A 28 de setembro, agora em 2024, o FC Porto celebra 131 anos, o Museu do FC Porto já 11 e,
enquanto isso os verdadeiros donos do clube, os sócios, têm estado a ter atenções nos tempos mais recentes, através de diversas iniciativas da atual Direção, na proximidade iniciada com a nova Gerência, desde a eleição do Presidente André Villas-Boas.
Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis
Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis
Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.
A. P.
sábado, 21 de setembro de 2024
Evocação de tempos antigos... Num olhar por sócios dos anos 30 !
sábado, 14 de setembro de 2024
Memórias Portistas de idas às Antas “ver o Porto jogar” em tardes domingueiras de futebol…
Este domingo o FC Porto volta a jogar de tarde, como outrora
acontecia nos jogos da equipa principal azul e branca, ao tempo do Estádio das
Antas. Quando as transmissões televisivas, pelas vontades negociais, se não sobrepunham
nem impunham horários. Sendo desta feita possível juntar o útil ao agradável.
Tanto que então desta vez vai ser no Estádio do Dragão. Algo que faz reviver
outros tempos.
«Havia algo mágico nos domingos à tarde no Estádio das Antas» e assim «a febre do futebol de domingo à tarde está de volta», com o jogo em que FC Porto recebe o Farense, às 15h30, este domingo 15 de setembro – «o ponto alto de uma viagem nostálgica ao futebol de outrora».
Quão pessoalmente também se revive por imagens que perduram nos álbuns pessoais. Algumas das quais aqui se partilham, com legendas manuscritas a registar as ocorrências, remontando a 1977 e 1978…
Armando Pinto
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quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Carro-troféu da final do Mundial de Clubes de 1987… agora dentro do Museu do FC Porto !
Esteve antes na loja do Dragão, “FC Porto Store”, e está agora no Museu do FC Porto, o popularmente chamado carro do Madjer. Inicialmente colocado na loja anexa ao museu do clube, pendurado no teto do espaço de vendas de artigos desportivos e adereços portistas...
...até que recentemente foi
transferido para dentro do museu, passando à sua função museológica de
estimação memoranda. Como ainda recentemente se viu com a visita ao museu por atletas das diversas modalidades, a inteirar-se da grandeza sentimental do Clube.
Com efeito, foi mudado e bem o local de exposição do carro Toyota entregue ao Madjer em 1987, como prémio de melhor jogador do jogo da final do Mundial de Clubes de Tóquio. Automóvel da marca da firma patrocinadora do evento, e que, depois de adquirido pelo Clube e passado por diversas facetas, ficou exposto na Loja do Dragão desde a abertura da mesma Dragão Store e do Museu FC Porto By BMG, a partir de 2013.
Sendo que na loja era apenas visto por baixo e estando suspenso do teto permanecia em modo instável e até algo perigoso.
Enquanto
agora, colocado dentro do museu e em baixo, junto à estatueta de homenagem ao Madjer,
fica em posição mais acessível e está num local apropriado. Como icónico
símbolo da primeira das duas vitórias do FC Porto em Mundiais de Clubes. Sendo
esse carro um género de troféu de 1987, assim como do Mundial de 2004 ficou a
chave entregue ao Maniche, quais prémios individuais que ficaram a simbolizar tais
grandes feitos coletivos. E enquanto a chave simbólica do carro de Maniche
ficou logo à vista no Museu, a partir da sua abertura, o carro do Madjer
estacionou recentemente então também no mesmo museu.
Efetiva e verdadeiramente significativa glória da grande vitória alcançada em 1987 pelo FC Porto, como Campeão Europeu, diante do representante das Américas, Peñarol, e consequente conquista do Mundial de Clubes dessa temporada, ostenta o FC Porto diversos testemunhos patrimoniais da honra de ser Campeão do Mundo, desde as duas taças conquistadas em Tóquio, até ao carro que ficou como terna e curiosa recordação. Daí ter ficado o carro, que esteve na loja e agora está no museu. Bem no seu interior, depois de na entrada, entre as diversas estátuas (em tamanho real) de treinadores e atletas do clube, até haver uma, a do treinador da Liga Europa de 2011, André Villas-Boas, apontando o mundo ali dentro existente.
