante eficácia ofensiva de Gomes valeu-lhe inúmeros prémios individuais. Foi seis vezes o melhor marcador da liga portuguesa – em 1977, 1978, 1979, 1983, 1984 e 1985 –, e em duas sagrou-se mesmo o maior goleador de todos os campeonatos europeus. Recebeu, por isso, a bota de ouro em 1983 e 1985, justificando a alcunha que lhe ficará eternamente associada: Bibota. Entretanto, no plano coletivo, juntou cinco campeonatos nacionais, três taças e três supertaças, além de uma Taça dos Campeões Europeus, uma Taça Intercontinental e uma Supertaça Europeia.

Gomes deixou o FC Porto pela primeira vez em 1980, para representar o Sporting Gijón e marcar 16 golos em Espanha, durante duas temporadas condicionadas por problemas físicos. Em abril de 1982, o regresso do camisola nove a casa foi uma das bandeiras da primeira candidatura presidencial de Jorge Nuno Pinto da Costa. A sua concretização – muito afetada pelo estado depauperado das finanças do clube – não foi fácil, mas aconteceu. E Gomes continuou a marcar golos e a ganhar títulos de azul e branco durante mais sete anos. Pelo meio, sucedeu a Rodolfo como capitão. Fechou a carreira com duas temporadas e 38 golos ao serviço do Sporting. Pela seleção de Portugal, participou em 47 jogos, marcou 11 golos e esteve entre os convocados para o Europeu de 1984 e o Mundial de 1986.

A ligação de Fernando Gomes ao FC Porto não se esgota na condição de atleta. Sócio do clube desde os seis anos, serviu-o como dirigente nas últimas décadas, com responsabilidades em áreas como o scouting e o futebol de formação. A qualidade com que desempenhou estas funções valeu-lhe, em 2021, o Dragão de Ouro de dirigente do ano – em 1986, na primeira edição destes prémios, tinha sido galardoado como futebolista do ano. Quando lhe foi entregue a última distinção, a 29 de novembro do ano passado, o eterno Bibota comentou que, depois de ter recebido tanto do clube, não contava que o FC Porto ainda tivesse alguma coisa para lhe dar. Tinha e terá sempre, porque não há como pagar o que Gomes deu à causa.

Neste momento, onde quer que haja um portista em Portugal e no mundo, há dor e luto. Fernando Gomes morreu aos 66 anos de idade, depois de três anos a lutar com um cancro.»

(fcporto.pt)


«Morreu Fernando Gomes, histórico avançado do F. C. Porto

Morreu, este sábado, o maior goleador da história do F. C. Porto. Ficam os golos e o eterno fascínio do mais prestigiado de todos os dragões, um dos grandes obreiros da enchente renovadora do clube nos anos 1970 e 1980.

O funeral realiza-se no domingo, às 15 horas, na Igreja das Antas, no Porto.

Fernando Gomes não foi o melhor jogador da história do F. C. Porto. Foi o mais emblemático de todos. Com a devida vénia a Pinga, Araújo, Falcao ou Jardel, Gomes foi o maior goleador dos anais portistas e nessa condição também o porta-estandarte da emancipação do clube e da revolução operada no futebol e no desporto português. Foi-se muito novo, aos 66 anos. Deixa obra que o imortaliza. É uma lenda.

Foi um cancro fulminante que levou um dos maiores ídolos do F. C. Porto, duas vezes consagrado melhor marcador de todos os campeonatos europeus. Daí ter sido celebrizado e permanentemente recordado como "bibota" de ouro, cognome que se lhe colava com toda a naturalidade e que todos, incluindo o próprio, já adquiriam como batismo de berço.

Se foi ou não da primeira infância, certo é que o "bibota" não demorou a demonstrar uma irresistível atração pelas balizas e pelos golos. Chegou ao F. C. Porto aos 14 anos, depois de ter feito o percurso de rua e de futebol de bairro que, na altura, filtrava os melhores. Na Constituição e nas Antas, António Feliciano e Costa Soares, dois formadores de excelência, logo viram o que ali tinham. Uma pérola rara. Em três épocas seguidas, Fernando Gomes foi campeão, de juvenis e de juniores. Acumulou centenas de golos e atingiu a maioridade antes dos 18 anos.

