Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Recordando... Efeméride da estreia oficial de Soares dos Reis I na baliza do FC Porto em 1933!

A 12 de novembro de 1933 Soares dos Reis I estreava-se pelo FC Porto. Então jovem guarda-redes natural de Penafiel e que entretanto estivera em Lisboa no Belenenses, vindo para o Porto reforçar a equipa azul e branca da Constituição. Tendo pela primeira vez ficado diante da baliza do FC Porto em tempo do verãozinho de São Martinho, precisamente no dia seguinte ao início da anual festividade do São Martinho tão tradicional em Penafiel. 


Refere-se Manuel Soares dos Reis como Soares dos Reis I (primeiro) porque depois lhe sucedeu na baliza do FC Porto seu irmão, que então era e ficou conhecido por Soares dos Reis II, bem como mais tarde houve outro familiar, seu sobrinho e afilhado, que jogou nos Juniores do FC Porto e ainda defendeu a baliza do FC Porto na equipa de Reservas (FC Porto B), antes de ter tido assinalável carreira por diversos outros clubes.

= Soares dos Reis I em ação!

Asssim, a 12 de Novembro de 1933 colocava-se definitivamente à frente da baliza do FC Porto em jogos oficiais Manuel Soares dos Reis. Como nesta data é também recordado na newsletter oficial "Dragões Diário", em texto assinado por Alberto Barbosa:


«Soares dos Reis, o primeiro guarda-redes internacional do FC Porto, estreou-se há 91 anos no Campo do Bessa, num empate a um golo com o Leça em jogo a contar para o Campeonato Regional do Porto. Foi campeão nacional por três vezes, primeiro com Josef Szabo e mais tarde com Mihaly Siska, e ganhou um Campeonato de Portugal sob a orientação de François Gutkas. Foi ainda o guarda-redes da vitória do FC Porto na primeira edição da Taça Ibérica, quando, a 7 de junho de 1935, no Campo do Ameal, o campeão português derrotou o Bétis, vencedor da liga espanhola, por 4-2, com um golo de Pocas e um “hat-trick” de Pinga.»


Do acontecimento há registos no álbum particular do próprio Soares dos Reis, elaborado ao longo de sua carreira por ele mesmo – conforme se dá à estampa por imagem retirada dos arquivos em posse da família (mais propriamente de seu sobrinho afilhado e nosso estimado amigo sr. Neca Soares dos Reis, o antigo guarda-redes Soares dos Reis III).


Ora esta passagem de história interessante, relacionada com a vida do FC Porto e no percurso desse célebre vulto do FC Porto, quão foi Soares dos Reis I, vem dar oportunidade a mais uma vez se lembrar esse grande Nome do FC Porto.

 

Manuel Soares dos Reis, o grande guarda-redes dos anos trinta e quarenta e mais tarde dirigente saliente na década de cinquenta, pelo menos, está honrosamente no Mausoléu Portista em Agramonte, repousando o sono eterno entre Glórias do FC Porto.


Na pertinência da data correspondente, relembramos esse grande vulto da história do FC Porto, curvando-nos diante de sua memória.


Recorde-se que Soares dos Reis, o primeiro da sequência de três membros de tal ramo familiar que defenderam as balizas do FC Porto, está também homenageado neste espaço de memória portista no artigo sobre a dinastia dos Soares dos Reis, (clicando) em


Armando Pinto

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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Recordando (na respetiva efeméride)… O Campeonato Mundial de Estrada ganho por Aurora Cunha em 1984 – o 1.º grande feito e 1.ª medalha mundial do Atletismo do FC Porto

 

Em 1984, precisamente no dia de São Martinho, a 11 de novembro, Aurora Cunha conquistou o título mundial de estrada, o primeiro grande título do atletismo do FC Porto. Tendo essa modalidade atlética, das corridas a pé, assim tido no FC Porto um feito de nível internacional, a juntar às poucas proezas que até aí também haviam sido alcançadas em provas de grande monta.

Então, nesse domingo também de verãozinho de São Martinho, decorreu o Mundial de Estrada de atletismo feminino em Madrid, em cuja prova disputada na capital espanhola os dois primeiros lugares foram alcançados por duas atletas portuguesas, com Aurora Cunha a chegar primeiro à meta, seguida por Rosa Mota. Havendo ali, sob sol outonal de Espanha, Aurora Cunha conseguido esse importante resultado mundial, que ficou para a história conforme se pode rever pelo registo verificado no livro “HISTÓRIA DE 50 ANOS DO DESPORTO PORTUGUÊS”, publicado pelo jornal a Bola no seu cinquentenário.

