A 12 de novembro de 1933 Soares dos Reis I estreava-se pelo
FC Porto. Então jovem guarda-redes natural de Penafiel e que entretanto
estivera em Lisboa no Belenenses, vindo para o Porto reforçar a equipa azul e
branca da Constituição. Tendo pela primeira vez ficado diante da baliza do FC
Porto em tempo do verãozinho de São Martinho, precisamente no dia seguinte ao
início da anual festividade do São Martinho tão tradicional em Penafiel.
Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis
Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis
Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.
A. P.
terça-feira, 12 de novembro de 2024
Recordando... Efeméride da estreia oficial de Soares dos Reis I na baliza do FC Porto em 1933!
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Recordando (na respetiva efeméride)… O Campeonato Mundial de Estrada ganho por Aurora Cunha em 1984 – o 1.º grande feito e 1.ª medalha mundial do Atletismo do FC Porto
Em 1984, precisamente no dia de São Martinho, a 11 de
novembro, Aurora Cunha conquistou o título mundial de estrada, o primeiro grande
título do atletismo do FC Porto. Tendo essa modalidade atlética, das corridas a pé, assim tido no FC Porto um feito de nível internacional,
a juntar às poucas proezas que até aí também haviam sido alcançadas em provas de
grande monta.
Então, nesse domingo também de verãozinho de São Martinho, decorreu
o Mundial de Estrada de atletismo feminino em Madrid, em cuja prova disputada na
capital espanhola os dois primeiros lugares foram alcançados por duas atletas
portuguesas, com Aurora Cunha a chegar primeiro à meta, seguida por Rosa Mota.
Havendo ali, sob sol outonal de Espanha, Aurora Cunha conseguido esse importante
resultado mundial, que ficou para a história conforme se pode rever pelo
registo verificado no livro “HISTÓRIA DE 50 ANOS DO DESPORTO PORTUGUÊS”, publicado
pelo jornal a Bola no seu cinquentenário.
Aurora Cunha, que
começara a correr no Ronfe, clube de sua terra natal, veio para o FC Porto
ainda no tempo da presidência do Dr. Américo Sá e quando no atletismo portista estava
Artur Peixoto, também. Havendo ainda corrido em equipa com Rosa Mota e Ana
Paula Mota, que depois saíram do Clube. Até que, decorridos tempos e após vitórias
em diversas provas em Portugal, foi em Espanha, com a camisola de Portugal, que Aurora Cunha alcançou o primeiro
grande triunfo internacional. E, conforme é narrado no "Dragões Diário" desta
data, da lavra de Manuel Pérez, a Aurora «subiu ao degrau mais alto do pódio e
conquistou o título mundial de estrada em Madrid. A fundista natural de Ronfe
fez quase toda a carreira de azul e branco, bateu 37 recordes nacionais dos 800
aos 10.000 metros e viria a sagrar-se Tricampeã do Mundo. Correu nos Jogos
Olímpicos de Los Angeles, Seul e Barcelona, venceu as maratonas de Paris,
Tóquio, Chicago e Roterdão, bem como a São Silvestre de São Paulo, e
representou o FC Porto entre 1978 e 1994, conquistando 22 títulos nacionais –
seis nos 1.500 metros, oito nos 3.000, quatro nos 5.000 e outros tantos no
corta-mato.»
Sintomático do alcance desse título é que até ficou também assinalado num porta-chaves constante da coleção do autor aqui deste blogue.
Conquistava então o Atletismo do FC Porto um grande triunfo internacional, a enriquecer o historial da modalidade corrida com camisolas azuis e brancas. Desde os tempos dos primeiros campeões nacionais, Alfredo Carvalho em 1926, Acácio Mesquita em 1928 e 1929, Barros Gomes em 1934, Arnaldo Borges em 1936, Albino Silva em 1938, passando pelo Nacional de pista conquistado em 1952 com António Tender, Fernando Romero, António Martins, João Teixeira, Ângelo Ferreira, Carlos Vieira, Fernando Perdigão; seguindo-se mais tarde vitórias de uns Manuel de Sousa, Carlos Carneiro, Isolina Pinhel, António Ascensão, etc.; até tempos de evolução corridos por uns quantos mais que ficaram também a fazer parte da História do Atletismo do FC Porto. Cuja memória se pode recordar através do artigo (escrito pelo autor destas linhas, também) publicado na revista “Mundo Azul” de fevereiro de 2010, pouco antes de ter sido extinta a secção na era presidencial de Pinto da Costa.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Portista sempre!
