Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Primeira Taça Europeia oficial do FC Porto: A Taça das Taças do Hóquei em Patins


No último dia do mês de Julho do ano da primeira gerência presidencial de Pinto da Costa, em 1982, o FC Porto foi a Lisboa e ao pavilhão da nave de Alvalade defrontar o Sporting, em jogo a contar para a 2.ª mão da final da Taça das Taças da Europa, mas jogando então “descansado” perante o resultado obtido na 1ª mão, no Porto. Onde, no pavilhão as Antas, o FC Porto havia infligido uma goleada por 13-4. Então, sem deixar o adversário pôr patim em ramo verde, descontraidamente aconteceu um jogo de parada e resposta, sem deixar o resultado desnivelar-se, acabando numa derrota pela margem mínima, por 8-7, naturalmente vantajosa para as cores azuis e brancas, pois o total de 20-12 favorável aos hoquistas do FC Porto não deixou margem para qualquer dúvida. Tendo os Dragões conquistado o primeiro título da história do hóquei em patins portista e primeiro europeu do palmarés do ecletismo do grande FC Porto.

Entrava então finalmente o hóquei patinado portista no caminho dos êxitos mais salientes, depois das transformações operadas por Sampaio Motta na chefia da secção, sobremaneira com autêntica refrescadela que trouxe para o plantel gente jovem que se revelaria importante, numa obra depois continuada com Ilídio Pinto logo após a chegada a presidente de Nuno Pinto da Costa.

Era então a equipa do hóquei em patins orientada pelo treinador João de Brito, antigo guarda-redes internacional, sendo o plantel constituído pelo eterno guarda-redes José Castro, acompanhado por Domingos Guimarães, Vale, Fanã e David Reis, vindos de anteriores temporadas, mais os jovens António Alves, Vítor Bruno e Vítor Hugo, que haviam entrado no clube provindos do Valongo e Académica de Espinho, respetivamente.


De tão apreciável e sobretudo histórica conquista do FC Porto ficou esse feito registado no jornal O Porto, em sua edição de publicação seguinte – de cujas páginas para aqui se transpõe a imagem de primeira página e pequena reportagem correspondente.

Armando Pinto
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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Na calha da Taça de Portugal… a revista Chuto e seu redator Telmo Esteves !



– Este título pode deixar alguma curiosidade, mas é propositadamente nesse fito, porque o tema merece atenção, mesmo.

Como neste blogue já foi feita menção, há algum tempo, existiu a meio da década dos anos setentas uma revista algo interessante de âmbito desportivo, sediada nos arredores do Porto e com diversos colaboradores do Norte do País, a revista Chuto. Mas como é hábito neste país centralista e de touradas, o que não é da área cosmopolita da capital do antigo império dificilmente costuma ter a vida facilitada. Não admirando que essa revista haja depressa desaparecido (tal como tantos casos, mais, alguns mesmo apesar de grande duração de resistência, como foi o caso do jornal bissemanário O Norte Desportivo, por exemplo).


Ora, entre os números publicados pela revista Chuto ficou na memória o que teve uma apreciável reportagem sobre a final da Taça de Portugal de 1977. Graças a boa colaboração do amigo Carvalho Brochado, ao tempo também elemento responsável do jornal O Porto. Tal como era do universo do jornal O Porto outro bom camarada de “vício portista”, o amigo Telmo Esteves, que até era um dos mais entusiastas colaboradores da revista Chuto.

Pois, graças ao Telmo Esteves recebi essa revista, algo que muito apreciei, podendo assim ter na minha coleção de literatura de afeição portista algo raro, que pouca gente terá já nos dias que correm.

Telmo Esteves, de Joane-Famalicão, é um portista de cepa e da velha guarda que, como apaixonado pelo mundo grandioso que é o FC Porto, procurou dentro de suas possibilidades servir o FC Porto, tendo feito parte do grupo de colaboradores do jornal O Porto, ainda pelos anos setentas. Como me lembra um seu bom artigo dedicado ao Oliveira, craque do futebol, nesse tempo, por exemplo. Sendo na altura uma honra pertencer a tal escol de dedicados autores de textos a versar o FC Porto, em que também o autor destas linhas teve a dita de ter pertencido.