Ainda cheirava a abril, a 8 de setembro de 1974, quando o adolescente de 17 anos teve a alternativa na equipa principal do F. C. Porto, em pleno Estádio das Antas, pela mão do treinador brasileiro Aimoré Moreira. E que estreia! Foi ele o autor dos dois golos que derrotaram a CUF (2-1). E foram só os primeiros dois de 419 "orgasmos", como lhes chamava o próprio. E foi logo ali que o peão também foi introduzido às singulares celebrações do debutante, às correrias para a rede e para os braços dos adeptos, para esse ato tão fisiológico e assim tão bem descrito, como grau máximo da cópula da bola.

A encenação foi repetida vezes sem conta, cada vez mais e sempre com excitação renovada. Foram 419 bandarilhas em 17 anos de carreira profissional. Nos 13 que passou no F. C. Porto, tornou-se no maior goleador da história do clube, com 354 remates certeiros. Jogou dois anos (1980-82) em Espanha, pelo Gijón, e fez por lá 16 golos em 33 jogos e entre múltiplas lesões, antes de voltar para uma segunda passagem pelo F. C. Porto e para uma certo resgate. Concluiu a carreira no Sporting (1989-91), pelo qual fez 38 golos em 79 jogos. Ainda assinou 11 golos em 47 jogos pela seleção.

Senhor de uma notável variedade de recursos, sobretudo de uma técnica de cabeceamento ímpar, Gomes foi seis vezes vencedor do prémio Bola de Prata, que distingue o melhor marcador do campeonato, Foi um predador da área, dotado de um instinto infalível. "A minha missão não era marcar golos bonitos, era marcar", dizia o próprio, numa das últimas entrevistas, concedida ao JN, no dia em que celebrou o 60.º aniversário.

Nessa época, nos anos 1970 e 1980, que antecedeu a chegada em força da TV, essa caixa que também mudou o futebol, e que também precedeu a adoção da superliberal Lei Bosman, nesses gloriosos tempos da Rádio, dos relatos de Amaro e do Quadrante Norte, também se fez a estrela portista. Além de goleador em série, Gomes foi um craque de muito carisma. Corte da moda, cabelinho ao vento, naquele ar "pop-rock", fez milhares e milhares de novos portistas, na adesão comunitária que derrubou o complexo dos andrades e que fez do Dragão um símbolo do futebol mundial.

Pois foi todo este património, o do grande campeão - campeão do Mundo, campeão da Europa, cinco vezes campeão nacional, três supertaças, três taças, uma supertaça europeia... - e de símbolo identitário que o F. C. Porto e o futebol português perderam.»

(Jornal de Notícias)

Até sempre Fernando Gomes !

Armando Pinto

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

2.º aniversário do falecimento de Reinaldo Teles: - 2 anos de saudade do "Chefinho" do futebol do FC Porto

 

Há dois anos, a 25 de novembro de 2020, morreu Reinaldo Teles, histórico Homem do Futebol Clube do Porto. Falecido vítima do Covid-19 da pandemia que assolou o mundo por esses tempos e ainda tem resquícios, com efeitos de certo modo salvos pelas vacinas que têm sido ministradas à população.

Desaparecido fisicamente a 25 de novembro de 2020, Reinaldo Teles dedicou mais de meio século de vida ao clube que ajudou a transformar no melhor de Portugal enquanto atleta, seccionista, diretor, vice-presidente e administrador. Era costume ele dizer e demonstrar gostar de “falar pouco” e “trabalhar muito”, pelo FC Porto.

Nesta data, em que se deu esse desaparecimento físico, lembramos esse grande Dirigente, especialmente do futebol portista. Aproveitando para lhe fazer uma homenagem particular, com ideia coletiva, a pugnar por algo mais:  

- É devida uma… Homenagem perene a Reinaldo Teles: O "Chefinho" merece uma homenagem do FC Porto que faça o seu vulto permanecer pelos tempos adiante na memória coletiva portista. Está a faltar um livro biográfico e curricular sobre seu percurso no FC Porto ou uma fotobiografia. Além de alguma colocação de seu nome nalgum espaço físico do património material do FC Porto. 

Ele merece!

Armando Pinto

Nota: -Na oportunidade, relembre-se o que sobre ele e sobre seu falecimento ficou registado aqui, no blogue Memória Portista 

(clicando) em

https://memoriaporto.blogspot.com/search?q=+reinaldo+teles

AP

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Recordando: Nóbrega – outro grande injustiçado da Seleção dos Magriços do Mundial de 1966. A propósito de sua estreia na Seleção A portuguesa em 1964

Francisco Nóbrega era já um valor afirmado no futebol português, como um extremo-esquerdo saliente, e que no FC Porto acabara por fazer valer seu jogo atacante. Tendo sido revelação ainda nos juniores e já nos seniores, depois de uma época de empréstimo no Tirsense para rodar, foi entrando a fazer parte da equipa de honra portista. 