Assim… Havia um Toyota Carina II pendurado na Loja do
Estádio do Dragão – FC Porto Store. Carro que agora, finalmente, está no Museu do
FC Porto. Cuja história recordamos, para explicar e preservar a memória desse
carro, um Toyota Carina II GL que esteve pendurado no teto da loja anexa ao
Museu do Estádio do Dragão. Não como um troféu automóvel no habitual sentido da
expressão. Tratando-se, neste caso, de um autêntico carro, de marca Toyota Carina
II GL que é mesmo um troféu no sentido afetivo, dizendo respeito ao prémio
atribuído ao jogador argelino do FC Porto, Rabah Madjer, por ter sido
considerado o melhor jogador da Taça Intercontinental de 1987, também
conquistada pelo clube «azul e branco» no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão.
Final essa disputada entre o FC Porto e a equipa uruguaia do Peñarol que a
equipa portuguesa venceu por 2-1, com golos de Fernando Gomes e do próprio
Madjer. A final da Taça Intercontinental de 1987 disputada sobre um inesperado
manto de neve, que a tornou ainda mais célebre, pelas dificuldades superadas e
imagens eternas desse cenário branco, que o Toyota vermelho entregue a Madjer,
no final, contrastou alegremente com as cores azuis e brancas da vitória.
Tendo Madjer posado diante de um exemplar desse carro e recebido uma chave
simbólica em tamanho grande, para depois a entrega se efetuar no regresso.
Ora, desse facto, veio depois o carro. Por fim entregue pessoalmente pelo representante oficial da mesma marca automóvel em Portugal. Sendo que esse prémio de melhor em campo era um Carina vermelho, mas Salvador Caetano teve o bom senso de pensar numa cor mais neutra, entregando um de cor cinzenta. O carro, entregue com pompa e circunstância a todo o plantel numa cerimónia na Exponor, chegou a circular durante alguns anos, primeiro como veículo ao serviço do clube, mais tarde nas mãos do próprio Madjer, que o conduziu no período em que foi treinador dos juniores. Ora, esse modelo também considerado um dos porta-estandartes da marca nipónica na década 80, o Toyota Carina II oferecido ao jogador do FC Porto, transformar-se-ia, com o decorrer dos anos, num objeto mítico para o clube.
Armando Pinto
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terça-feira, 10 de setembro de 2024
Entre curiosidades – de vez em quando… Vitória do FC Porto sobre o Benfica e conquista da Taça Cidade de Viseu em 1944 – na estreia de Octaviano no FC Porto !
A 10 de setembro de 1944 (faz agora 80 anos, em 2024) o FC Porto derrotou o Benfica por 4-3 em jogo festivo disputado em Viseu e assim ganhou a Taça Cidade de Viseu. Tendo na revista Stadium do dia 13 seguinte, em “Acontecimentos da Semana” dessa publicação de Lisboa, sido publicadas umas linhas a focar o acontecimento, cujo teor merece fixação pelo que transmite desse tempo de advento dos campeonatos regionais e imediato Campeonato Nacional, à época. Conforme se pode ler, em transcrição através dessa parte.
Estava a então temporada ainda em período de defeso, antes do início dos campeonatos regionais, de onde se apuravam os classificados para a fase seguinte do Campeonato Nacional. Num período em que por esses dias havia falecido Eduardo Pinto Basto, um dos pioneiros do futebol em Portugal e irmão de Guilherme Pinto Basto, considerado o introdutor do futebol em terras de Portugal. Enquanto no FC Porto estava ainda a ser ultrapassada a marca dos 4.000 sócios, nessa era em que os clubes desportivos em Portugal se começavam a afirmar e a ganhar adeptos através do ciclismo, que passava à maioria das terras pelo país, além das visitas onde fossem convidadas as equipas principais de futebol dos clubes de maior nomeada. Como aconteceu no caso em apreço, ao correr do início de setembro de 1944, nesse jogo inserido no cartaz da Festa de Viseu e jogado no Estádio do Fontelo. Em cuja realização o jogo serviu para a estreia de Octaviano no FC Porto, também, jogador que até assinalou esse seu primeiro jogo vestido de azul e branco com dois golos da sua autoria.
Na imagem, a partir da esquerda, em cima - Guilhar, Camilo, Barrigana, Nano, Romão, e Octaviano; em baixo - Araújo, Gomes da Costa, Lourenço, Pinga e Catolino.
Octaviano, que jogara no Sporting das Caldas e depois na Académica de Coimbra, ingressara então no FC Porto para integrar o plantel portista a partir da época de 1944/45 (tendo-se mantido seguidamente nas fileiras azuis e brancas até 1947). Havendo assim jogado ao lado de grandes valores desses tempos, como Pinga, Araújo, Gomes da Costa, Correia Dias, Lourenço, Catolino, Guilhar, Pocas, Camilo, Barrigana, Nano, Romão, etc.