O FC Porto passa por momento difícil, depois da má Direção anterior ter tido gestão danosa, a pontos de Pinto da Costa e seus diretores terem deixado o Clube cheio de dívidas e sem possibilidades de reforçar devidamente a equipa principal de futebol, sobretudo. Além de certos comportamentos que levaram, por exemplo, à decisão de Pepe não ter querido continuar, pois só continuaria com o candidato que apoiava, e saiu copiosamente derrotado, tal como Sérgio Conceição, que até já acabou por saber que afinal nem era tão apreciado pelo anterior presidente… e terá influenciado alguns dos maus negócios... nas palavras do próprio Pinto da Costa, nesses e outros casos. Numa amálgama de factos que dão para ver como o dinheiro mal gasto oficialmente nos últimos anos daria para haver outras possibilidades. Quão o que sucedeu com as despesas de férias e obras particulares pagas, entre outros exemplos, segundo já transparece publicamente, como outros acasos que virão acima como azeite. Ressaltando que com tudo isto o FC Porto vive momento difícil. Mas com a nova e honesta gestão sobreviverá. Merecendo união dos verdadeiros Portistas. Enquanto os interesseiros será melhor mudarem de clube, pois o FC Porto ama-se ou deixa-se. Que Porto é palavra exata, nunca ilude!
O Porto honremos, que o Porto nos contempla!
Armando Pinto
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Romagem de saudade e eterna homenagem a Vultos Portistas... entre Dragões Finitos Infinitos !
- 1 de novembro é dia tradicional de lembrar os Finados de boa memória, na tradição secular e religiosa de romagem de saudade a honrar os nossos maiores desaparecidos do mundo dos vivos. Ocasião de honrarmos os nossos entes queridos. E como tal também os nossos mortos que em vida honraram o FC Porto. Os nossos Finitos que são Infinitos Portistas.
A ideia de dar atenção aos sítios de referências tumulares onde estão relíquias físicas portistas, tem sentido atendendo à relação existente do FC Porto com o nome resultante do próprio espaço tido por Antas, de ancestrais enterramentos coletivos dentro de monumentos funerários balizados por pedras altas em elevações cobertas com terra, sob grande tampa de laje granítica. Tendo o FC Porto, depois de primeiras corridas atrás duma bola em terrenos centrais da urbe portucalense, pelos sítios do atual Museu Soares dos Reis, depois por ali perto passado para o antigo Campo da Rainha e posteriormente andado mais tempo no histórico Campo da Constituição, foi contudo na zona das Antas que se implantou com mais significativa imponência, no estádio das Antas, e agora ali ao lado no estádio do Dragão, orgulhando o nome da cidade que ostenta. Sendo o morro das Antas um topónimo a remeter a antiquíssimos habitantes da cidade (inclusive evocado num monumento em jardim da zona norte da cidade), enquanto os mortos do Porto têm seus sítios de sepulturas familiares e coletivas em locais próprios.
Em tal sentido lembramo-nos de fazer uma visita de reconhecimento e recordação pelos sítios onde jaz eternamente Gente do FC Porto. Num roteiro de reconhecimento sentimental aonde estão no descanso eterno salientes vultos do passado glorioso do grandioso FC Porto.
A estátua que engrandece a arquitetura simbólica da sepultura, através de um anjo, simbolizando a vitória sobre a morte, foi da autoria do escultor Charters de Almeida.
Na preparação da obra, o escultor fez primeiro uma pequena estatueta, para verificação se estava dentro dos desejos da encomenda, cujo original foi depois oferecido pelo escultor ao Presidente do FC Porto, Afonso Pinto de Magalhães. Atualmente essa estatueta, que deu origem à grande do mausoléu do clube, está na posse da família.
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Nesses outros espaços e dentro da mesma linha, a gratidão portista está assinalada nas campas do refundador do clube, em jazigo da família de José Monteiro da Costa, e também no jazigo da família do fundador António Nicolau de Almeida.
Entre mais outros antigos Portistas, sepultados no Talhão do Carmo do cemitério de Agramonte, está também em jazigo-capela o antigo diretor Eloy Silva, histórico dirigente de grande marca clubista durante largos anos.
Igualmente em Agramonte e no talhão da Ordem do Carmo jaz o antigo Presidente da Direção e Presidente Honorário Dr. Américo Sá, sepultado em capela-jazigo de família.
= Dr. Américo Sá
E ainda no mesmo talhão de Agramonte, entre figuras de nome portista, encontram-se os irmãos Sarmentos, Ângelo e Albano Sarmento, futebolistas da geração dourada da década dos anos 50 (em sepultura onde está também outro irmão, Carlos Sarmento).