Aurora Cunha, que começara a correr no Ronfe, clube de sua terra natal, veio para o FC Porto ainda no tempo da presidência do Dr. Américo Sá e quando no atletismo portista estava Artur Peixoto, também. Havendo ainda corrido em equipa com Rosa Mota e Ana Paula Mota, que depois saíram do Clube. Até que, decorridos tempos e após vitórias em diversas provas em Portugal, foi em Espanha, com a camisola de Portugal, que Aurora Cunha alcançou o primeiro grande triunfo internacional. E, conforme é narrado no "Dragões Diário" desta data, da lavra de Manuel Pérez, a Aurora «subiu ao degrau mais alto do pódio e conquistou o título mundial de estrada em Madrid. A fundista natural de Ronfe fez quase toda a carreira de azul e branco, bateu 37 recordes nacionais dos 800 aos 10.000 metros e viria a sagrar-se Tricampeã do Mundo. Correu nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Seul e Barcelona, venceu as maratonas de Paris, Tóquio, Chicago e Roterdão, bem como a São Silvestre de São Paulo, e representou o FC Porto entre 1978 e 1994, conquistando 22 títulos nacionais – seis nos 1.500 metros, oito nos 3.000, quatro nos 5.000 e outros tantos no corta-mato.»

Sintomático do alcance desse título é que até ficou também assinalado num porta-chaves constante da coleção do autor aqui deste blogue.

Conquistava então o Atletismo do FC Porto um grande triunfo internacional, a enriquecer o historial da modalidade corrida com camisolas azuis e brancas. Desde os tempos dos primeiros campeões nacionais, Alfredo Carvalho em 1926, Acácio Mesquita em 1928 e 1929, Barros Gomes em 1934, Arnaldo Borges em 1936, Albino Silva em 1938, passando pelo Nacional de pista conquistado em 1952 com António Tender, Fernando Romero, António Martins, João Teixeira, Ângelo Ferreira, Carlos Vieira, Fernando Perdigão; seguindo-se mais tarde vitórias de uns Manuel de Sousa, Carlos Carneiro, Isolina Pinhel, António Ascensão, etc.; até tempos de evolução corridos por uns quantos mais que ficaram também a fazer parte da História do Atletismo do FC Porto. Cuja memória se pode recordar através do artigo (escrito pelo autor destas linhas, também) publicado na revista “Mundo Azul” de fevereiro de 2010, pouco antes de ter sido extinta a secção na era presidencial de Pinto da Costa.





Armando Pinto

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Portista sempre!

O FC Porto passa por momento difícil, depois da má Direção anterior ter tido gestão danosa, a pontos de Pinto da Costa e seus diretores terem deixado o Clube cheio de dívidas e sem possibilidades de reforçar devidamente a equipa principal de futebol, sobretudo. Além de certos comportamentos que levaram, por exemplo, à decisão de Pepe não ter querido continuar, pois só continuaria com o candidato que apoiava, e saiu copiosamente derrotado, tal como Sérgio Conceição, que até já acabou por saber que afinal nem era tão apreciado pelo anterior presidente… e terá influenciado alguns dos maus negócios... nas palavras do próprio Pinto da Costa, nesses e outros casos. Numa amálgama de factos que dão para ver como o dinheiro mal gasto oficialmente nos últimos anos daria para haver outras possibilidades. Quão o que sucedeu com as despesas de férias e obras particulares pagas, entre outros exemplos, segundo já transparece publicamente, como outros acasos que virão acima como azeite. Ressaltando que com tudo isto o FC Porto vive momento difícil. Mas com a nova e honesta gestão sobreviverá. Merecendo união dos verdadeiros Portistas. Enquanto os interesseiros será melhor mudarem de clube, pois o FC Porto ama-se ou deixa-se.  Que Porto é palavra exata, nunca ilude! 

O Porto honremos, que o Porto nos contempla!

Armando Pinto


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Romagem de saudade e eterna homenagem a Vultos Portistas... entre Dragões Finitos Infinitos !

 

- 1 de novembro é dia tradicional de lembrar os Finados de boa memória, na tradição secular e religiosa de romagem de saudade a honrar os nossos maiores desaparecidos do mundo dos vivos. Ocasião de honrarmos os nossos entes queridos. E como tal também os nossos mortos que em vida honraram o FC Porto. Os nossos Finitos que são Infinitos Portistas.

O FC Porto como algo especial que é, sendo um clube mais que desportivo, é um mundo de laços ternos e eternos, de apaixonado pulsar de sangue que nos corre nas veias e apaixonante chega ao coração. Sendo que quem engrandeceu e eleva o FC Porto é como se fosse de nossa família, de veias azuis e espaço espiritual azul e branco, precisamente pelo ritmo do sangue que aflui ao peito.

Assim, entre pessoas que são mesmo nossos familiares sentimentalmente, não por sangue mas pelo coração, estão nossos ídolos portistas de infância e juventude, mais os grandes nomes do historial azul, quais valores humanos que se nos afiguraram e simbolizam seres superiores, os que pela vida adiante representaram o FC Porto e, como tal, jogaram, correram e trabalharam por nós no que sempre queremos pelo nosso Porto.

Tudo isto eleva uma homenagen aos Associados do FC Porto, em que se incluem dirigentes, que naturalmente foram e são sócios do clube, mais aos desportistas que enquanto representantes do clube foram sócios-atletas, e em boa parte muitos se mantiveram mesmo depois, e sobretudo, aos sócios normais contribuintes, uns anónimos e outros mais conhecidos. Entre os quais há muitos que são referências da vida do FC Porto. 


