Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 31 de julho de 2016

Festival azul e branco na icónica etapa voltista da Senhora da Graça: Veloso vence categoricamente tão especial escalada e Vinhas mantém a amarela!


Em terreno de transição minhota, com um ar montanhoso do lado quase transmontano, a paisagem matizada da viva natureza acicatou toda a envolvência da mítica escalada ao alto da Senhora da Graça, onde a equipa W52/FC Porto foi a mais forte e superou tudo e todos. Num ambiente azul e branco, vendo-se muitíssima gente com camisolas, bandeiras, cachecóis e outros adereços afetos ao FC Porto, enquanto os ciclistas da formação portista corresponderam a tanto incentivo e deram autêntico festival a pedalar por ali acima.


Culminando este domingo festivo de espetáculo humano e desportivo, foi um dia em cheio, a juntar o útil ao agradável de apreciar um farnel familiar, em contacto com a aragem natural, para depois saborear a vitória na etapa dum ciclista do FC Porto junto à manutenção da camisola amarela  e ainda a passagem da equipa para a frente também  da classificação coletiva.


Como escreveu o meu amigo Vítor Queirós, jornalista de tarimba com muitas Voltas no seu currículo e historiador, foi uma «tremenda exibição individual e coletiva da W52/FC Porto», com «Gustavo 'condor' Veloso a voar nos céus graciosos de Mondim, Rui Vinhas poderoso na defesa da sua camisola amarela e quatro dragões nos 10 primeiros». Em suma, uma «Sinfonia Azul na Senhora da Graça»!


Com uma forte ponta final, o espanhol de 36 anos que representa o FC Porto desferiu o ataque que lhe deu a vitória na 4ª etapa da Volta a Portugal. 

Gustavo Veloso venceu então tal etapa mítica, como é conhecida, terminada no alto mondinense do Monte Farinha, onde existe o conhecido santuário da Senhora da Graça. Enfarinhado como está em vencer o ciclista oriundo da região familiar nortenha da Galiza, Gustavo deu um grande gosto aos portistas que engalanaram a estrada ao longo do percurso dessa região de Basto. Ao passo que toda a equipa soube fazer aquela sinuosa subida, como quem fia em roca e tece um rico bragal, estando-se em terras minhotas do linho tradicional.

Esta Volta ainda tem mais uma semana pela frente, mas para já o FC Porto domina e combina bem até nos primeiros lugares, tendo à frente os dois primeiros classificados. Num bom caso, que quaisquer adeptos de outras equipas não se importavam de ter.


Como se costuma dizer em futebol, no ciclismo não há árbitros, nem colinho… embora haja um grupo de comissários que por vezes alteram classificações (como aconteceu estranhamente com a etapa terminada em Fafe, que prejudicou Veloso passados dois dias). Assim como se estranha que esta edição da Volta não tenha um final de etapa na cidade do Porto, este ano que o Porto tem equipa com a popularidade do FC Porto na Volta, sabendo-se como seria apoteótica essa chegada – conforme se viu no Grande Prémio JN.


Para registo atual e contextualização memorial, após a chegada à Senhora da Graça, onde estivemos em grande – tendo Gustavo César Veloso terminado em 1º, Raúl Alarcón em 4º, o Camisola Amarela Rui Vinhas em 5º, mantendo o primeiro lugar da Geral,  e António Carvalho em 9º  – as posições da 78ª Volta a Portugal estão assim escalonadas, quanto à equipa  W52 - FC Porto - Porto Canal:

- Classificação Geral Individual
1º Rui Vinhas
2º Gustavo César Veloso  a +2. 48
6º Raúl Alarcón +3. 43
10º António Carvalho +3. 57
17º Ricardo Mestre +5: 07
48º Samuel Caldeira +25. 04
88º Joaquim Silva +57. 17
93º Rafael Reis - Ciclismo +1h 03. 22

- Geral por Equipas
1º W52 - FC Porto - Porto Canal

- Geral de Pontos
1º Gustavo César Veloso

- Combinado
1º Gustavo César Veloso
3º Rui Vinhas

ARMANDO PINTO

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sábado, 30 de julho de 2016

Camisola Amarela no corpo do FC Porto!


