Em terreno de transição minhota, com um ar montanhoso do
lado quase transmontano, a paisagem matizada da viva natureza acicatou toda a
envolvência da mítica escalada ao alto da Senhora da Graça, onde a equipa W52/FC
Porto foi a mais forte e superou tudo e todos. Num ambiente azul e branco,
vendo-se muitíssima gente com camisolas, bandeiras, cachecóis e outros adereços
afetos ao FC Porto, enquanto os ciclistas da formação portista corresponderam a
tanto incentivo e deram autêntico festival a pedalar por ali acima.
Culminando este domingo festivo de espetáculo humano e
desportivo, foi um dia em cheio, a juntar o útil ao agradável de apreciar um
farnel familiar, em contacto com a aragem natural, para depois saborear a
vitória na etapa dum ciclista do FC Porto junto à manutenção da camisola
amarela e ainda a passagem da equipa
para a frente também da classificação
coletiva.
Como escreveu o meu amigo Vítor Queirós, jornalista de
tarimba com muitas Voltas no seu currículo e historiador, foi uma «tremenda
exibição individual e coletiva da W52/FC Porto», com «Gustavo 'condor' Veloso
a voar nos céus graciosos de Mondim, Rui Vinhas poderoso na defesa da sua
camisola amarela e quatro dragões nos 10 primeiros». Em suma, uma «Sinfonia
Azul na Senhora da Graça»!
Com uma forte ponta final, o espanhol de 36 anos que
representa o FC Porto desferiu o ataque que lhe deu a vitória na 4ª etapa da
Volta a Portugal.
Gustavo Veloso venceu então tal etapa mítica, como é
conhecida, terminada no alto mondinense do Monte Farinha, onde existe o
conhecido santuário da Senhora da Graça. Enfarinhado como está em vencer o ciclista
oriundo da região familiar nortenha da Galiza, Gustavo deu um grande gosto aos
portistas que engalanaram a estrada ao longo do percurso dessa região de Basto.
Ao passo que toda a equipa soube fazer aquela sinuosa subida, como quem fia em
roca e tece um rico bragal, estando-se em terras minhotas do linho tradicional.
Esta Volta ainda tem mais uma semana pela frente, mas para
já o FC Porto domina e combina bem até nos primeiros lugares, tendo à frente os
dois primeiros classificados. Num bom caso, que quaisquer adeptos de outras
equipas não se importavam de ter.
Como se costuma dizer em futebol, no ciclismo não há árbitros, nem colinho… embora haja um grupo de comissários que por vezes alteram classificações (como aconteceu estranhamente com a etapa terminada em Fafe, que prejudicou Veloso passados dois dias). Assim como se estranha que esta edição da Volta não tenha um final de etapa na cidade do Porto, este ano que o Porto tem equipa com a popularidade do FC Porto na Volta, sabendo-se como seria apoteótica essa chegada – conforme se viu no Grande Prémio JN.
Como se costuma dizer em futebol, no ciclismo não há árbitros, nem colinho… embora haja um grupo de comissários que por vezes alteram classificações (como aconteceu estranhamente com a etapa terminada em Fafe, que prejudicou Veloso passados dois dias). Assim como se estranha que esta edição da Volta não tenha um final de etapa na cidade do Porto, este ano que o Porto tem equipa com a popularidade do FC Porto na Volta, sabendo-se como seria apoteótica essa chegada – conforme se viu no Grande Prémio JN.
Para registo atual e contextualização memorial, após a chegada
à Senhora da Graça, onde estivemos em grande – tendo Gustavo César Veloso
terminado em 1º, Raúl Alarcón em 4º, o Camisola Amarela Rui Vinhas em 5º,
mantendo o primeiro lugar da Geral, e António Carvalho em 9º – as posições da 78ª Volta a Portugal estão assim
escalonadas, quanto à equipa W52 - FC
Porto - Porto Canal:
- Classificação Geral Individual
1º Rui Vinhas
2º Gustavo César Veloso a +2. 48
6º Raúl Alarcón +3. 43
10º António Carvalho +3. 57
17º Ricardo Mestre +5: 07
48º Samuel Caldeira +25. 04
88º Joaquim Silva +57. 17
93º Rafael Reis - Ciclismo +1h 03. 22
- Geral por Equipas
1º W52 - FC Porto - Porto Canal
- Geral de Pontos
1º Gustavo César
Veloso
- Combinado
1º Gustavo César Veloso
3º Rui Vinhas
ARMANDO PINTO
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