Assim sendo, em homenagem memorial a alguns desses nomes referenciais, queremos fazer memória deles, através de alguns, como que tomando o todo pela parte. Por quanto simbolizam na memória perene do FC Porto. Por meio dum género de périplo pelos locais de seus túmulos, numa viagem virtual por onde estão sepultados. Não como lembrança triste, mas tributo honroso e grato. Em modo de continuarem vivos na memória, como há e enquanto houver quem os lembre. Qual vitória sobre a morte, também. Na ideia de memorial recordatório, quão fazer memória corresponde a uma oração sentida. Numa prece à eternidade, em ação de graças mistificada à comunhão dos tempos em que nos revemos, na união de tudo e todos que são e somos FC Porto.

A ideia de dar atenção aos sítios de referências tumulares onde estão relíquias físicas portistas, tem sentido atendendo à relação existente do FC Porto com o nome resultante do próprio espaço tido por Antas, de ancestrais enterramentos coletivos dentro de monumentos funerários balizados por pedras altas em elevações cobertas com terra, sob grande tampa de laje granítica. Tendo o FC Porto, depois de primeiras corridas atrás duma bola em terrenos centrais da urbe portucalense, pelos sítios do atual Museu Soares dos Reis, depois por ali perto passado para o antigo Campo da Rainha e posteriormente andado mais tempo no histórico Campo da Constituição, foi contudo na zona das Antas que se implantou com mais significativa imponência, no estádio das Antas, e agora ali ao lado no estádio do Dragão, orgulhando o nome da cidade que ostenta. Sendo o morro das Antas um topónimo a remeter a antiquíssimos habitantes da cidade (inclusive evocado num monumento em jardim da zona norte da cidade), enquanto os mortos do Porto têm seus sítios de sepulturas familiares e coletivas em locais próprios.  


Em tal sentido lembramo-nos de fazer uma visita de reconhecimento e recordação pelos sítios onde jaz eternamente Gente do FC Porto. Num roteiro de reconhecimento sentimental aonde estão no descanso eterno salientes vultos do passado glorioso do grandioso FC Porto.

Para o efeito, porque o autor destas linhas reside relativamente distante da urbe portuense e doutras localizações de sepultamento de pessoas gradas do FC Porto, para obter fotografias atuais nos locais próprios, socorremo-nos de um amigo residente na cidade do Porto (o correligionário portista Paulo Jorge Oliveira, conhecido do autor pelos contactos derivados da pessoal atividade pró-FC Porto na blogosfera portista, através da rede facebook de temática dragoniana, como mais acentuadamente a partir que nos encontramos pessoalmente, há alguns anos, no anual encontro do chamado Dia do Clube). Assim como, no caso de locais mais distantes da cidade Invicta, deitamos mão a outros contactos, através de mensagens com familiares e conhecidos de antigos ases portistas, tendo conseguido também outras imagens relacionadas. 

Ora, por esses meios, juntam-se fotografias de sepulturas térreas e capelas fúnebres, campas simples ou jazigos monumentais, onde repousam antigas Estrelas do FC Porto, na soma de fotos amealhadas. A cujas imagens acrescentamos alguns dados descritivos e naturalmente nosso cunho de labor afetivo.

Assim, começa-se pelo Mausoléu do FC Porto, em que repousam “Glórias do FC Porto”


Tem o F C Porto com efeito seu mausoléu, onde, precisamente, repousam Glórias do FC Porto. Como lembrança eterna, existe assim no citadino cemitério de Agramonte, na cidade do Porto, o Mausoléu do Futebol Clube do Porto, inaugurado em 1968, numa feliz iniciativa da presidência de Afonso Pinto de Magalhães. Algo sublime a honrar o sentimento clubista, denotando que os que serviram e valorizaram o F C Porto jamais serão esquecidos. Embora em número reduzido, até agora, já que na maioria dos casos as famílias preferem ter seus defuntos junto a outros familiares, mesmo assim ali repousam alguns valores do passado como exemplos referenciais em qualidade significativa. Aí estão notáveis atletas, treinadores e dirigentes, lado a lado: Acácio Mesquita, atleta de futebol e outras modalidades; Avelino Martins, futebolista “cara de aço”; João Lopes Martins, atleta mais eclético (tendo praticado sete modalidades) do clube; João Augusto Silva, dirigente; Pinga e Pavão, futebolistas carismáticos; Soares dos Reis, grande guarda-redes internacional e dirigente; Joaquim Pereira Lopes (o sr. Lopinhos), massagista; mais José Maria Pedroto, futebolista e treinador Mestre. (Tendo os primeiros a ficar ali sepultados sido por trasladação, como aconteceu com os restos mortais de Pinga, que havia falecido em 1963 e foi então trasladado em 1968 para o mausoleu do clube. Os mais recentes, sepultados aquando de suas exéquias fúnebres, até agora, foram José Maria Pedroto, em 1985,  Manuel Soares dos Reis, em 1990 e João Lopes Martins, em 1995.)