A Volta a Portugal em bicicleta está com todo o seu esplendor na estrada, como corrida mais importante que se desenrola neste país em que vivemos e se sente à maneira narrada em poesia e prosa por Camões, Pessoa, Camilo e Torga. Sendo uma prova de como a vida com atrativos tem outro valor, tal como a Volta que o ciclismo dá pelo retângulo português tem mais encanto de azul e branco, estando o FC Porto presente e sobretudo na frente.


Com efeito a Volta a Portugal anda já a grande velocidade e, nestes primeiros dias, o FC Porto tem andado na frente. Em ambiente de vibrante atração, levando entusiasmo ao longo das etapas.

Rafael Reis foi o primeiro camisola amarela; e, depois de dois dias em que a liderança esteve noutro concorrente, voltou a camisola amarela ao FC Porto, passando novamente ao corpo do clube, desta vez através do dorso de Rui Vinhas, o terceiro camisola amarela da Volta, antes da temida etapa da mítica subida ao Monte Farinha, ao pico da Senhora da Graça.

Ora, para já Rafael Reis, da equipa W52/FC Porto, venceu o prólogo da Volta a Portugal em bicicleta e tornou-se no primeiro líder da 78.ª edição da prova. Agora Rui Vinhas, também do FC Porto, é o atual primeiro, ao quarto dia, após a 3ª etapa, terminada em Macedo de Cavaleiros.

= Rafael Reis de amarelo, com o presidente Pinto da Costa a marcar também presença da Direção do FC Porto =

Assim, Rui Vinhas é o novo líder da Volta a Portugal em bicicleta, depois de terminar a terceira etapa, com meta em Macedo de Cavaleiros, incluído num grupo perseguidor a William Clarke, o vencedor da etapa, e que chegou com mais de 3 minutos de vantagem sobre o restante pelotão, onde estava o então camisola amarela, Daniel Mestre. O ciclista da W52 / FC Porto começou a etapa a 39 segundos de Daniel Mestre, da Efapel, conseguindo anular essa vantagem e conquistou a camisola amarela.

= Rui Vinhas =

Importa então agora que a liderança da corrida está no FC Porto. Restando ainda muitos dias, mas também muitas esperanças. Estando a camisola amarela com o dístico do FC Porto à frente.

= Carlos Carvalho =

Em vista disto e enquanto isso, com gosto da atualidade, relembramos em imagens os dois camisolas amarelas do FC Porto entretanto já verificados, ao mesmo tempo que recordamos outros dois de outros tempos – dando lugar, neste espaço de memória, a rememorar dois antigos camisolas amarelas vencedores da Volta, como foram Carlos Carvalho e Sousa Cardoso, triunfadores em 1959 e 1960, respetivamente.

= Sousa Cardoso =

Rui Vinhas passou a comandar a 78.ª edição da Volta a Portugal com 3.19 m (3 minutos e 19 segundos) de vantagem sobre Daniel Mestre, segundo classificado; e com 3.21 em relação a José Gonçalves (Caja Rural), terceiro. Estando o chefe de fila do FC Porto e principal candidato nos planos iniciais, Gustavo Veloso, ainda em boa posição – em 9º a 3 m e 35 s.

A próxima tirada pode clarificar melhor a tabela classificativa, já neste domingo em que decorre a quarta etapa, com 191,9 quilómetros, indo ligar Bragança ao alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, num final coincidente com contagem de montanha de primeira categoria.


A Volta ainda vai dar muitas voltas, no seu percurso e ao longo de seu decurso, e cá estaremos atentos. Quem dera que com mais motivos que levem a recordar mais vencedores históricos, dos que fazem o F C Porto ser o maior triunfador da história da grandíssima Volta a Portugal, prova rainha do ciclismo nacional.

Armando Pinto

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

F C Porto de volta à Volta a Portugal!