Na imagem, a partir da esquerda, em cima - Guilhar, Pocas,
Romão, Barrigana, Otaviano e Alfredo Pais; em baixo - Franco, Araújo, Correia
Dias, Pinga e Catolino.
Ora, nesse jogo, quando começavam a ser mais apreciados os
desafios entre o FC Porto e o Benfica, de modo que foram esses dois representantes
do Sul e do Norte a abrilhantar o programa da festa anual de Viseu, o FC Porto
saiu então vencedor com dois golos de Otaviano, um de Faria e outro de
Lourenço. E veio para o Porto a Taça Cidade de Viseu, que durante anos esteve
bem exposta nas diversas versões das antigas salas-museu do FC Porto e no atual Museu FC Porto By BMG, depois da mudança das Antas para o Estádio do Dragão, ficou em armazém durante a anterior administração, mas deverá ainda ser visível futuramente, logo que haja possibilidade de colocação à vista de todo o acervo patrimonial do clube. Sendo esse acontecimento deveras apreciado memorialmente, a pontos que consta na Tábua Biográfica do livro "Fotobiografia do FC Porto", a célebre obra, escrita e publicada por Rui Guedes, que desencadeou a verdade sobre a fundação do FC Porto.
Armando Pinto
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domingo, 8 de setembro de 2024
Efeméride da estreia de Fernando Gomes no Campeonato Nacional... em 1974!
A 8 de Setembro de 1974, na 1ª jornada do Campeonato da época de 1974/75, Gomes estreava-se no Campeonato, frente à CUF, com dois factos que se tornariam rotina: a vitória e os golos. No caso, os dois do triunfo, por 2-1. Depois de pouco tempo antes, no período de preparação, se haver estreado na equipa sénior do F C Porto durante o Torneio Início da Associação de Futebol do Porto, que então se disputava em tempo antecedente ao campeonato.
Com efeito, a estreia oficial de Fernando Gomes na equipa
principal do FC Porto, dera-se antes no Torneio Início da AF Porto. Como se
pode rever, a título de exemplo, por uma nota biográfica sobre Gomes, publicada
no jornal O Porto, em artigo da lavra de Telmo Esteves. Em cuja narrativa ficou
devidamente anotado o facto e tudo o mais decorrente, naqueles tempos iniciais
da carreira de Gomes.
Depois, então, após isso, com Gomes integrado no plantel do grupo sénior do FC Porto, entre os ex-juniores promovidos a seniores e ele de imediato a enfileirar junto aos titulares consagrados, Gomes surgiu já na equipa principal portista logo no primeiro jogo do Campeonato Nacional. Ficando isso para a história, autenticamente.
Facto marcante, o que se recorda na efeméride respetiva, quanto à histórica ocorrência de 8 de setembro, sobre a primeira vez de Gomes no campeonato maior de Portugal, respeitante ao aparecimento ao mais alto nível desse então jovem avançado, goleador em escalões jovens e já internacional com boa conta de golos em seleções de outros escalões, que então passou a representar o F C Porto na equipa principal. Era o começo da carreira futebolística desse que veio a ser histórico goleador do F C Porto, o "Bibota" do futebol europeu.
Nota Bene: Ilustramos esta pequena nota recordatória com uma foto da capa da edição nº 1 da revista Seleções Desportivas, e uma outra da revista Ídolos dedicada ao Gomes, ambas da coleção do autor, tal como conjuntos de adereços vários; e uma imagem coeva do jornal O Porto, respigada da página do Museu F C Porto.
Armando Pinto
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Efeméride da conquista do Trofeu Luis Otero em Espanha pela 2.ª vez - em 1964
A seis de setembro de 1964 o FC Porto venceu em Espanha o V Trofeu Luis Otero, derrotando o Pontevedra por 2-0. Reeditando então a anterior vitória de 1962, nesse prestigiado torneio galego – assim chamado em homenagem a um antigo futebolista com esse nome, natural de Pontevedra e iniciado no Pontevedra (clube), depois saliente como jogador de outras equipas da Galiza, sobretudo Celta de Vigo e Corunha, que de permeio representou Espanha na seleção que ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Verão de 1920.