 Desses ilustres Portistas estão seus nomes numa placa colocada ao lado, como legenda identificativa, a assinalar as respetivas datas. 


Por toda essa envolvência e assimilação, fica aqui também uma romagem de saudade, em homenagem aos grandes vultos do FC Porto que ali jazem  como o autor já fez também em presença, fixando em imagem uma das vezes em que estive lá em oração clubista.


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A propósito é de recordar, por imagens, alguns momentos marcantes do ato oficial da inauguração do Mausoléu do Futebol Clube do Porto, em agosto de 1968. Através de sequência de fotografias ilustrativas da marcha de atletas do clube em direção ao cemitério, com a tocha olímpica acesa nas Antas e de seguida levada em mãos por atletas de várias modalidades; até à deposição de terra dos campos da história do clube, lançada por relicário das mãos do então futebolista Alberto Festa, que jogara na saga dos Magriços.


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A estátua que engrandece a arquitetura simbólica da sepultura, através de um anjo, simbolizando a vitória sobre a morte, foi da autoria do escultor Charters de Almeida. 

Na preparação da obra, o escultor fez primeiro uma pequena estatueta, para verificação se estava dentro dos desejos da encomenda, cujo original foi depois oferecido pelo escultor ao Presidente do FC Porto, Afonso Pinto de Magalhães. Atualmente essa estatueta, que deu origem à grande do mausoléu do clube, está na posse da família.

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Em todo esse sentimento, é de tradição histórica o FC Porto honrar os seus mortos, acontecendo até que durante muitos anos o FC Porto homenageava as memórias de seus maiores com romagem ao cemitério de Agramonte, para depositar flores nos túmulos respetivos e no mausoleu do clube, no dia do aniversário do FC Porto e também por acasião da celebração anual de Finados, ou seja de "Todos os Santos e Fiéis Defuntos". Como reporta uma foto captada no tempo da presidência de Pinto de Magalhães. 


Também já recentemente, aquando da celebração do 131.º aniversário do FC Porto, a 28 de setembro de 2024, o atual Presidente do FC Porto esteve diante do Mausoléu do FC Porto, em que depositou simbólica coroa de flores, a honrar o local sagrado onde repousam 9 Glórias do FC Porto (entre os quais o antigo jogador e treinador José Maria Pedroto), e aí o Presidente André Villas-Boas, acompanhado pela esposa e por um filho do eterno mestre Pedroto, respetivamente D. Cecília e Dr. Rui Pedroto, honrou a memória dos nossos maiores ali jazentes em eterno descanso.

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No mesmo cemitério de Agramonte encontram-se também as sepulturas de António Nicolau d'Almeida e José Monteiro da Costa, fundador e refundador do clube respetivamente, mais a do antigo guarda-redes Siska. E ainda a do Presidente dos históricos "6 Anos de Progresso na Vida Gloriosa do FC Porto" e Presidente  Honorário Afonso Pinto de Magalhães (em jazigo de família, no talhão do Carmo), bem como o antigo Diretor-Geral da SAD do clube Eng.º Paiva Brandão, mais o antigo Presidente da Direção e Honorário Dr. Américo Sá e outros. 

= José Monteiro da Costa 

Nesses outros espaços e dentro da mesma linha, a gratidão portista está assinalada nas campas do refundador do clube, em jazigo da família de José Monteiro da Costa, e também no jazigo da família do fundador António Nicolau de Almeida.

= António Nicolau d' Almeida

= De Nicolau de Almeida - com placa de sinalética informativa 


Bem como, na campa de Miguel Siska, lá está uma bola alusiva.

= Miguel Siska

Também em Agramonte, no Talhão do Carmo, encontram-se outras figuras gratas da memória portista:

Repousa nesse espaço Afonso Pinto de Magalhãessepultado em jazigo familiar com o nome da família. No qual jaz o corpo do grande Portista e Presidente Honorário do FC Porto, junto de sua esposa e outros familiares. Estando no interior da capela uma lápide alusiva com fotos do mesmo Pinto Magalhães e sua esposa, D. Carolina.

= Afonso Pinto de Magalhães

Entre mais outros antigos Portistas, sepultados no Talhão do Carmo do cemitério de Agramonte, está também em jazigo-capela o antigo diretor Eloy Silva, histórico dirigente de grande marca clubista durante largos anos.

= Eloy Silva

Igualmente em Agramonte e no talhão da Ordem do Carmo jaz o antigo Presidente da Direção e Presidente Honorário Dr. Américo Sá, sepultado em capela-jazigo de família.

Dr. Américo Sá

E ainda no mesmo talhão de Agramonte, entre figuras de nome portista, encontram-se os irmãos Sarmentos, Ângelo e Albano Sarmento, futebolistas da geração dourada da década dos anos 50 (em sepultura onde está também outro irmão, Carlos Sarmento).