Pois o Telmo Esteves havia já tido contactos com gente do FC Porto, através de suas andanças estudantis e depois na vida militar. Foi colega de turma do então basquetebolista Fernando Gomes, tendo mesmo jogado na equipa dele, como caloiro, do ICP, no Pavilhão do Lima. Assim como foi colega de turma do Teixeira, que foi adjunto do António Oliveira; e colega de turma, também, do António Cunha do Andebol. Depois no serviço militar foi colega do hoquista Cristiano («...Ele fez-me o grande favor de me comprar tecido para calças de saída de uniforme no armazém militar na Rua da Boavista (?). Estivemos na carreira de tiro em Espinho com companhias do 1° GCAM. Saúde para ele.»). Tendo depois, na sua vida de docente, como professor de Filosofia, andado por diversos lados, sem tanta disponibilidade para outras funções. Mas, entretanto, na revista Chuto foi então correspondente para jogos em Famalicão e com o Riopele; mais outros eventos desportivos, sobretudo no Minho, assim como em temas de desportos motorizados.

Pois, passado tanto tempo, vem à memória tudo isto a propósito dessa reportagem da revista Chuto. Tendo mais tarde o Telmo Esteves até ainda colaborado com o FC Porto como dador de material ao museu do FC Porto (noutra ação mais em que houve afinidade aqui com o signatário disto).

Assim sendo, na aproximação de mais uma final da chamada festa do futebol nacional, recorda-se aqui a reportagem assinalável da final da Taça de Portugal que a revista Chuto imprimiu, sobre tal acontecimento de 1977. Conforme ficou em seu nº 7, de 1-6-1977, relativo à Taça de Portugal da época de 1976/1977.




Armando Pinto
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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Recordando Alfredo Murça: Simpático futebolista do tempo da reviravolta da história do futebol portista…


A 29 de julho de 1974, poucos meses depois da mudança social operada com o 25 de Abril e começados os primeiros sinais de mudanças na vida nacional, Alfredo Murça realizava nas Antas testes médicos e foi confirmado como reforço do FC Porto. Tendo depois assinado contrato no dia 1 de agosto, para ficar.


O lateral-esquerdo, oriundo do Belenenses, ficaria no plantel principal do futebol do FC Porto durante seis temporadas, ao longo das quais disputou 204 jogos e pelo FC Porto conquistou 2 Campeonatos Nacionais, mais 1 Taça de Portugal, além de ficar na história com um dos icónicos elementos do FC Porto dos novos tempos.


Na pertinência, ocorre relembrar quão Murça representa mesmo na Memória Portista.


Entre pedaços de memórias tendentes a recordar parcelas da História do F. C. Porto, chega assim, desta feita mais uma oportunidade de lembrar um nome que participou na arrancada do futebol Portista, quando o Dragão que estava adormecido começou a despertar, já a partir de meados dos anos setentas. Enquanto no meio de tantas peças então integrantes da máquina que fez mover o F. C. Porto, há quem responda pela obra feita, como de imediato ressaltam os nomes de maior impacto na liderança futebolística das Antas: Dr. Américo Sá na presidência, Pinto da Costa na chefia do departamento de futebol e o grande timoneiro Pedroto, como cabeça da transformação da mentalidade diante da luta contra o poder do regime BSB. Mas já antes também homens como Jorge Vieira, Nuno Campos, Alfredo Borges, etc.. E naturalmente os jogadores. Dos quais alguns são incontornáveis, como Cubillas, Rolando, Oliveira, Gomes, Rodolfo, Duda, Seninho, Ademir, Freitas, Fonseca, etc, etc e… Murça - um valor que parecia esconder-se, mas aparecia, quase sem se dar por ele, porém eficazmente, sempre onde era preciso. 


Nessa linha, tal qual o F. C. Porto foi e é um clube em evolução, sempre houve elementos dedicados e empenhados na causa que abraçaram, dos que foram acompanhando essa transformação operada. Quanto aconteceu com este Alfredo Murça, presente quando o Dragão passou a lançar fogo a valer: primeiro como atleta e depois como componente da equipa técnica, durante algum tempo ainda, antes de desaparecer.

(Nesta ficha, supra, inserta num dos números das Selecções Desportivas, aparece um engano quanto à época de chegada de Murça ao FC Porto, mas entende-se bem ter havido gralha de impressão, pois de seguida aparece a estreia com data correta.)