O F C Porto está de novo na Volta a Portugal em bicicleta, este ano em que o ciclismo ressurgiu dentro da grande coletividade portuguesa que veste de azul e branco. Voltando assim o clube Dragão à competição desportiva que leva em velocidade rolante o nome e as cores do clube ao longo do país. Realidade que se tornou possível na associação da firma W52 com o FC Porto, graças a entendimento entre a direção liderada por Nuno Pinto da Costa e o patrocinador principal da referida empresa, o empresário do ramo de vestuário e felgueirense Adriano Sousa (Quintanilha). Mais natural parceria apoiante de Nuno Ribeiro, como diretor técnico e responsável da orientação, além da inclusão dum diretor representante do clube e toda a equipa de adjuntos e colaboradores. Com o entusiasta apoio dos admiradores da mesma modalidade dentro do FC Porto e normal incentivo da massa simpatizante do FC Porto. Ao que o autor destas linhas se associa e aplaude.


Durante anos, pelo autor deste blogue, foi aqui puxado o apego ao ciclismo portista. Bem como, de modo especial, desde que foi conhecida a boa nova do regresso, tem sido dado relevo merecido à nova presença do FC Porto nas corridas de ciclismo. Logo, agora que o FC Porto volta à Volta, sendo a Volta a Portugal  em bicicleta a grandíssima corrida portuguesa, cá estamos a marcar a presença, assinalando o facto.

Está pois o FC Porto na estrada, através dos ciclistas das camisolas listadas de azul e branco, começada que é a Volta a partir desta quarta-feira, 27 de Julho. Após a apresentação oficial decorrida de véspera, como é da praxe.


De imediato, foi agradável tomarmos conhecimento do lema da equipa portista de ciclismo, para esta Volta de 2016: - «Feita a apresentação das equipas para a 78ª Volta a Portugal, a partir de quarta-feira estamos preparados para dar o nosso melhor e para tentar trazer a camisola mais desejada»!

Nem mais. Embora tendo de contar com os imponderáveis dum acontecimento destes, sabendo-se que numa corrida de etapas, durante muitos dias, pode haver qualquer anomalia, um percalço, uma distração ou um azar, para tudo se alterar. Mas sabendo-se disso, pode também o valor vir ao de cima e serem superadas as dificuldades e contrariedades.

Assim sendo: - Força rapazes, ânimo e confiança ciclistas do FC Porto! Estamos com vocês e obviamente com os responsáveis da equipa. O Ciclismo do FC Porto pode este ano voltar a dar-nos mais alegrias. Como noutros tempos. O FC Porto honrai que a mística do FC Porto vos contempla!

= Mário Silva - um dos grandes ídolos dos adeptos portistas na década dos anos sessentas =

Em homenagem a todo o passado glorioso do FC Porto e como corolário do historial vitorioso entretanto conseguido pelos anteriores representantes do FC Porto na Volta a Portugal, recordamos os vencedores da Volta pelo FC Porto, em número de 12 vitórias individuais (através de 11 corredores, visto um ter bisado), assim como as conquistas por equipas, que foram 13 na classificação coletiva – por meio de respigo dum trabalho (com as devidas anotações pessoais, entenda-se) entretanto publicado na revista Dragões, no respetivo número de Agosto de 2014.


É pois tempo de dar ao pedal para apanhar a história da dianteira do ciclismo no FC Porto.

Vamos à vitória W52-FCPorto!!!

Armando Pinto

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domingo, 24 de julho de 2016

Álbum sobre ciclismo – a propósito de caderneta colecionável


Antecedendo o sinal de partida da Volta a Portugal em bicicleta, um jornal diário de implantação nacional saiu para a rua com o lançamento duma caderneta colecionável sobre ciclistas que se salientaram ao longo dos tempos nas edições da Volta a Portugal já realizadas. Numa iniciativa de fidelizar leitores durante o período mais próximo ao decorrer da corrida maior portuguesa. Sendo interessante a ideia, mas não tanto a concretização, mal se viu a caderneta, entretanto já entregue (para colagem de imagens, ao género de cromos autocolantes, de distribuição diária com o jornal). Atendendo a diversas incorreções que ressaltam e vários esquecimentos incompreensíveis.