= Irmãos Sarmentos

Também em Agramonte se situa o monumental sepulcro da família Santos Dumont, onde está sepultado Dumont Villares (sobrinho do aeronauta Santos Dumont). Eduardo Dumont Villares, que  foi um dos primeiros futebolistas do FC Porto, integrante da equipa que recebeu pela primeira vez um clube estrangeiro em Portugal, também praticante de atletismo e natação no clube, tendo mais tarde sido Presidente da Assembleia Geral e depois Presidente da Direção do F.C. Porto.

= Dumont Villares


A segunda lápide (a contar da esquerda para a direita) é a do Eduardo Dumont Villares.

Também em Agramonte está o Jazigo da Família Paiva Leite Brandão, onde repousa o Engenheiro Diogo de Paiva Leite Brandão, que foi figura importante das gerências do FC Porto do século XXI, em cujas funções desempenhou também lugares de representante portista em diversos organismos estrangeiros.

Foi Diretor-Geral da Administração da SAD do FC Porto e Dragão de Ouro (recebido em 1997, como funcionário de destaque do clube).

Está o Eng.º Paiva Brandão em jazigo familiar, com lápides com os respetivos nomes dos entes queridos da família ali sepultados – como regista a sequência de imagens captadas pelo amigo Paulo Jorge Oliveira (e uma outra enviada por pessoa da família,também), que ajudam bem a ilustrar esta memorização realista. 

= Eng.º Paiva Brandão

Ainda e também no cemitério de Agramonte está sepultado Henrique Basto Fabião, o mais famoso andebolista do FC Porto. Henrique Fabião que foi ídolo no andebol de 11, pelos anos 40 e 50, do séc. XX, depois treinador de ambas as variantes (antigo de 11 e sucessor de 7) e ainda dirigente. Nascido 4 de junho de 1917 e falecido a 2 de dezembro de 1977.

= Henrique Fabião

Assim como em sepultura ao lado se encontra também em Agramonte seu irmão Bernardino Basto Fabião, nascido a 4 de agosto de 1912 e falecido a 9 de agosto de 1998. Tendo sido este o arquiteto autor do bronze do andebol do FC Porto, comemorativo dos Campeoníssimos do andebol de 11, conjunto de coluna e escultura que sempre esteve em todas as versões antigas do Museu do FC Porto (embora no novo museu, aberto nos inícios do século XXI, na presidência de Pinto da Costa, apenas tenha ficado a escultura, sem a coluna com as gravações dos títulos).

= Bernardino Fabião


Sepulturas estas assim lado a lado, dos dois irmãos.

Continuando o périplo, segue-se o cemitério de Paranhos, onde há uma outra sepultura do FC Porto. Estando ali o jazigo-campa de Jorge Orth, de sepultura desse treinador falecido quando estava ao comando da equipa principal do FC Porto (em tempo de grande esperança coletiva, estando então a equipa portista em grande momento e perante boas perspetivas de êxito, ao comando do campeonato, em 1962). Jazigo que é propriedade do FC Porto, tendo sido edificado através de subscrição pública de sócios e adeptos do FC Porto. De cujo túmulo se juntam imagens de aspeto original antigo e mais recente.

= Jorge Orth 

Também no cemitério do Prado do Repouso há um jazigo que diz muito ao sentimento portista. Estando ali o monumental túmulo do Tenente Joaquim Vidal Pinheiro, heroico português da I Grande Guerra. Oficial de Escola do Exército e jogador de futebol do FC Porto que seguiu no Corpo Expedicionário Português, como Tenente de Artilharia, e tombou em combate, morto a 9 Abril de 1918 na Batalha de La Lys. Jaz assim no romântico cemitério do Repouso, na Cidade do Porto. A Câmara Municipal do Porto atribuiu-lhe nome de Rua, na Freguesia de Campanhã.

= Joaquim Vidal Pinheiro

Também no cemitério do Prado do Repouso repousa o célebre Presidente Dr. Urgel Horta, que presidia aos destinos do FC Porto aquando da inauguração do estádio das Antas. Encontra-se em campa de família, com respetiva lápide com seu nome mais conhecido, Urgel Horta (sendo de nome completo Urgel Abílio Horta). Ao lado da sua lápide e mais ao centro está uma outra ali colocada em homenagem do FC Porto.

= Dr. Urgel Horta

Ainda no mesmo cemitério do Prado do Repouso encontra-se o jazigo-capela do antigo presidente do FC Porto Nascimento Cordeiro, em jazigo de família no nome do próprio José Maria Nascimento Cordeiro.

= Nascimento Cordeiro

Também no cemitério do Prado do Repouso repousa o querido dirigente "Chefinho" do FC Porto, Reinaldo Teles. Histórico Chefe de Secção do futebol e vice-presidente do FC Porto, além de considerado braço direito de Jorge Nuno Pinto da Costa. Ali jazente desde seu falecimento em 2020, como vítima da pandemia Covid que assolou o país e nesse caso muito tocou ao mundo azul e branco. Sepultado que foi em jazigo de família nesse campo santo também deveras simbólico da imagem da Saudade Portista. 