Pois, como homenagem a esse senhor do futebol Português e Portista, que serviu bem o desporto que lhe despertou o ser, deixamos aqui duas peças exponentes de perfis alusivos. Uma primeira, acima, albergando uma identificação biográfica contida na revista Selecções Desportivas (de Junho de 1979) e por fim um resumo historiador, passados anos, sobre o mesmo Murça, numa ficha integrante do livro F. C. Porto / A Década de Ouro (publicado em 1990, de Manuel Dias). 

Qual tributo póstumo, por ele entretanto haver-se escondido do número dos vivos, porém sem conseguir, por o sabermos importante na engrenagem que moveu o colosso, agora em constante movimento, o nosso Grande F. C. Porto.

Armando Pinto 

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terça-feira, 28 de julho de 2020

Visita apreciável de Portistas acompanhantes deste Blogue "Memória Portista"


Ainda com o ego bem satisfeito pelo recente título de campeão do FC Porto, tive esta segunda-feira, dia 27, a satisfação de receber a visita de dois bons portistas, um seguidor há muito tempo deste blogue e outro que passou a ser, dois amigos que vieram conhecer pessoalmente o local de laboração do cantinho de Memória Portista. Resultando numa agradável tarde de conversação, enquanto eles viam, remiravam, fotografavam e filmaram o que mais lhes chamou a atenção do pequeno escritório doméstico onde daqui surge o que se procura fazer em prol do sentimento que é o FC Porto.


Tudo porque o amigo Artur Romero, seguidor entusiasta deste blogue e pessoa de cultura ciclista, como de tudo o que diga respeito ao FC Porto, há muito reservara o meu livro “Ciclistas de Felgueiras”, que historia a carreira assinalável do célebre “Papa etapas” Artur Coelho do FC Porto, entre outros. Sendo acompanhado por um seu camarada de bons tempos de armas, por sinal de terra próxima daqui, o amigo Inácio Castro. E com a entrega do livro, com muito gosto devidamente autografado, mais toda a conversa derivada, houve oportunidade de tais momentos. De cujo encontro ficam a perdurar lembranças através das “selfies” captadas.


Quando o denominador comum é caso superior como o FC Porto, não há melhor motivo para conhecimentos e convivências. O FC Porto é mesmo mais que um clube, é um mundo. 

Obrigado pela visita, amigos. Foi um bocado de tempo mesmo bem passado.

Armando Pinto
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Parabéns Zé Fernandes !


- SALVÉ 28 DE JULHO !

O histórico José Fernandes do hóquei em patins faz anos hoje. Passando assim nesta data mais um aniversário deste amigo, que pelo que sei (e vi ainda há algum tempo) continua em boa forma. Claro que como sempre andou de patins, não admira…

Ora como o Fernandes não segue muito (ou quase nada) o Facebook, e eu raramente vou ao WhatsApp, penso que este será um melhor meio de lhe enviar meus parabéns. Que seguem então por aqui. Desta feita, pois que setenta anos não se fazem todos os dias (não faz mal falar em números, entre homens, não é) e eu, embora nascido uns anos depois, já estou na calha também. Mas enquanto por cá andarmos, e pudermos enviar mensagens destas, a vida irá boa!

Como o tempo passa… (Olhando para a foto autografada do hoquista, como tenho num dos quadros emoldurados de gente do FC Porto)!

Abraço de parabéns e que continues por muitos anos assim rijo. Feliz aniversário, amigo.

Armando Pinto

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Recordando: Festa de homenagem do célebre "Rei do Sprint" Onofre Tavares, do FC Porto


27 de Julho de 1957, sábado festivo de emoções, em plena cidade do Porto:
Festa de Homenagem a Onofre Tavares, o grande sprinter do F C Porto e de Portugal, no estádio do Lima, primeiro estádio com pista de ciclismo, em redor do também primeiro campo relvado para futebol, na cidade do Porto.  

(Sendo essa homenagem realizada nesse então recinto do Académico, porque o estádio das Antas, inaugurado em 1952, ainda não tinha a pista de ciclismo ativa, mais tarde inaugurada na etapa inicial da Volta a Portugal de 1962.) 


Na ocasião foi publicado um livro biográfico sobre o mesmo, ”Onofre Tavares – Rei do Sprint”, da autoria de Tomás Cardoso e publicado pela Gráfica Ibérica, do Porto, em sinal de sua importância (livro entretanto esgotado e que teve reedição em 2016, em 2ª edição da editora “bubok” – Bubok Publishing S.L., graças ao empenho dum grande entusiasta e conhecedor do ciclismo nacional, Eduardo Lopes, de Lisboa).