Recuando no tempo, entre lembranças memorandas de tempos idos, no início de setembro de 1964, em pleno primeiro domingo desse mês de transição entre o final do verão e aproximação ao outono, o FC Porto voltava a conquistar o então afamado Torneio de Pontevedra do Trofeu Luis Otero, assinalado com grande e vistosa taça em disputa. Um dos torneios internacionais que ao tempo se realizavam na fase de pré-época do futebol, disputado no norte peninsular, entrando pelo território espanhol em plena Galiza. Culminado perante brilhante triunfo da equipa principal do futebol portista, nesse tempo ainda de preparação para a época que se avizinhava. Numa fase da temporada desenrolada ainda sem competições oficiais, quando já se aproximava a entrada nas competições internacionais, ainda sem se ter dado início ao Campeonato Nacional (que se iniciaria depois em Outubro). Ou seja, com esse torneio espanhol a servir de preparação com vista à eliminatória com o Lyon de França, para a Taça das Taças, que se seguiria e depois felizmente ficou nos anais históricos com a primeira vitória portista em provas europeias oficiais.
Ocorreu então a segunda conquista do Trofeu Luis Otero no primeiro domingo de setembro de 1964. Vindo assim a talho de foice essa lembrança, a fazer lembrar o dia santificado da mudança do ambiente por esses idílicos anos sessenta.
Na calha desta remembrança e porque, antes dessa vitória de 1964, o FC Porto havia vencido em 1962 a 3ª edição do mesmo torneio, junta-se nesta evocação imagens conjuntas das duas edições em que o FC Porto levantou tal grande trofeu em terras de Nuestros Hermanos.
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quinta-feira, 5 de setembro de 2024
Recordações do 1.º jogo de futebol feminino no Estádio do Dragão – no Museu do FC Porto!
No domingo dia 1 de setembro pela primeira vez houve um jogo
de futebol feminino à porta aberta no Estádio do Dragão e logo com uma grande
casa, batendo o recorde nacional de assistência de público em jogos de futebol
de mulheres. Na quarta-feira seguinte, dia 4, foram colocados no Museu do FC
Porto alguns objetos de recordação desse prélio histórico, a assinalar devidamente
o acontecimento. Tendo então havido uma visita das intervenientes desse mesmo
jogo ao próprio Museu do FC Porto By BMG, para verem e sentirem como estão já
na História do Clube.
Tudo isto junto, assim, num encontro assinalável da mística
portista, do passado recente com o presente e futuro.
É esse, assim mesmo, um facto histórico já carregado de
memória e como tal merece figurar entre Memórias Portistas, a fazer memória
agora para sempre.
Com efeito, a partir de agora no Museu do FC Porto já está
em exposição um conjunto de memórias do encontro de apresentação da equipa
feminina do FC Porto, disputado com a congénere equipa do União de Leiria no domingo
primeiro de setembro, em pleno Dragão e que levou ao principal recinto do
futebol do FC Porto a assinalável moldura humana de 31.093 pessoas, número que
passou a ser recorde nacional. Tendo ficado de agora em diante no museu a ficha
do jogo, através da folha de papel impresso e anotado com os dados respetivos,
mais o galhardete do jogo, autografado por todas as jogadoras, e a camisola
da marcadora do 1.º golo do jogo e consequentemente primeiro golo de futebol
feminino marcado no estádio do Dragão, da autoria da Matilde Vaz. Lá figurando
assim a camisola em posição de se ver o seu nome estampado nas costas, Matilde.
(Um nome bonito, por sinal, e especial também aqui para o autor destas linhas, sendo que
foi e é nome que tenho sempre na cabeça, o nome da minha Mãe.)
= A capitã da equipa e primeira jogadora contratada e inscrita pelo Clube no plantel sénior, Cláudia Lima; e a marcadora do 1.º golo de mulheres no estádio do Dragão, Matilde.
Ficaram então esses itens memoriais expostos no local das
apresentações, no espaço nobre entre os trofeus mais importantes do futebol nacional e internacional conquistados pelo FC Porto (segundo se viu pela reportagem televisiva do Porto Canal). Mas claro que
depois irão ficar em espaço apropriado a fazer companhia a outros do historial
portista. Acrescentando assim mais objetos de valor e estimação ao grande museu
do FC Porto, onde logo que seja possível concerteza irão sendo colocados outros
que foram ficando anteriormente em armazém, porque tudo o que faz parte da
memória portista tem o mesmo valor. Aliás como em tempos havia sido prometido
pelo anterior presidente da Direção e SAD, planeando a criação duma Cava do
Dragão, para aumento ao espaço museológico e colocação de tudo o que existia guardado em arrecadações, algo que acabou por entretanto ter ficado
no esquecimento anos a fio. Embora presentemente com as dificuldades deixadas precisamente
pela anterior administração, tenha de haver prioridades e, tal como Roma e
Pavia se não fizeram num dia, o futuro terá de ir sendo feito dentro das
possibilidades e bom planeamento. Enquanto já foi feito mais em pouco tempo, que anteriormente em alguns anos, afinal.