= Reinaldo da Costa Teles Pinheiro

Seguindo essa volta pelos locais onde jazem eternamente grandes Figuras do FC Porto, continua-se pelo Jazigo do Valdemar Mota, no cemitério do Bonfim – em sepultura dupla contendo também restos mortais de seus irmãos e respetivas esposas.

= Valdemar Mota 

Jazigo este do Valdemar Mota, célebre futebolista e primeiro Olímpico do FC Porto (junto ao qual o amigo Paulo Jorge posou com uma "separata", como antigamente se chamava às gravuras agora conhecidas por "posters").

No mesmo cemitério do Bonfim, também está o Dr. Sousa Nunes (em sepultura sem foto na lápide dele, Dr. Alfredo Sousa Nunes), médico do clube durante muito tempo e sobretudo celebre por ter sido da época do Campeonato de 1958/59, do caso-Calabote. Na campa da esquerda, tendo à direita a dos seus pais.

= Dr. Sousa Nunes

Em tal caminhada de romagem, também no cemitério da Lapa há um jazigo com alguém especial do FC Porto. Estando nesse cemitério clássico o Hernâni, o senhor General do futebol Hernâni Ferreira da Silva, em jazigo de família.

= Hernâni Silva

Assim ali, na Lapa, junto à igreja onde está guardado o coração que o rei D. Pedro IV doou ao Porto, o cemitério da Irmandade da Lapa, campo santo mais romântico por excelência da cidade do Porto, cuja monumentalidade é patente em capelas funerárias de silhueta artística e peças esculturais, onde se encontram tumulados personagens de renome como os vultos das letras Camilo Castelo Branco e Ramalho Ortigão, mais o famoso musicólogo e compositor sacro Padre Luís Rodrigues, entre tantos, também acolhe o corpo do célebre futebolista Hernâni Silva.

Ainda na cidade do Porto, no cemitério de Ramalde estão sepultados, entre outros, naturalmente, Hassane Ally e o Engenheiro Armando Pimentel. Mais o Dr. Adriano Pinto da AFP. Desses três nomes portistas, com diferença de anos e funções dentro do FC Porto, e não só, juntam-se imagens de suas sepulturas.

Hassane Ally, um dos jogadores ultramarinos do plantel do FC Porto do tempo de Yustrich, jaz em jazigo de família. Com foto correspondente na lápide respetiva, evocando esse que foi um futebolista da geração dos anos cinquentas, que, embora sem ter jogado oficialmente em jogos de campeonato pela equipa principal, fez parte do plantel (aparecendo por vezes referenciado como Hassan-Aly) e alinhou em jogos de reservas.

= Hassane Ally no jazigo de família.

No mesmo cemitério repousa também o Eng.º Armando Pimentel, esse que foi um diretor acompanhante do início das presidências de Pinto da Costa e incluiu ainda também a SAD do FC Porto, cuja gerência interrompeu depois por ter assumido cargo de Vereador da Câmara Municipal do Porto.  

= Jazigo da Família Pimentel

Ainda no mesmo cemitério está a sepultura do Dr. Adriano Pinto, antigo Presidente da Associação de Futebol do Porto. Um bom portista, que exerceu durante muitos anos funções na A.F.P. como representante do Boavista, do Ramaldense e do Lousada, sendo sobretudo conhecido como também adepto do FC Porto, o qual por seu mérito foi entretanto eleito presidente dessa Associação que em seu tempo chegou a ser detentora de maior representatividade de clubes nacionais. Um ilustre cidadão ainda, Adriano da Silva Pinto, reconhecido oficialmente pela Presidência da República Portuguesa com a Comenda da Ordem de Mérito, daí ser referenciado como Comendador.

= Jazigo de família do Dr. Adriano Pinto

Dentro da família portista, além das jazidas nos campos santos da cidade do Porto, naturalmente espalham-se também pelas diversas regiões do país e pelo estrangeiro as sepulturas em que se encontram restos mortais de ilustres personagens da vida do FC Porto.

Entre tantos e tantos exemplos, obviamente, apraz incluir aqui alguns casos de sepulturas de Gente do FC Porto em cemitérios fora da urbe portuense. Nesse âmbito, através de circunstâncias que tornaram possível o conhecimento do facto e especialmente a angariação de imagens relacionadas, através de receção de fotos, a pedido do autor e para este efeito, por meio de familiares ou pessoas amigas.

Assim sendo, merece referência que em Braga, no cemitério de Monte d' Arcos, está sepultado o guarda-redes Armando Silva, o guardião Armando que defendeu as balizas do FC Porto e no Sporting de Braga. Futebolista  que foi galardoado com a Medalha de Comportamento Exemplar da Federação Portuguesa de Futebol por nunca ter tido algum castigo disciplinar desportivo ao longo de sua carreira.