Não se entende como não foram lembrados diversos nomes dos mais conhecidos e sempre recordados, entre os considerados heróis da estrada, no sentido de notáveis ciclistas que ficaram sobremaneira na memória da Volta. Especialmente vendo que figuram intercalados alguns que não foram vencedores da mesma prova, enquanto ficaram esquecidos autênticos expoentes, tais como uns Eduardo Lopes, Aniceto Bruno, Dias dos Santos, Onofre Tavares, Moreira de Sá, Artur Coelho, Mário Silva, Sousa Santos, pai e filho (vencedor da Volta), Alberto Carvalho, Joaquim Leão, Joaquim Andrade… Para só referir alguns dos ases de outros tempos, uns mais antigos e outros menos, dos que ainda são referidos como uns senhores no ciclismo, ídolos de gerações e com palmarés que falam por si, mesmo mais salientes que um ou outro dos que foram colocados… Inclusive com currículo desportivo de nomeada, como (ao lado) relembramos o de Mário Silva, que até venceu o trofeu Roda de Ouro em seu tempo.

Podia e devia tal realização, da seleção e explanação contida na caderneta em apreço, ter sido melhor cuidada, e não feita de modo aligeirado, houvesse isso sido com mais atenção. Bastando ver como até em dados estatísticos houve distração, tal o caso de ter havido desconhecimento que, por exemplo, Marco Chagas entre as Voltas que venceu só uma foi pelo FC Porto e não como aparece na lista da mesma caderneta; assim como Carlos Carvalho venceu o Prémio da Montanha por quatro vezes, e não três.

Ora, a passo de corrida tal, é praticada autêntica injustiça perante nomes daqueles, que mais parece terem sido mandados para o carro vassoura da história, no caso da caderneta em questão, vendo que assim ficou um álbum incompleto. Referindo-se o facto para em possíveis edições futuras poder haver documentação mais completa, porque edições destas têm interesse. E como são publicações para guardar, sendo assim induzirão em erro no decurso do tempo, se não registarem tudo como deve ser.


Procurando dar ao pedal contra esse esquecimento, lembramos alguns nomes, incluindo gravuras de três desses em sobreposição à imagem da capa. E acrescentando fotos de dois dos ciclistas que mais admiramos, Mário Silva e Joaquim Leão, com as coroas de louros de vencedores das suas Voltas, como grandes vencedores das edições de 1961 e 1964, respetivamente.

ARMANDO PINTO

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sábado, 23 de julho de 2016

Volta a Portugal já pedala em açúcar…


Este ano a Volta a Portugal em bicicleta, a prova velocipédica principal da temporada que mais chama a atenção em Portugal, como cabeça de cartaz do ciclismo português, tem outro encanto de azul e branco. Perante a presença das camisolas azuis e brancas do FC Porto. Voltando antigo entusiasmo com tudo o que respeite ao ciclismo português, como se pode dar exemplo de este ano até haver coleções de diversos adereços e recordações alusivas. Sabendo-se que, por exemplo, haverá uma iniciativa dum jornal diário tendente à edição de lâminas autocolantes para juntar em caderneta correspondente, algo de que há curiosidade em ver se será ou não valorizável, ou seja se terá rigor histórico. E mais. Como se sabe que já apareceu a público, entretanto, uma coleção de sacos de açúcar referente às indicações de cada etapa, somando 12 exemplares, conforme o número de jornadas mais uma de painel promocional – conforme juntamos e se pode ver em imagem conjunta.

A Volta a Portugal em bicicleta, que com o FC Porto é outra coisa, desejando-se que isso corresponda aos anseios portistas, mesmo a contar com a competitividade de haver um Sporting e diversas equipas estrangeiras capazes de abrilhantarem a corrida, está a ir para a estrada. Passando a rolar por estes dias calorentos de julho. Enquanto, antes ainda, já pedala de modo agradável, adocicado, diante do açúcar que enche os pequenos sacos de açúcar, como esta Volta está ilustrada no exterior das saquetas populares de adoçar o café.