Está pois mais enriquecido o Museu e o espólio que o estádio
do Dragão acolhe. Ombreando o caso do 1º golo duma jogadora no Dragão, a 1 de
setembro de 2024, no primeiro jogo de mulheres na casa-mãe do FC Porto, com o
ocorrido anos antes, quando na inauguração do estádio, a 16 de novembro de
2003, houve o que ficou a ser o 1.º golo marcado no Dragão, esse da autoria do
Derlei. Fastos dignos de apreço. Tal como, por exemplo, no antigo estádio das
Antas havia um quadro com a fotografia do Vital, autor do 1.º golo do FC Porto
naquele mítico estádio em 1952, entre outros quadros com fotos de grandes
atletas colocados no espaço nobre do “hall” de acesso aos balneários (como
também ao túnel de ligação ao relvado e alguns departamentos). Porque a riqueza
memoranda dum grande clube, como o FC Porto, conta muito em fixar à posteridade
tudo o que enobrece o património físico e humano da Alma Clubista.
Armando Pinto
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segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Recordando... a Festa de Despedida do guarda-redes "Baliza de Prata" Américo - a 2 de setembro de 1969
Entrado setembro no
calendário, passa no dia 2 a efeméride da despedida oficial de Américo,
ocorrida ao segundo dia do nono mês do ano, em 1969. Memória que tem
pertinência de ser lembrada, neste mesmo mês de setembro de 2024 em que dia 22
faz um ano que faleceu esse mesmo que foi o grande guarda-redes Américo Lopes.
Américo foi guarda-redes do FC Porto entre 1950/51 a 1969. Primeiro nos juniores portistas e a partir de 1952/53 nos seniores. Tendo no plantel principal inicialmente estado como suplente de Barrigana, com o serviço militar pelo meio a interomper a carreira por dois anos em que não jogou, voltando depois para jogar nas Reservas (equipa B), de permeio com uma época emprestado no Boavista, e depois voltando como suplente de Acúrcio; até que em 1961/62 ganhou o lugar principal e desde aí ficou como guarda-redes nº 1 do FC Porto. Tendo acabado a carreira em 1969 por motivo de forte lesão num joelho.
O joelho que o traíra aos 36 anos, permitiu-lhe apenas um minuto na baliza do FC Porto no jogo da festa de despedida (que o Porto perdeu por 3-0, com Aníbal na baliza). Das bilheteiras levou 300 contos – e não, nessa tarde, Américo não teve, consigo o Eusébio (foi a sua única «desolação»). Ele, o Eusébio, andava, ainda, em arrastadas negociações com Borges Coutinho, o presidente benfiquista – e em A BOLA do dia 4 de setembro de 1969 (onde se travava em óbvio destaque a «homenagem a Américo») a manchete fez-se com Eusébio...»
Particularidades da vida de Américo Ferreira Lopes:
- Nacionalidade Portuguesa.
- Natural de Santa Maria de Lamas, do concelho nesse tempo chamado Vila da Feira e hoje Santa Maria da Feira, nasceu a 27 de fevereiro de 1933 (embora fosse e ficasse registado como nascido a 3 de março – conforme foi assim indicado e anotado oficialmente, por via de não pagamento de multa, como ao tempo acontecia quando se procedia ao registo civil fora de prazo legal).
- Filho de Manuel António Lopes e D. Saladina Ferreira de Melo.
- Irmãos: 3 raparigas e um rapaz.
- Casado com D. Arminda Ferreira Couto.
- Clubes representados: União de Lamas (no início de carreira), FC Porto (nos juniores desde 1951, tendo jogado ainda parte da época 1950/51 e já toda a de 1951/52; e a partir de 1952, desde a época de 1952/53, já nos seniores), depois Boavista, de permeio (1 época, por empréstimo, em 1957/58 - continuando a pertencer ao FC Porto), e de novo e por fim o FC Porto (até 1969, terminando ao final da época de 1968/1969
Títulos conquistados: Nos seniores e equipa de honra de FC Porto - 1 Campeonato Nacional da 1ª Divisão (de 1958/1959); 1 Taça de Portugal (1967/1968); 7 Taças Associação de Futebol do Porto (Anos 60), mais alguns torneios, como por exemplo o Trofeu Luis Otero, em Pontevedra, e o Trofeu Corpus Christi em Ourense, ambos na Galiza-Espanha. E quando junior no FC Porto - 2 Campeonatos Regionais de Juniores.