Estava então prestes a encerrar assim a carreira desse ciclista, ao cabo de 20 anos de competição velocipédica. Em sua honra, marcaram presença os espanhóis Saura e Esmaltzes, mais o campeão português Ribeiro da Silva, recém-chegado da sua brilhante participação na Volta à França.

= Onofre Tavares felicitado por Ribeiro da Silva, na sua Festa de Homenagem, na presença de alguns ciclistas dos que se associaram a esse reconhecimento público, entre os quais os colegas de equipa portista Emídio Pinto e Sousa Santos.

Dias depois de terminada a Volta a França, e quase a começar a Volta a Portugal desse ano, era então prestada justa homenagem ao histórico ciclista Onofre Tavares, em festa também de despedida antecipada (pois que ainda correu a Volta a Portugal, de seguida). Um dos maiores vultos do pelotão nacional, nesse tempo.

Sendo a festa organizada pelo FC Porto, naturalmente teve diverssos números relacionados com o clube, havendo na ocasião sido mostrados ao público pelos elementos do ciclismo portista os troféus  oficiais que Artur Coelho conquistara dias antes no Brasil, na clássica prova "9 de Julho", em São Paulo: a escultórica Taça Vitória / Taça da Gazeta Esportiva para o vencedor e a "Taça Tico-Tico" para o primeiro estrangeiro da mesma Volta a São Paulo.


Do principal prato do programa teve lugar o cerimonial de homenagem, em cujo decurso houve intervenções de homenagem a Onofre Tavares, pelo jornalista Justino Lopes, pelo Presidente do FC Porto, Dr. Paulo Pombo e pelo representante da Federação Portuguesa de Ciclismo, Abílio Pacheco.


Quanto à homenagem propriamente, é contado um relato algo pormenorizado  no jornal O Porto, em seu número de 31 de Julho seguinte, com algumas fotos de ilustração, também.


Conforme se lê no texto da reportagem, na mesma edição do ao tempo jornal oficial do FC Porto foi transcrito o discurso de elogio ao homenageado:


Do programa festivo fizeram parte diversos números, englobando corridas de pista:


Corrida de eliminação – vencedor Carlos Carvalho (FC Porto).
Critério de velocidade (20 voltas) - vencedor Sousa Cardoso (FC Porto).
Corrida de Perseguição (à italiana) - vencedor Esmaltzes (Espanha).

Por fim, decorreu a última prova com Onofre Tavares. Corrida «Uma hora à americana». Saindo vencedora a equipa formada pela dupla Onofre Tavares-Luciano de Sá, ambos do FC Porto.

(Onofre Tavares depois correu ainda a Volta a Portugal, na sua 8ª presença na Grandíssima Portuguesa, que já não chegou a concluir, mas antes e enquanto esteve em prova venceu duas etapas.)


Sobre o campeoníssimo “spinter” Onofre Tavares, mais tarde treinador e sempre figura do ciclismo português, já foi neste blogue desenvolvida sua carreira desportiva, em texto de cariz biográfico, como homenagem à aura que permanece no mundo do desporto das bicicletas de corrida.


Armando Pinto
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= Relembre-se sua biografia (clicando) aqui.

AP

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Blogue Memória Portista “ linkado ” referencialmente na newsletter Dragões Diário, à data oficial do Centenário de Amália


Ora, como todas as manhãs, ao abrir hoje a navegação pela Internet e ao entrar nas mensagens do gmail, porque recebo diariamente a comunicação da newsletter “Dragões Diário", houve por aqui a grata surpresa de ver que o blogue pessoal Memória Portista foi referenciado num dos itens da missiva diária oficial do FC Porto:

« Do mundo

Amália Rodrigues completaria hoje 100 anos. Esta quinta-feira, várias iniciativas assinalam a efeméride, desde uma missa a um concerto na sua antiga casa de férias no Sudoeste Alentejano. A fadista, que faleceu em 1999, colaborou com o FC Porto aquando da campanha de angariação de fundos para a construção do Estádio das Antas, nos inícios da década de cinquenta. Como relata o blogue Memória Portista, Amália cantou no Coliseu do Porto em junho de 1951 - num cartaz que também contou com Maria Amélia Canossa - e assumiu-se como “uma doente pelo FC Porto”. Num gesto de gratidão, o emblema da Invicta enviou atletas como Virgílio, Barrigana e Pedroto para agradecerem à fadista pelo auxílio na recolha de donativos.»