Armando Pinto

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Evocação mística à despedida de João Pinto


Estando-se em maré de pré-época para a temporada de 2016/2017 e com visão nos anseios de que a equipa do FC Porto volte ao nível a que a grandeza do clube faz jus e a massa apoiante merece, vem sempre ao horizonte clubista a formatação do carácter dos representantes do clube, que são quem pode e devem ser a alma de todos os que sentem o mítico Dragão.

Vem então também à memória um dos expoentes do tal sentido de jogador à Porto, como ficou na retina da memória sobre a imagem de João Pinto, o emblemático Capitão da final de Viena. Na pertinência da efeméride de nesta data, a 22 de julho, há 19 anos, João Pinto ter posto fim à sua atividade de futebolista, encerrando então essa que foi uma das mais brilhantes carreiras do futebol português. 16 anos e 587 jogos depois da estreia como sénior do FC Porto (em 1/12/1981), o Capitão de Viena despedia-se com este palmarés: 1 Taça dos Campeões Europeus; 1 Taça Intercontinental; 1 Supertaça Europeia; 9 Campeonatos Nacionais; 4 Taças de Portugal; e 8 Supertaças Nacionais. Faz parte do "Hall of Fame" no Museu FC Porto e, claro, foi escolha da maioria dos adeptos que votaram para o "Melhor Onze" portista de sempre.

João Pinto, que em Viena foi o capitão de equipa devido a Gomes se ter lesionado e não ter podido jogar, ficou para sempre na história, além de ter sido em suas mãos que foi entregue a Taça dos Campeões Europeus, por depois de ter recebido essa tão desejada taça não mais a ter largado durante os festejos no relvado  qual brinquedo que todos guardamos para nós, também. E mais tarde foi inclusive capitão da equipa, intervalando com Gomes e outros, até ter ficado mesmo como capitão principal após a saída de Fernando Gomes.

Ora João Pinto despediu-se como futebolista na apresentação da equipa para a época que se seguiu, ao tempo. Faz agora 19 anos. De cujo cerimonial protocolar ficou a imagem que se recorda, também encimando este espaço, entre parcelas memoriais de arquivo museológico portista. Como ficou devidamente perpetuado na revista Dragões, de cujo número de Agosto de 1997 se respiga uma página mais, como ilustração.


Armando Pinto

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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Lopetegui: Ex-treinador do FC Porto é o novo selecionador de Espanha


Com este título caiem manchetes na comunicação social, nomeadamente através de órgãos de informação que combateram forte e feio Julen Lopetegui quando era treinador responsável da equipa principal de futebol do FC Porto. Numa mostra aos portistas que foram nessa onda de contestação consertada, de que era mesmo uma campanha com fins de lesa estado de espírito e anímico clubista, resultante por ter engrossado como era ideia dos promotores, a mando dos clubes do sistema. 

Que isso sirva de lição para futuro, ao menos.

Não se quer com isto dizer que Lopetegui não teve culpas no cartório, como o caso de Quaresma foi paradigmático, quase de bradar aos céus, por exemplo. Mesmo sabendo que Ricardo Quaresma é capaz de ir do oito ao oitenta, como soe dizer-se, tanto fazendo centros e golos de trivelas a levantar emoções, como de fazer enervar em pecado um santo, agarrando-se demasiado à bola e não a soltando quando devia, por vezes. Mas sobretudo por Lopetegui não ter sabido comandar a equipa e especialmente por nunca ter conseguido entender o futebol português, sabendo como tudo está centralizado no sistema comandado pelo Benfica, com o amém camuflado do também beneficiado Sporting, e assim o FC Porto tem de ser muitíssimo superior aos outros, não bastando ser idêntico, mas sim muito melhor, para conseguir vencer. Tal como errou em não saber dar o braço a torcer, repetindo erros a eito sem remediar males, quão não soube gerir suscetibilidades de balneário, algo que Nuno parece ter visto à distância, para já.