- Internacionalizações: Foi "Internacional" 16 vezes pela chamada Seleção Nacional, sendo 1 na B e 15 na A (além das diversas vezes que foi selecionado mas esteve como suplente não utilizado). Havendo jogado pela seleção B contra a Bélgica e pela A com a Suíça, Bélgica, Argentina, Inglaterra, Brasil (2 vezes), Roménia (2), Itália, Suécia, Noruega (2), Bulgária (2) e Grécia. Isso em tempo de poucos jogos das seleções portuguesas (quão só por uma vez houve apuramento para fases finais e tal aconteceu para o Mundial de 1966 - em cuja fase em Londres Américo ficou de fora, pela proteção aos do sistema BSB – tendo mais tarde o selecionador reconhecido o erro, pois com Américo Portugal poderia ter conseguido muito mais que o 3º lugar obtido).
- Distinções Desportivas: Baliza de Prata” (da Agência Portuguesa de Revistas, por ser o guarda-redes com menos golos sofridos no Campeonato Nacional de 1963/64, “Óscar da Quinzena” (da RTP), em 1964; “Prémio do jornal O Porto”, 1965; “Troféu Pinga”, em 1966 (máximo galardão do FC Porto, antecessor do Dragão de Ouro); “Medalha de Ouro Ao Mérito” da Federação Portuguesa de Futebol (por ter feito parte dos 22 Magriços na campanha do Mundial de 1966); “O Melhor do Ano” (escolha do programa radiofónico “Escolha o seu Ídolo”), em 1967; “O Melhor Desportista do Ano”, do jornal O Norte Desportivo, 2 vezes, em 1967 e 1968; "Prémio Imprensa", da Casa de Imprensa de Lisboa; “Prémio Somelos-Helanca”, do jornal A Bola, em 1968; “Dragão de Ouro-Recordação”, em 2017.
- É uma das lendas do grande clube FC Porto, com placa alusiva no passeio da fama junto ao pavilhão Dragão Arena...
- Cidadania e Distinção Social: Depois de acabar a carreira de Desportista, como cidadão foi Presidente da Junta de Freguesia de São Paio de Oleiros (concelho da Feira), sua terra de residência (desde 1957), escolhido em 1976 como 1º Presidente eleito, ou seja após o 25 de Abril de 1974, e depois reeleito, tendo exercido como responsável autárquico o cargo de representante máximo dessa freguesia durante dois mandatos, em 6 anos (sendo que ao tempo cada Exercício era de 3 anos). Sucedendo mais tarde ter sido distinguido por seus serviços com a Medalha de Mérito da Vila de São Paio de Oleiros - Grau Máximo - Medalha de Ouro, na respetiva edição de 2015.
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Na página informática do FC Porto, fcporto.pt, fica registado: « No FC Porto, clube que ajudou a conquistar uma edição da Liga portuguesa e outra da Taça de Portugal, foi galardoado com o Troféu Pinga, em 1966, e com o Dragão de Ouro de recordação do ano, em 2017. Pela seleção de Portugal, participou em 15 jogos e integrou o plantel que participou no Mundial de 1966, em Inglaterra.
Em casa, era “tudo azul” como confessou numa entrevista ao Maisfutebol, em 2017. Até a chupeta que usava quando era bebé, não fosse o clube que viria a representar com enorme devoção “o maior amor” da vida: “A minha chupeta era azul e branca (risos). O meu pai tinha uma empresa de cortiças e já era portista. Portanto, está a ver, não tive hipóteses. O FC Porto é o maior amor da minha vida, juntamente com a minha esposa”.
Realista e terra-a-terra, era reconhecedor do próprio talento e do percurso imaculado que havia cumprido de azul e branco. “Olho para trás e sei que era bom”, referiu na mesma ocasião, antes de fundamentar: “Era corajoso, mergulhava aos pés dos avançados, metia a cabeça onde eles metiam as botas. Fui um dos melhores da minha geração, se calhar o melhor”.»
E era mesmo!
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- Armando Pinto