in

AP

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Recordando: A despedida pública do eterno João Pinto nº 2 do FC Porto


A 22 de julho de 1997, iniciados os trabalhos de início de época na “oficina” das Antas, acontecia a apresentação pública em pleno estádio das Antas do que era o cenário próximo, em cerimónia que meteu despedida especial. Então as Antas e todo a família portista despediram-se do grande João Pinto, o “Capitão de Viena”.


«Num dos poucos dias em que o eterno capitão não foi capaz de conter as lágrimas», habituados que todos estamos a sua carismática cara risonha e patente boa disposição.  Tendo aí «o lendário número dois de Jorge Nuno Pinto da Costa» se abraçado ao seu presidente de sempre e chorou-lhe ao ombro. Depois de dignificar o brasão abençoado em 587 ocasiões, o maior representante do FC Porto nos relvados pendurava as botas que um dia rasgou para poder jogar com o dedo do pé partido». Desde então, a partir que em 1997 disse adeus à carreira como futebolista, «o Homem que ergueu a Taça de Portugal por entre pedras e garrafas no Estádio de Oeiras tem-se mantido ligado ao clube que ama e o seu coração continua a ter uma só cor: azul e branco.»

 E será sempre lembrado pela Final de Viena!



~~~ *** ~~~
Quando noutras épocas se estava agora em maré de pré-época para a temporada seguinte (conforme os tempos) enquanto na atualidade do verão de 2020 o mês de julho é de final ainda da época que já devia estar terminada, mas está em conclusão devido à anterior paragem provocada pela pandemia do Covid-19, calha bem recordar outros bons tempos, vindo sempre ao horizonte clubista a formatação do carácter dos representantes do clube, que são quem pode e devem ser a alma de todos os que sentem o mítico Dragão.

Vem assim à memória o caso do "nosso" João Pinto, um dos expoentes do tal sentido de jogador à Porto, como ficou na retina da memória sobre a imagem do emblemático Capitão da final de Viena. Na pertinência da efeméride de nesta data, a 22 de julho de 1997, João Pinto ter posto fim à sua atividade de futebolista, encerrando então essa que foi uma das mais brilhantes carreiras do futebol português. 16 anos e 587 jogos depois da estreia como sénior do FC Porto (em 1/12/1981), o Capitão de Viena despedia-se com este palmarés: 1 Taça dos Campeões Europeus; 1 Taça Intercontinental; 1 Supertaça Europeia; 9 Campeonatos Nacionais; 4 Taças de Portugal; e 8 Supertaças Nacionais. Faz parte do "Hall of Fame" no Museu FC Porto e, claro, foi escolha da maioria dos adeptos que votaram para o "Melhor Onze" portista de sempre



João Pinto, que em Viena foi o capitão de equipa devido a Gomes se ter lesionado e não ter podido jogar, ficou para sempre na história, além de ter sido em suas mãos que foi entregue a Taça dos Campeões Europeus, por depois de ter recebido essa tão desejada taça não mais a ter largado durante os festejos no relvado  qual brinquedo que todos guardamos para nós, também. E mais tarde foi inclusive capitão da equipa, intervalando com Gomes e outros, até ter ficado mesmo como capitão principal após a saída de Fernando Gomes.


Pois ao rever isso, algo que jamais sai dos sentidos, recordo os apontamentos que naquele tempo anotei pessoalmente, a registar para mim tal grande alegria, essa grandiosa conquista do FC Porto. Coisa que terá de ser de conhecimento dos vindouros, para contar aos netos, que também vivemos isso. Não no local, por não nos ter sido possível, mas como se lá estivéssemos. Quão estive de corpo e alma. Perdurando pelos tempos adiante terna recordação, mais tarde até vincada com a colocação de autógrafos de alguns dos campeões europeus no livrinho alusivo a essa final triunfante.


Ora João Pinto despediu-se como futebolista na apresentação da equipa para a época que se seguiu, ao tempo. De cujo cerimonial protocolar ficou a imagem que se recorda, também encimando este espaço, entre parcelas memoriais de arquivo museológico portista. Como ficou devidamente perpetuado na revista Dragões, de cujo número de Agosto de 1997 se respiga uma página mais, como ilustração.