Seja como for, esta nova realidade deve enfim resolver, ao menos, o problema até agora pendente do desacordo entretanto existente na rescisão do contrato entre o FC Porto e Lopetegui. E deixa aberto o livro de certos desenvolvimentos que se passam no futebol, bem como tornam evidentes algumas manobras de bastidores, como são sistematicamente as lutas e campanhas contra os interesses do FC Porto. Conforme ficou na ideia de um apoiante portista, no caso, sem outros interesses que apenas o bem do clube, como entendimento de quem está fora do meio propriamente, mas dentro do mundo portista, atento a tudo o que diga respeito ao FC Porto.

Ora, segundo anunciou hoje a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) o ex-treinador do FC Porto Julen Lopetegui é o novo selecionador espanhol de futebol:


A RFEF designou como novo selecionador nacional espanhol Julen Lopetegui. O técnico, apresentado publicamente como tal na Cidade do Futebol de Las Rozas, atualmente com 49 anos, sucede no cargo a Vicente del Bosque, o anterior responsável que levou a seleção espanhola à conquista do título mundial em 2010 e europeu em 2012, mas também a uma precoce eliminação do recente Europeu de 2016 em França.

O basco, como chamava a Lopetegui a comunicação portuguesa afeta aos clubes de Lisboa, e que tinha sido treinador de seleções jovens de Espanha, conquistando um título europeu de sub-21 e dois de sub-19, deixou o FC Porto no início deste ano de 2016, quando foi substituído por José Peseiro, depois de uma época e meia em que não conquistou qualquer título. Sendo o FC Porto atualmente orientado por Nuno Espírito Santo, o treinador em que depositam confiança os Portistas para a época de 2016/2017.

Desejamos a Julen Lopetegui as maiores felicidades no comando da seleção espanhola, que sempre associamos a grandes valores como Casillas e outros vultos da formação campeã europeia e mundial de futebol. E que nos proporcione, aos apreciadores do futebol puro, a constatação que foi um bom treinador que passou pelo FC Porto, apesar de tudo o que ficou na história. 

Armando Pinto

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Jorge Costa: Um dos históricos Jogadores à Porto !


MÍSTICA PORTISTA é uma palavra que enche um mundo de afetos azuis e brancos e tem muita força, com seu quê de impacto e significado, transportando simbologia muito importante, com algo de místico e transcendente. Havendo no imaginário clubista certas figuras que representam tal carisma. Como é o caso de Jorge Nuno Pinto da Costa nos mais recentes trinta e tal anos, não só a partir da sua presidência iniciada em 1982, mas também desde que chefiou o departamento de futebol profissional, a meio dos anos setentas, do século XX. Como noutros tempos mais recuados representou a memória de Artur Pinga, um dos melhores futebolistas portugueses de sempre, que nos dias que correm não é muito lembrado mais por não ter jogado por nenhum dos clubes de Lisboa, mas sim pelo FC Porto. 
Tal como Afonso Pinto de Magalhães foi um homem que levantou o estatuto do FC Porto, dando-lhe estruturas de um grande clube. Assim como Américo, no tempo das presidências federativas do sistema BSB, com seu valor muito superior, conseguiu ser grande entre os postes da baliza e no panorama futebolista desse tempo obscuro, a pontos de ter conseguido vencer uma Baliza de Prata, trofeu para o guarda-redes que menos golos sofreu em época dessas. E Pedroto conseguiu levantar a voz contra os roubos de igreja, vencendo por fim a fatalidade que perdurara por muitos anos. Entre diversos bons exemplos, que anos volvidos teve caso especial no desempenho de Jorge Costa, o defesa que honrou a carismática camisola nº 2 da equipa principal de futebol do FC Porto.