Até que, entretanto a dividir sua vida de futebolista com o serviço militar, foi escalado para integrar a Seleção Militar nacional. E já internacional Militar, teve finalmente vez de ser também Internacional A, na Seleção Nacional principal. Em jogo diante da Seleção de Espanha, disputado no estádio das Antas, a meio de novembro de 1964.

Foi então, nesse domingo 15 de novembro, corria o ano de 1964 em tempo dos magustos, que em bela tarde soalheira típica do verãozinho de São Martinho, Nóbrega subiu ao relvado pela primeira vez com a camisola das quinas vestida, estreando-se a jogar como titular pela Seleção da Federação Portuguesa de Futebol. Tendo ao lado, como companheiro nesse jogo da Seleção, também o colega de equipa Custódio Pinto. Duo que assim jogou nesse dia do jogo nas Antas, em que os responsáveis dessa vez abriram uma exceção ao normal escalonamento da época e como tal incluíram dois jogadores do FC Porto como titulares. Enquanto outro elemento do FC Porto, o guarda-redes Américo, ficou como suplente. Quando o guardião da baliza do FC Porto nesses tempos e inclusive na mesma época ia em grande no Campeonato Nacional, como guarda-redes menos batido (a pontos de ter sido vencedor da Baliza de Prata em 1963/64 e triunfador de muitos mais galardões individuais desde 1961/62 e pelas sucessivas épocas adiante). Acrescendo referir que mesmo assim Nóbrega foi selecionado porque Simões do Benfica, o habitual extremo-esquerdo da Seleção, estava lesionado, ao tempo. Como foi mesmo referido no jornal O Porto, em peça publicada na edição seguinte de 25 de novembro, que para aqui se transporta como elucidação, à posteridade. 


Pois Nóbrega nesse jogo, na sua estreia e diante do público das Antas, foi só... o melhor em campo. Como no final foi reconhecido entre o público, ao ser vitoriado e levado em ombros por adeptos reconhecedores de sua exibição.

Depois disso, e mesmo assim apesar disso, foram escassas as oportunidades de Nóbrega jogar pela Seleção A, raramente sendo selecionado. Incluindo o caso de ter estado no lote dos escolhidos para a fase final do Mundial de 1966, mas acabou por ser excluído do grupo dos 22 da campanha dos Magriços. Porque nesses tempos do sistema BSB, das presidências federativas alternadas entre Benfica, Sporting e Belenenses, os dois clubes principais de Lisboa dividiam entre eles a maioria dos escolhidos para as Seleções, incluindo uns poucos ainda do Belenenses, ficando os futebolistas do FC Porto ou como suplentes ou excluídos e esquecidos, simplesmente e tão só com uma vez por outra de chamadas episódicas. Tendo nesse plantel dos Magriços sido ainda e apenas também escolhidos um do Vitória de Setúbal, o Jaime Graça, porque já estava apalavrado para ir para o Benfica, e outro do Leixões, o Manuel Duarte, que já assinara pelo Sporting… Havendo então com essa chamada de Manuel Duarte ficado o Nóbrega de fora, excluído quando até já lhe tinha sido feito o fato oficial. O mesmo tendo acontecido com Atraca, convirá frisar ainda e sempre, também.

= Nóbrega no lote dos "Magriços Pré-Selecionados", antes da definitiva seleção, em que depois saíu ele e Atraca, do FC Porto... Pose de conjunto em estágio antecedente à ida da "embaixada portuguesa" para Inglaterra.

Isso, tal como já depois em Inglaterra, durante o Campeonato do Mundo de 1966, aconteceu com Américo e Pinto, que não jogaram. Apenas Festa teve essa honra, dos 3 Magriços do Porto, quase como compensação, ao género de terminação duma lotaria. Tendo-se notado que a titularidade do guarda-redes José Pereira se deveu por ser então do Belenenses, clube do regime presidencialista BSB e como tal teve 2 representantes entre os 22 Magriços. Curiosamente a seguir ao Mundial-66, quer José Pereira como Manuel Duarte tiveram ocasos de carreira, tendo o guarda-redes belenense deixado de ir à Seleção e de seguida passado a jogar na 2.ª Divisão, enquanto Manuel Duarte não passou de suplente no Sporting.