Também em Agramonte está o Jazigo da Família Paiva Leite Brandão, onde repousa o Engenheiro Diogo de Paiva Leite Brandão, que foi figura importante das gerências do FC Porto do século XXI, em cujas funções desempenhou também lugares de representante portista em diversos organismos estrangeiros.
Foi Diretor-Geral da Administração da SAD do FC Porto e Dragão de Ouro (recebido em 1997, como funcionário de destaque do clube).
Está o Eng.º Paiva Brandão em jazigo familiar, com lápides com os respetivos nomes dos entes queridos da família ali sepultados – como regista a sequência de imagens captadas pelo amigo Paulo Jorge Oliveira (e uma outra enviada por pessoa da família,também), que ajudam bem a ilustrar esta memorização realista.
Igualmente, indo para o interior Norte do País e no Reino Maravilhoso Transmontano, como o chamou Miguel Torga, e em pleno coração da zona duriense vinhateira, jaz em seu chão natural um grande Portista, Dragão em que todos nos revemos e como tal eterno em nossos corações palpitantes com as cores azuis e brancas na alma, o Dr. Pôncio Monteiro. Descansando na capital do Vinho do Porto o sono eterno em jazigo de família, no cemitério de Peso da Régua. Sendo desse local, onde repousa de tanta vivência, as correspondentes imagens captadas do respetivo jazigo-capela, em vista externa da fachada e em pormenor interior, revestido pela bandeira do FC Porto (como se pode ver, com o reflexo do vidro).
= Dr. Pôncio Monteiro
Também no mesmo cemitério de Arcozelo está sepultado em jazigo de família o célebre futebolista Monteiro da Costa, dos mais célebres craques da geração dourada da década de cinquenta. António Henrique Monteiro da Costa, celebrizado no FC Porto e na seleção nacional como avançado e médio de ataque, tendo feito parte das equipas do FC Porto campeão nacional de 1956 e 1959, junto com Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Teixeira, Carlos Duarte, Pedroto, etc. Mais tarde Monteiro da Costa enveredou pela carreira de treinador, com sucesso nalgumas equipas, chegando mesmo a treinador principal do FC Porto algum tempo. Nascido a 20 de agosto de 1928, faleceu em 2 de outubro de 1984. E nesse campo santo jaz junto com a esposa e outros familiares em capela-jazigo de linhas modernas.
Ainda nas cercanias da área portuense, mais para baixo do mapa nacional, no concelho de Santa Maria da Feira, no cemitério de São João de Ver, estão sepultados os antigos ciclistas Joaquim Sousa Santos (pai) e Mário Sá. Nomes que durante bons anos andaram entre os que levaram em grande estilo as camisolas azuis e brancas pelas estradas, como grandes ciclistas que fizeram sobressair o equipamento das duas listas azuis aos olhos de multidões vibrantes com as vitórias sobre rodas.
Também no concelho de Santa Maria da Feira, está no cemitério de Fiães o antigo futebolista Jaime Silva, o famoso Jaime, extremo celebrizado por suas jogadas rápidas seguidas de seus centros “à Ventoinha” (daí que lhe ficou esse epiteto no mundo do futebol), um dos célebres componentes da equipa do FC Porto que venceu a Taça de Portugal em 1968. De nome completo Jaime Ferreira da Silva, internacional de Seleção Nacional Militar e B de Portugal, além de ter feito parte do lote dos convocados na preparação para o Mundial de 1966 (apenas não tendo sido incluído no grupo dos Magriços pela tradicional seleção feita entre jogadores de Lisboa mais arredores e do resto, no tempo do sistema BSB…). Repousa em sepultura de família na parte nova do cemitério de Fiães.
Mas nem só em Portugal repousam restos de Gente que passou pelo FC Porto. Como por exemplo acontece na Rússia, onde está o túmulo do antigo futebolista Kulkov, em Moscovo (caso de que houve entretanto conhecimento por imagem do adepto Portista Ivan Likhmanov, um fervoroso simpatizante do FC Porto na Rússia).
Por entre tudo isto, como representa a escultura que engrandece a memória eterna portista no Mausoléu do FC Porto, última morada de repouso de Glórias do FC Porto, na Rua da Meditação da cidade do Porto: Ó morte, onde está a tua glória? – Havendo pessoas assim, como Gente do FC Porto, cujas almas da lei da morte se libertaram pelo que foram em vida e são lembrados ainda agora e sempre.