Jorge Costa, que veio na linha sucessória de históricos números 2, como Virgílio Mendes, Festa e alguns mais, e de seguida deu origem à sequência posterior de Gabriel, João Pinto e Máxi Pereira, também entre outros, deu uma imagem que perdura e ficará pelos tempos fora. Enquanto alguém que foi especial, mesmo muito diferente de alguns que andam pelos campos de futebol a vestir camisola idêntica. Nestes tempos em que faltam referências e o clube não pode ter um Josué qualquer dos que não sentem a camisola e menos ainda o portismo que tem de correr dentro da mesma camisola que vigorar de azul e branco, contando com as mudanças anuais que se têm revezado no século XXI. 

Pois lembramos o caso em ocasião que transcende personalizações, porque os homens passam e o clube fica. Mas também sempre houve e haverá homens que quando fazem por isso podem ficar, e ficam na memória dos tempos. Como Jorge Costa.

Ora Jorge Costa entrou de vez no plantel principal do FC Porto faz agora anos. Havendo sido isso a 20 de julho de 1992, quando o FC Porto iniciou a preparação para a nova época de então. Nesse tempo de verão, sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva, a maior novidade era o regresso do jovem central Jorge Costa, ainda com apenas 20 anos, depois de dois anos emprestado ao Penafiel e ao Marítimo. 

Jorge Costa viria a ser um dos grandes defesas do FC Porto, mas a verdade é que ainda teve de esperar quatro épocas para se transformar num titular indiscutível, estatuto que manteve quase até ao final da carreira, com exceção da época em que se incompatibilizou com o então treinador Octávio Machado. Tendo Jorge Costa ficado para sempre no coração dos Portistas, ao invés do outro…

Jorge Costa, historicamente carismático do FC Porto, foi um capitão emblemático, como haviam sido uns Valdemar Mota, Pinga, Araújo, Virgílio, Américo, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Oliveira, Rodolfo, Gomes, João Pinto e Cª . Entre Jogadores do Porto e à Porto, para sempre.

ARMANDO PINTO

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domingo, 17 de julho de 2016

Fernando Moreira: O primeiro Ciclista do F C Porto vencedor da Volta a Portugal e ídolo portista do desporto dos pedais!



Estamos a chegar ao tempo da Volta a Portugal em bicicleta, no desporto ciclista que este ano detém grandes atenções entre a massa adepta portista. Voltando às estradas todo o colorido e entusiasmo que transportam nos pedais os ciclistas que trazem as camisolas azuis e brancas, até diante dos olhos da assistência que acorre às bermas das estradas.

Fazendo ténue travagem no tempo, perante o que significa a existência do ciclismo no seio do FC Porto, recuamos memorialmente aos tempos em que as corridas de bicicletas começaram a dar grandes alegrias aos simpatizantes portistas espalhados pelo país e além fronteiras, quando os ases dos pedais com a camisola portista iam também ao estrangeiro estreitar mais os laços lusitanos. Como se pode recordar, desta vez, recuando décadas até 17 de julho de 1950, dia em que Fernando Moreira se sagrou vencedor do Critério Internacional Rio-Petrópolis-Rio, no Brasil, prova na qual participaram 140 ciclistas de todo o mundo. 


Fernando Jorge Moreira era por esses tempos autêntico ídolo de multidões e o nome mais admirado entre os apoiantes da equipa do FC Porto. Em 1948 Moreira tornara-se o primeiro ciclista do FC Porto a vencer uma edição da Volta a Portugal e abrira caminho a uma série de três vitórias consecutivas de atletas portistas na prova, continuada por um “bis” de Dias dos Santos e quase de seguida um triunfo de Fernando Moreira de Sá. Estava-se então num período de ouro do nosso clube no ciclismo, com longo domínio no pelotão português: entre 1948 e 1964, nove vitórias em 15 edições da prova rainha. Vindo mais tarde outras vitórias, espaçadas. Algo que se espera agora reeditar, com novo fôlego de conquistas. Mesmo porque o F C Porto, apesar de ter estado cerca de trinta anos fora do ciclismo, ainda é o clube detentor de mais vitórias individuais e coletivas na Volta a Portugal em bicicleta.

Armando Pinto
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Obs.: Sobre Fernando Moreira, recordemos a propósito (clicando sobre o link) em :

AP