= Armando Silva

Igualmente, indo para o interior Norte do País e no Reino Maravilhoso Transmontano, como o chamou Miguel Torga, e em pleno coração da zona duriense vinhateira, jaz em seu chão natural um grande Portista, Dragão em que todos nos revemos e como tal eterno em nossos corações palpitantes com as cores azuis e brancas na alma, o Dr. Pôncio Monteiro. Descansando na capital do Vinho do Porto o sono eterno em jazigo de família, no cemitério de Peso da Régua. Sendo desse local, onde repousa de tanta vivência, as correspondentes imagens captadas do respetivo jazigo-capela, em vista externa da fachada e em pormenor interior, revestido pela bandeira do FC Porto (como se pode ver, com o reflexo do vidro).

= Dr. Pôncio Monteiro 


Igualmente, já no Douro Litoral, indo para o concelho de Gaia, no cemitério de Arcozelo está sepultado em jazigo de família o célebre Presidente da Assembleia Geral do FCP Dr. Sardoeira Pinto. O grande portista Senhor Doutor Fernando Sardoeira Pinto que em tempos foi redator do jornal O Porto, mais tarde dirigente e inclusive como representante do FC Porto esteve na presidência da Associação de Futebol do Porto e por fim desempenhou desde o início da presidência diretiva de Jorge Nuno Pinto da Costa o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto. 

= Dr. F. Sardoeira Pinto

Repousando o mesmo (também autor dos livros “Dragão de Causas” e “Apitos Finais, Dourados… E algo mais!”) ali nesse campo santo vizinho à capela da popularmente conhecida por Santa Maria Adelaide, em cujo espaço museológico de ex-votos se encontra a camisola com que Juary jogou em Viena e marcou o golo da vitória na Taça dos Campeões Europeus de 1987.

Também no mesmo cemitério de Arcozelo está sepultado em jazigo de família o célebre futebolista Monteiro da Costa, dos mais célebres craques da geração dourada da década de cinquenta. António Henrique Monteiro da Costa, celebrizado no FC Porto e na seleção nacional como avançado e médio de ataque, tendo feito parte das equipas do FC Porto campeão nacional de 1956 e 1959, junto com Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Teixeira, Carlos Duarte, Pedroto, etc. Mais tarde Monteiro da Costa enveredou pela carreira de treinador, com sucesso nalgumas equipas, chegando mesmo a treinador principal do FC Porto algum tempo. Nascido a 20 de agosto de 1928, faleceu em 2 de outubro de 1984. E nesse campo santo jaz junto com a esposa e outros familiares em capela-jazigo de linhas modernas.

= António Monteiro da Costa

Também em Gaia, no cemitério de Mafamude, sobressai numa das gavetas desse campo santo a imagem de Alfredo Quintana, ali estando as cinzas do célebre guarda-redes do andebol portista Quintana. 


Ainda nos arredores do Porto, no cemitério da Maia, jaz António Teixeira, que foi futebolista conhecido da geração dourada dos anos cinquenta do FC Porto e mais tarde treinador, também.

= António Teixeira 

Ainda pela região dos arredores do Porto, encontra-se no Cemitério de Sendim em Matosinhos,  o guarda-redes Zé Beto, inesquecível pela sua postura elegante diante da baliza, esse que foi um dos finalistas da Taça das Taças de 1984 e um dos campeões europeus de 1986/87. Encontrando-se em jazigo familiar, no qual se ergue um busto que lhe é dedicado, além de lápides com sua foto e legenda identificativa.

= Zé Beto

Também  ainda na periferia do Grande Porto, mais para Norte, repousa na Póvoa de Varzim o campeão dos anos trinta João Nova, sepultado no Cemitério Municipal n° 1 da cidade poveira. O seu jazigo fica junto à correspondente entrada lateral esquerda, guardando restos mortais desse que foi colega de Pinga, Soares dos Reis e outros dos eleitos das simpatias portistas nos tempos da inicial Liga e inícios do Campeonato Nacional de futebol. Popularmente conhecido por Nova, e de nome completo João Vicente da Nova, foi também um dos primeiros futebolistas internacionais do FC Porto

= João Nova 

Ainda na região do Grande Porto, ou seja dentro da Área Metropolitana do Porto, embora já no distrito de Aveiro, repousa em Vale de Cambra um dos símbolos portistas representados com um busto – Rui Filipe (que tem também um monumento no Porto, inicialmente no exterior do estádio das Antas, depois passou para o interior das instalações do estádio do Dragão e atualmente está bem implantado no passeio circundante do estádio portista, junto à porta principal e dos mastros dos estandartes). Ali, na sua terra, em plena região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, da antiga Beira Litoral, está assim esse memorando futebolista valecambrense e portista, onde jaz no cemitério de Vila Chãde Vale de Cambra. Rui Filipe, futebolista que faleceu muito jovem, mas que já estava na história do FC Porto. O qual ali tem seu corpo, em jazigo-capela de família. De cujo espaço são as imagens que se juntam aqui, em diversos ângulos e pormenores do respetivo interior da Capela onde está o Rui Filipe.