Algo que ficou no silêncio dos deuses por ser tempo de censura oficial, na era do Estado Novo de Salazar. A ponto de mesmo Nóbrega ter sido comedido, quão se entende, em apreciação feita à posteriori (no segundo livro que lhe foi dedicado na coleção “Ídolos do Desporto)…   

Por estas e outras se entende como Nóbrega, o autor do golo da vitória da final da Taça de Portugal de 1968 e extremo esquerdo icónico do FC Porto, tivesse tido tão poucas chamadas às Seleções de Portugal, como se pode ver por seu currículo.

Nóbrega foi então o 37.º Internacional do FC Porto na Seleção A Nacional, tendo alinhado pela primeira vez na Seleção principal de Portugal quando haviam jogado na Seleção 36 seus antecessores do FC Porto, dos atuais 122 que entretanto somam na galeria dos Internacionais Portistas de Seleção A Portuguesa.

Armando Pinto

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terça-feira, 22 de novembro de 2022

66.º Aniversário Natalício de Fernando Gomes: - Parabéns Bi-Bota d' Ouro !

A 22 de novembro de 1956 nasceu Fernando Gomes, no Porto. Chegado à luz do dia ao início da tarde dessa data, tendo berço na freguesia de Campanhã, a mesma que albergava o estádio das Antas onde tempos mais tarde se tornou futebolista célebre o mesno Fernando Mendes Soares Gomes. 

Fernando Gomes, o “Bibota” do F.C. Porto, celebra assim neste dia 66 anos de vida, sensivelmente em mais de quatro décadas e meia de ligação ao futebol.


Ora, o “Gomes do Porto”, como foi mais conhecido, além de fazer  anos hoje, tem estado nas atenções por motivos de saúde, estando seus amigos e admiradores desejosos pela sua recuperação. Como se anseia, desejando-lhe uma boa recuperação, a par com os votos de parabéns que naturalmente lhe enviamos. 


Avançado carismático, como foi, que fez 355 golos em 451 jogos pelo seu e nosso clube, enquanto jogou pelo FC Porto. Em cujo percurso venceu seis Bolas de Prata, como melhor marcador do campeonato português, e duas Botas de Ouro, de melhor goleador da Europa.

O autor do blogue Memória Portista, por esta via, endereça-lhe os naturais parabéns. Ao mesmo tempo que desejamos rápidas melhoras de seu estado de saúde. 

Como agradecimento pela marca que tem no nosso clube, recordamos desta feita, em acréscimo a outras anteriores referências, aqui, mais alguns respigos de publicações de tempos áureos.


Armando Pinto
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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Aniversário de João Pinto: - Parabéns "Capitão" da Final de Viena da Taça dos Campeões Europeus de 1987!

João Pinto completa hoje 61 anos. Estando assim de parabéns o nosso Capitão da Final de Viena, da Taça dos Campeões Europeus de 1987!

 

A 21 de novembro de 1961 nasceu João Pinto, futebolista internacional e campeão do FC Porto, o nº 2 da era moderna do futebol do FC Porto. Herdeiro da posição e número de camisola de ícones clubistas como foram Virgílio Mendes e Alberto Festa, tendo substituído no lugar o também referencial azul e branco Gabriel. Ficando João Pinto como autêntico símbolo da raça portista, considerado um dos melhores laterais direitos de todos os tempos. 


João Pinto, chegado ao FC Porto ainda em idade de formação, ascendeu ao plantel sénior portista na época seguinte ao verão quente das Antas, após a saída de Pinto da Costa e Pedroto do futebol das Antas, na fase final da presidência do Dr. Américo Sá. Tendo-se estreado na equipa sénior em 1981/82 e depressa foi ganhando estatuto de elemento de grande utilidade. Assim se mantendo depois com o regresso de Pedroto ao clube, na sequência da eleição de Pinto da Costa para Presidente, em 1982. Decorrendo desde aí uma bela carreira em que se tornou um ídolo da massa adepta e se transformou em verdadeiro ícone portista com a Final da Taça dos Campeões disputada na cidade austríaca de Viena, onde o FC Porto pela primeira vez ganhou uma taça europeia  a Taça dos Campeões Europeus. Sendo ele a erguer a taça, que não mais largou de suas mãos no final do célebre jogo de 27 de maio de 1987. 

