Decorre por estes dias mais uma edição do Campeonato Europeu de seleções de hóquei em patins, prova este ano organizada em Portugal e com lugar na área nortenha, em disputa na zona do Vale do Sousa, mais precisamente em Paredes. Uma competição com cariz internacional, de cartaz nessa modalidade com fortes tradições portuguesas, como é por demais sabido.
Entre as expetativas, precisamente pelos pergaminhos granjeados por Portugal nesse desporto dos patins de rodas, enquanto se vislumbra possibilidades da reconquista do cetro europeu, há a particularidade do F. C. Porto estar representado em quantidade e qualidade na equipa representativa das cores nacionais, a evoluir nesta 50ª edição do respetivo Europeu. Sendo tal honra através da participação de Reinaldo Ventura, um valor já enraizado de aléu bem firme na mística Portista, mais Ricardo Barreiros, Helder Nunes, dois novos elementos do F. C. Porto, e Jorge Silva, regressado para esta época ao seio da equipa azul e branca (além de também estar na mesma seleção o Gonçalo Suíssas, até agora jogador do F. C. Porto).
= Reinaldo Ventura =
Dos atletas que este ano empunham o “stick” ao serviço de Portugal, Reinaldo Ventura é o mais internacional dos dez hoquistas escolhidos pelo selecionador Rui Neto. Revelando-se um carismático membro do conjunto dos valores referenciais em tal modalidade do aleu, pois que o hóquei se distingue pelo pau moldado (o “stick”, também referido por stique, retirando a primeira letra, em aférese de estique) com que é jogada a bola, qual arma de defesa e arremesso que no extremo curvo exige engenho e arte no domínio da pequena bola e potência do remate.
Chegado a este passo, patinando no tempo, verifica-se assim que Reinaldo Ventura enfileira no rol de grandes nomes, dos quais Tó Neves, Vitor Hugo I e Cristiano ainda detêm, por ora, maior número de internacionalizações entre hoquistas que pertenceram ao F. C. Porto.
= Cristiano =
Calha a preceito, então, referir esse aspeto das internacionalizações, pela seleção portuguesa, estando até ao começo do Europeu, em curso, o Reinaldo com 134 jogos pela equipa das quinas, enquanto Ricardo Barreiros conta com 93 internacionalizações, antes de passar a representar o F. C. Porto, ficando então, a partir da sua 94ª prestação por Portugal, a incluir a galeria dos hoquistas internacionais Portistas; tal como Helder Nunes se estreia, agora, na equipa portuguesa principal já como Dragão.
Ora é honrosa a lista dos internacionais de hóquei em patins que vestiam a camisola do F. C. Porto aquando da sua inclusão nas nacionais seleções federativas. Como, num breve relance, recordamos, pelos nomes:
Acúrcio, João de Brito, Cristiano, José Castro, Carlos Chalupa, Domingos Guimarães, Domingos Carvalho, Vitor Bruno, Vítor Hugo (o mais antigo, Vitor Hugo Barbosa Carvalho Silva, visto o mais recente embora já sendo internacional, ainda não o ter sido, por ora, enquanto hoquista do F. C. Porto), António Vale, António Alves, Carlos Realista, Paulo Alves, Tó Neves, Pedro Alves, Franquelim Pais, Filipe Santos, Ricardo Geitoeira, Ricardo Figueira, Reinaldo Ventura, Caio (Ricardo Oliveira), Gonçalo Suíssas, Nelson Magalhães, André Azevedo, Ricardo Barreiros, Jorge Silva e Hélder Nunes, em seniores; e outros só em juniores, como o caso de Fernando Barbot, António Júlio, João Paulo Barbot, Rui Fernandes, Paulo Castanheira, Nelson Pereira, Óscar Pereira, Telmo Pinto, etc.
= Quinteto (de quatro hoquistas e o massagista) representantes do F C Porto que integraram a seleção campeã europeia de juniores em Vigo. =
Desses sucessivos fastos, particularizamos os casos mais salientes:
- Acúrcio, primeiro internacional de hóquei do F. C. Porto, foi internacional por 12 vezes e marcou 8 golos ao serviço de Portugal.
- Cristiano Joaquim Marques Trindade Pereira, foi internacional junior por 17 vezes, em cujo escalão marcou 28 golos pela respetiva seleção; e pela seleção de seniores foi internacional mais 151 vezes, marcando 189 golos, o que totaliza 168 internacionalizações e 217 golos marcados por Portugal.
= Cristiano, com a camisola da seleção portuguesa no Europeu de seniores que ajudou a conquistar em 1971 (sendo autor de dois golos importantes na decisiva vitória diante da Espanha por 4-2) =
- Vitor Hugo Barbosa Carvalho Silva teve 29 internacionalizações como júnior, tendo obtido 66 golos ao serviço da seleção dessa categoria; seguindo-se nos séniores 122 jogos pela seleção principal portuguesa, pela qual marcou 195 golos; somando um total de 151 internacionalizações e 261 golos com o emblema de Portugal ao peito.
= Vitor Hugo =
- António José Pedroso Silva Neves (Tó Neves), por seu turno,
teve 7 internacionalizações em Juvenis, com 10 golos apontados; mais 8 presenças e 5
tentos convertidos na seleção de juniores, e depois 172 vezes pela seleção
senior, na qual marcou por 232 vezes também, o que soma assim um total de 187 internacionalizações
e autoria de 247 golos.
- Reinaldo Miguel Silva Ventura foi internacional em Juvenis por 7 vezes, marcando 31 golos, enquanto pela selecção junior somou mais 13 internacionalizações e 30 golos; ao passo que nos seniores já vai nas 134 internacionalizações, até ao início do Europeu de Paredes / 2012. Ainda com pecúlio a somar, e, consequentemente, muitos mais golos que, como se deseja, ajudarão Portugal a conseguir mais um título.
Armando Pinto
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Nota: Relacionado com o tema, na conjugação com a atual composição do plantel e consequentemente anotando a entrada dos novos reforços, recorde-se o que ficou postado em anterior "Sticada...",
aqui.
A. P.