~~~ *** ~~~

Em rescaldo de tudo o que quanto ao mesmo iónico João Pinto do Porto está na História, complementa.se o quadro com algo mais. Assim atente-se no que anotou sobre João Pinto a revista do JN sob título "Porto, Porto Bicampeão", em Maio de 1996:



Armando Pinto
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terça-feira, 21 de julho de 2020

Alma de Dragão - És a Minha Cor (Canção do Campeão 2019/2020) !



Mesmo sem público festeja-se, sabendo que há muito público a vibrar em família, nos cafés, em casa e mesmo para nós. Ora se já festejamos às escuras na Luz apagada e com rega aberta, a tentarem impedir festejos do Campeão, agora mesmo com o confinamento e medidas das restrições derivadas da pandemia... o Campeão voltou e como Campeões festejamos sempre. Bastando vermos as nossas camisolas assim vestidas por atletas vitoriosos, com os nossos a levantar a taça de Campeão Nacional. E sobretudo sabendo a azia que isso faz a muita gente...!

Armando Pinto

(Após a vitória no penúltimo jogo do Campeonato, da consagração no estádio do Dragão. Canção e vídeo estreado na noite de 20 para 21 de julho de 2020)
AP

((( CLICAR sobre a seta central, para acesso a som e imagem)

(Imagem da reportagem do Porto Canal )


= Simbolicamente a forma do plantel agradecer a todos os adeptos ocupando a bancada do dragão.

Obrigado a todos!

Somos todos campeões! =

(Foto e legenda: da página de Fernando Saúl, "voz do estádio do Dragão")

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Emídio Pinto: Ciclista do FC Porto evidenciado em julho de 1957 (vencedor do I G.P. Vilar e do Circuito de Fafe).


No calor de julho de 1957, tempo tradicional de corridas de ciclismo, o histórico ciclista Emídio Pinto esteve em evidência, saindo então vencedor de duas provas de impacto no calendário português da modalidade das bicicletas de corrida. Tendo triunfado no I Grande Prémio Vilar e no Circuito de Fafe.

Ora, já neste espaço de memória foi relembrada a vitória de Emídio Pinto no Grande Prémio Vilar de 1958. Desta feita evoca-se anterior triunfo em 1957, também.  Deitando olhos e mãos (mais digitalização) ao que foi e está publicado no jornal O Porto, em sua edição de 17 de julho de 1957.


Nesse mesmo número do referido jornal, órgão informativo do FC Porto que felizmente foi registando tantas ocorrências a que os jornais de Lisboa fizeram vista grossa (e como tal enganam pesquisas através desses meios), também consta a chegada de Artur Coelho no seu regresso vitorioso do Brasil, após a vitória na clássica 9 de Julho-Volta a São Paulo” de 1957. Sendo que nessas temporadas como a equipa portista era muito valorosa, com vários corredores de nível elevado, era normal andarem diversos ciclistas azuis e brancos espalhados por diferentes provas e diversificados pontos do mapa.

Curiosamente em livros, quer de desporto em geral como sobretudo de ciclismo, mais publicações diversas e nas estatísticas de alguns órgãos informativos e até inclusivamente no “site” da Federação Portuguesa de Ciclismo, aparecem referências ao Grande Prémio Vilar como iniciado em 1958, quando teve uma anterior edição em 1957. Com a diferença que o I Grande Prémio Vilar foi corrido num  só dia, contudo com 2 etapas (uma de estrada e outra de pista) e os seguintes já em vários  dias e mais etapas, mas com o mesmo nome e organização sob a mesma égide. 


Pois então, nesse mês de julho de 1957 Emídio Pinto abriu o livro da história dessa prova que teve edições nos anos finais da década de 50 e mesmo entrando ainda na seguinte, pelo menos até 1960. E no dia seguinte, no fim-de-semana de meio desse mês de julho de 1957, venceu também o Circuito de Fafe. Como está escarrapachado no jornal O Porto e aqui se relembra, para constar.


Nota: Recorde-se o que neste blogue já foi registado sobre a outra vitória de Emídio Pinto, em 1958 (clicando aqui).

Armando Pinto
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