Se há dias felizes e momentos especiais, por vezes, daqueles em que acontece alguma coisa desejada mas até nem muito esperada, um desses foi então isso a 27 de Maio de 1987 (ainda os meses se escreviam em português oficial com letra inicial maiúscula). Quando o FC Porto alcançou o título de Campeão Europeu de futebol e o mundo portista sentiu uma alegria indescritível, num daqueles momentos em que se vê e comprova que o futebol não é só um jogo nem apenas um desporto, é muito mais que isso. Sobretudo, como no caso pessoal, em que estava em jogo o FC Porto, algo especial que faz que se ande no mundo sem ser só por ver os outros andarem.

Pois então aconteceu isso, coisa que há muito desejamos e por vezes sonhávamos, mas com uma ponta de realismo nos parecia quase impossível. Nomeadamente por então ser já um tempo em que no futebol dominavam os interesses dos poderosos europeus. Bastando recordar o que acontecera três anos antes, na final da Taça das Taças, ainda existente nesse tempo, em que a Juventus de Itália, patrocinada por uma firma automóvel de grande fortuna, foi beneficiada em prejuízo do FC Porto que, apesar de ter dado lição de bola, foi autenticamente espoliado desse trofeu. Estando-se assim já muito longe de tempos em que qualquer equipa poderia ganhar quaisquer taças internacionais, visto antigamente não haver tantos jogos de bastidores premeditados no universo europeu e mesmo as comunicações eram reduzidas, a pontos das equipas irem jogar praticamente sem conhecerem quase nada dos adversários. Nessas eras antigas em que até a transmissão televisiva era tão rara que a chegada de imagens dos jogos das finais, via Eurovisão, eram uma espécie de imagens depois chegadas na primeira descida aos saltinhos do homem à lua…e a preto e branco.

Pois em 1987 foi já a cores!

Então se como poetou Fernando Pessoa, o homem sonha e a obra nasce, tal qual tudo vale a pena se a alma não é pequena, esse anseio que andava nas nuvens idílicas dos sonhos, tornou-se realidade. E logo com uma valsa de Viena por fundo!

Foi pois tudo isso em 1987, no Mês de Maria, das flores e dos amores. Coisa que leva mais tempo a descrever que o que sentimos num baque, sem saber já por quanto tempo até chegarmos à realidade, num final de tarde de sonho, depois entrado pela noite dentro.

Estava ali diante de nós, nas imagens da televisão, a legenda “FC Porto Campeão Europeu”. Era mesmo isso, assim. Vimos então tudo de coração arregalado para coisa que acontecia mesmo. O João Pinto beija a taça… como o Custódio Pinto beijara a Taça de Portugal em 1968. E mais tarde vimos Ademir, Gomes, Oliveira e C.ª alcançarem o Título Nacional em 1978. Depois de anos em que até o Campeonato Nacional demorara a chegar, mas chegara. E ali, nesses momentos, a Taça dos Campeões Europeus também era nossa. Valeu a pena desejar e saber esperar. E ainda bem que chegou!

Ora, de tanta coisa muito temos em coisas físicas a descrever e recordar tamanho feito. Bem como sempre temos diante dos olhos um quadro, feito pelas próprias mãos, a não deixar esquecer por um segundo tal coisa mais linda que nos aconteceu desportiva e portistamente.


Assim há 35 anos alcançámos a imortalidade entre a realeza do velho continente. A 27 de maio de 1987 pintámos o Danúbio de azul com um triunfo de proporções bíblicas diante do gigantesco Bayern de Munique. No relvado do Prater a final da Taça dos Campeões Europeus começou por sorrir desde cedo ao colosso alemão, que foi para o descanso em vantagem, por 1-0. Numa segunda parte absolutamente sublime, o calcanhar de Madjer repôs a igualdade (1-1) e a vitória portista (2-1) surgiu como um relâmpago graças à pontaria de Juary. A valsa extraordinária dos Dragões de Artur Jorge valeu a conquista do primeiro de sete troféus internacionais nas vitrines do grande baluarte desportivo da Invicta. João Pinto recusou-se a largá-lo, mas ninguém o pode condenar, assim até ficou mais para lembrar, gracejar e contar em modo interessante.

E tal como o João Pinto sentiu e se comportou, sem querer largar, esse foi um brinquedo que chegou e sentimos ser nosso!