= Rui Filipe

Ainda no mesmo cemitério de Vila Chã, de Vale de Cambra, está António Baptista (António Baptista da Costa, nascido a 1 de janeiro de 1913 e falecido a 28 de maio de 1949), histórico futebolista do tempo de Pinga, Soares dos Reis, António Santos, Gomes da Costa, Costuras, Carlos Pereira, Vianinha, Sacadura, Ângelo Silva, etc.

 = António Baptista 

Ainda nas cercanias da área portuense, mais para baixo do mapa nacional, no concelho de Santa Maria da Feira, no cemitério de São João de Ver, estão sepultados os antigos ciclistas Joaquim Sousa Santos (pai) e Mário Sá. Nomes que durante bons anos andaram entre os que levaram em grande estilo as camisolas azuis e brancas pelas estradas, como grandes ciclistas que fizeram sobressair o equipamento das duas listas azuis aos olhos de multidões vibrantes com as vitórias sobre rodas.

= Sousa Santos

= Mário Sá

Também no concelho de Santa Maria da Feira, está no cemitério de Fiães o antigo futebolista Jaime Silva, o famoso Jaime, extremo celebrizado por suas jogadas rápidas seguidas de seus centros “à Ventoinha” (daí que lhe ficou esse epiteto no mundo do futebol), um dos célebres componentes da equipa do FC Porto que venceu a Taça de Portugal em 1968. De nome completo Jaime Ferreira da Silva, internacional de Seleção Nacional Militar e B de Portugal, além de ter feito parte do lote dos convocados na preparação para o Mundial de 1966 (apenas não tendo sido incluído no grupo dos Magriços pela tradicional seleção feita entre jogadores de Lisboa mais arredores e do resto, no tempo do sistema BSB…). Repousa em sepultura de família na parte nova do cemitério de Fiães.

= Jaime Silva

Bem como no cemitério de São Paio de Oleiros repousa em jazigo de família (do nome familiar da esposa, Couto) o grande guarda-redes Américo, o célebre guardião "Baliza de Prata" Américo Ferreira Lopes.

Ainda pela zona da Beira Litoral, repousa no Cemitério Sul de Aveiro o valoroso e multifacetado atleta Fernando Perdigão, campeão nacional no FC Porto quer em futebol como atletismo. Tendo ajudado em 1952 à conquista do Campeonato Nacional de Atletismo, raridade que conseguiu intercalar um título nortenho na costumeira série de Lisboa nessa modalidade de corridas, saltos e outras especialidades. Culminando depois com dois títulos nacionais em futebol, através de dois Campeonatos Nacionais ganhos, em 1956 e 1959, este onde ele foi um dos heróis que suplantaram a batota dessa vez reconhecida no caso-Calabote, assim como integrou as equipas vencedoras de duas Taças de Portugal, em 1956 e 1958.

= Fernando Perdigão

A talhe do local da sepultura de Perdigão, valoroso extremo que fez parte da geração dourada da década dos anos cinquentas (com Hernâni, Virgílio, Monteiro da Costa, Pedroto, Carlos Duarte, Arcanjo, Acúrcio, etc, etc.) e ainda alinhou na transição inicial da década de sessenta (junto com Américo, Azumir, Pinto, Jaime e outros), encima o portal do mesmo campo santo, da terra dos doces ovos moles, um frontão com legenda lapidar: “ MORS ULTIMA RATIO”, em latim, significando “Morte, razão final”. Sendo na verdade a morte um derradeiro argumento, poderoso fim da vida e princípio da eternidade.


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Mas nem só em Portugal repousam restos de Gente que passou pelo FC Porto. Como por exemplo acontece na Rússia, onde está o túmulo do antigo futebolista Kulkovem Moscovo (caso de que houve entretanto conhecimento por imagem do adepto Portista Ivan Likhmanov, um fervoroso simpatizante do FC Porto na Rússia).


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Posto isto, sem alongar demasiado a lista, nesta espécie de caminhada mental em afetiva visita à memória de Gente do FC Porto, paramos por aqui, segundo o que foi possível rememorar por este meio, numa homenagem ao descanso justo de quem faz parte do imaginário portista.

Está assim feito um pequeno roteiro pelas edificações sepulcrais onde estão restos mortais de algumas pessoas importantes da História do FC Porto, de modo a dar a conhecer alguns dos locais onde jazem eternamente nomes tão queridos do ambiente portista. Sítios referenciais de construção, merecendo preservação não só espiritual mas também material. Relembrando por este meio sua mística histórica, sendo que são nomes eternizados por terem sido do clube dragão, numa prova da eternidade memorial do FC Porto.


Por entre tudo isto, como representa a escultura que engrandece a memória eterna portista no Mausoléu do FC Porto, última morada de repouso de Glórias do FC Porto, na Rua da Meditação da cidade do Porto: Ó morte, onde está a tua glória? – Havendo pessoas assim, como Gente do FC Porto, cujas almas da lei da morte se libertaram pelo que foram em vida e são lembrados ainda agora e sempre.

ARMANDO PINTO