Pois se o mês é assim, também o dia 27 do mesmo tem sido cheio de motivos oportunos de evocação interessante. Como, por exemplo, foi o caso de a 27 de Maio de 1928 Valdemar Mota se ter tornado o primeiro atleta olímpico do FC Porto, ao alinhar e marcar contra o Chile no primeiro jogo da seleção portuguesa de futebol nos Jogos Olímpicos de Amesterdão; bem como na mesma data mas de 1956 o FC Porto ao bater o Torreense por 2-0, com dois golos de Hernâni, venceu a primeira Taça de Portugal das até agora 18 da nossa história. Temas já aflorados, por vezes, e mesmo evocados aqui anteriormente neste espaço de memória portista. E depois, como cereja no topo do bolo, houve em 1987 a vitória na final de Viena de Áustria.


Pois então, a 27 de Maio de 1987 o FC Porto venceu o poderoso clube bávaro Bayern de Munique em Viena, conquistando o nosso primeiro título internacional de futebol ao mais alto nível: a Taça dos Clubes Campeões Europeus. E tal como esse dia, a isso tudo se associa logo o nome, a cara, o comportamento e tudo que é o "João Pinto do Porto", o "Capitão de Viena".


Desse jogo, para ilustrar o acontecimento, deitamos olhos a  publicações que, passados estes anos, recordam tal feito.


Tudo o que se possa dizer ou descrever sobre tudo aquilo leva mais tempo e espaço a narrar que a lembrar. Bastando referir que então, embora em casa, e já definitivamente de pé quase encostado ao televisor a ver bem tudo, foi especial ver o João Pinto a receber e beijar aquela taça, algo que quando víamos antes com outros parecia irrealizável para nós… E então, ali, ao ver os nossos a agarrar essa taça (quando o João Pinto deixava...), foi como se lá estivéssemos também a deitar-lhe as mãos. E tudo o mais, que nem vale a pena tentar discorrer por escrito, pois está de viva memória cá dentro.


Futebol Clube do Porto: Campeão Europeu! Eis a legenda que finalmente apareceu nas imagens televisivas e deu tão grande prazer ver e sentir. Tal como no dia seguinte aparecia nos jornais que comprei e com estima guardei. Como ainda em dias imediatos veio nalgumas revistas, igualmente  merecedoras de ficarem guardadas. Pois o nosso FC Porto alcançou o título de melhor da Europa!


Ora, o João Pinto é o aniversariante de 21 de novembro. Em cuja data de 21 de novembro... de 1961 nasceu esse que foi eterno n.º 2 da era da Taça dos Campeões Europeus ganha em Viena e restantes grandes conquistas dos anos 80’s.

João Pinto, chegado ao FC Porto ainda em idade de formação, ascendeu ao plantel sénior portista na fase seguinte ao verão quente das Antas, após a saída de Pinto da Costa e Pedroto do futebol das Antas. Tendo-se estreado na equipa sénior em 1981/82, e depressa foi ganhando estatuto de elemento de grande utilidade. Assim se mantendo depois com o regresso de Pedroto ao clube, na sequência da eleição de Pinto da Costa para Presidente. Decorrendo desde aí uma bela carreira em que se tornou um ídolo da massa adepta e se transformou em ícone portista com a Final da Taça dos Campeões disputada na cidade austríaca de Viena, onde o FC Porto pela primeira vez ganhou uma taça europeia, A Taça dos Campeões Europeus, sendo ele a erguer a taça, que não mais largou de suas mãos no final do célebre jogo de 27 de maio de 1987. Acabando a carreira - ainda capitão - no final de 1996/97, com quase seis centenas de jogos cumpridos, sendo o jogador mais utilizado de sempre entre os dragões. O seu palmarés, com 24 títulos nacionais e internacionais, inclui a maioria dos troféus oficiais mais desejados pelo mundo portista.

A este mesmo, nesta data, aqui o autor deste blogue, que muito o admirou com a camisola azul e branca do FC Porto e admira como figura carismática do sentimento portista, lhe presta homenagem nesta oportunidade, com pessoais parabéns como aniversariante.


Assim sendo, formulamos aqui votos de continuidade de tão boa companhia portista, neste dia 21 de novembro de 2021 em que o João Domingos da Silva Pinto, nascido em Vilar de Andorinho-Gaia, faz 61 anos. Sendo que ele está sempre presente nos momentos bons do FC Porto, merece ser assim envolvido num abraço de parabéns por tudo o que significa no portismo que nos enche a alma.


Armando Pinto

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