Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 29 de novembro de 2015

Do Troféu Pinga ao Dragão de Ouro


O pavilhão Dragão Caixa acolhe na noite desta segunda-feira de fim de Novembro a gala dos Dragões de Ouro 2015. Em mais uma noite de “glamour” que se presta a honrar gente do F C Porto que se distinguiu em diversos campos da vida clubista. Cujo reconhecimento dentro do Futebol Clube do Porto desde os anos oitenta consiste na atribuição do Dragão de Ouro, galardão simbólico que substituiu o anterior Troféu Pinga.


O cerimonial que está subjacente a essa sessão solene diz sempre muito ao universo portista, mesmo a quem apenas siga o espetáculo pelos meios de difusão, sendo como é importante tudo o seja Porto para quem o F C Porto é algo especial, algo que faz pulsar com intensidade o próprio sentimento duma realidade que sensibiliza intimamente, quanto se relacione, represente e sintetize o F C Porto.

O caso, da atual existência do troféu Dragão de Ouro, leva ainda a que não se deva esquecer a anterior essência do antecessor Trof'éu Pinga, que consubstanciava no referencial desse grandioso ídolo do passado, o futebolista Pinga, o próprio Portismo, agora representado na figura emblemática do mítico Dragão do distintivo portista.

Simbologias e honrarias essas que sempre quizeram significar e ostentam que todos os que são e estão no F C Porto devem honrar o F C Porto porque o F C Porto os contempla!

O Troféu Pinga era atribuído à responsabilidade da Comissão Pró-Sede (formada para angariação de fundos tendentes à possível edificação dum edifício para sede social do clube), ao tempo com funções dum conselho de iniciativas e organizações culturais. Tendo o referido troféu sido instituído a partir de 1964, após o falecimento de Artur de Sousa Pinga. Para galardoar atletas das modalidades diversas do ecletismo do clube. Enquanto o Dragão de Ouro, criado em 1985, é uma das atribuições das atividades do Conselho Cultural do F C Porto, com vista a reconhecer personalidades e figuras das várias valências portistas, quer desportistas, como também dirigentes, agentes e até parceiros com devidos préstimos, entre ações de mérito.

No Museu do F C Porto lá estão, em lugar de relevo, entre símbolos de distinção, lado a lado, o Trofeu Pinga e o Dragão de Ouro. Na mesma vitrina, do Museu F C Porto by BMG, em que também têm lugar distintivos de honra, como as rosetas de agraciação aos sócios com as somas dos anos de filiação correspondentes.

Para recordar e de algum modo fixar memória do Troféu Pinga, juntamos recorte literário duma crónica historiadora do percurso das atribuições do mesmo trofeu - através de texto constante da publicação “A Vida do “Grande Clube Nortenho (2)”, volume 2 editado em 1978 pela coleção Seleções Desportivas. Embora sem conter informação total, não contemplando todo o respetivo historial (vendo, por exemplo, do que nos lembramos, que não inclui os anos das entregas ao ciclista Mário Silva, ao futebolista Custódio Pinto, ao hoquista Cristiano e outros nomes dos mais que também receberam esse galardão máximo portista).


Como homenagem aos antigos nomes sonantes que tiveram a honra da atribuição do Troféu Pinga, juntamos recortes com imagens correspondentes ao “Magriço” Alberto Festa e ao hoquista Cristiano Trindade Pereira, em ilustração desses tempos.


Vestindo agora fato de gala, o F C Porto volta a agraciar mais nomes que honraram o clube, na atualidade, com o Dragão de Ouro. Ficando no sentimento coletivo de quem sente o F C Porto que essa gratidão seja reconhecida e compensada também por quem representa o F C Porto e deverá sempre dar tudo e mais alguma coisa em prol do mesmo grande F C Porto, para que o F C Porto tenha o hino atualizado, como Campeão.


Armando Pinto
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sábado, 28 de novembro de 2015

Virgílio: Um Senhor da História do F C Porto !!!



Tal como tem sido referido sobre alguns dos mais célebres valores do F C Porto, desta vez relembra-se os primeiros pontapés, dados com a camisola portista vestida, de um outro antigo ídolo do F C Porto, o sempre lembrado Virgílio Mendes.

Assim, como também é evocado no “Dragões Diário", faz anos nesta data, remontando a 1947, que com 20 anos então acabadinhos de fazer, se estreava pelo FC Porto Virgílio, «o primeiro jogador a ultrapassar a barreira dos 400 jogos com a camisola do FC Porto (pararia nos 436). Conhecido por leão de Génova, conquistou quatro títulos e jogou 39 vezes pela seleção nacional. Faleceu em 2009 mas ficará para sempre como um dos criadores da mística do FC Porto».

Virgílio Marques Mendes foi um senhor na História do F C Porto, como grande futebolista, primeiro, depois como treinador nas camadas jovens e inclusive da equipa sénior quando foi necessário, e por fim responsável do Lar do Jogador, na versão mais recente já como Casa do Dragão. Sendo um personagem histórico sempre lembrado. Tendo, como tal, neste espaço entretanto merecido diversas referências, através de artigos e respigos vários. Nunca sendo demasiado trazer acima sua memória. Assim, como homenagem de recordação, na oportunidade desta ocasião, juntamos aqui e agora imagens de cromos do seu tempo de jogador, de arquivo do autor, tal como uma ficha da coleção ídolos, relativa a esse grande nome do F C Porto.


Virgílio Marques Mendes, o sr. Virgílio Mendes, o "Virgílio do Porto", faleceu em Abril de 2009. Segundo foi publicado na ocasião, a Direção do FC Porto queria que fosse sepultado no Mausoléu do FC Porto, de modo a ficar junto com Pedroto, Pavão, Pinga, Siska, Soares dos Reis e todos os outros das Estrelas do FC Porto que ali repousam. Mas a família, em seu pleno direito, naturalmente, preferiu que ficasse junto aos seus, em jazigo da própria família, passando a repousar no cemitério nº 1 da Póvoa de Varzim. 

Que descanse em paz, enquanto na terra continuará sempre a ser constante recordação na memória portista.

Armando Pinto
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domingo, 22 de novembro de 2015

Recordando Pinga, a propósito da efeméride da sua Estreia no F C Porto


Os grandes nomes não podem nem devem ser esquecidos. Contando, no caso em apreço, que o clube F C Porto esteja sempre acima de tudo. Como apoiantes que os simpatizantes portistas normalmente são do clube, e tendo os nomes dos desportistas valorosos como referências. Tal o caso de Pinga, um verdadeiro ícone da memória azul e branca. Que merece um lugar de honra no coração da História Portista.

Pinga! Artur de Sousa, mais conhecido por Pinga, apelido provindo de sua terra, desde a Madeira onde nasceu e tem nome numa rua, sendo assim honrado na toponímia de seu rincão natal. De onde rumou um dia ao F C Porto.


«Há 85 anos estreava-se com a camisola do FC Porto uma das maiores lendas do nosso clube. Regularizada a transferência do Marítimo, Pinga jogava pela primeira vez frente ao Boavista, numa vitória gorda por 10-2, tendo marcado um golo. Era o início de uma longa história de amor, que durou 15 épocas, em 314 jogos.»

Assim refere “ Dragões Diário”. Dando oportunidade de se recordar esse grande futebolista que em seu tempo era considerado o melhor e por muitos ainda é apontado como um dos melhores de sempre, pelo menos. O nome que em tempos idos mereceu dar nome ao galardão de reconhecimento portista, o "Troféu Pinga", antecessor do "Dragão de Ouro".


Pinga jogou num tempo em que os jogos oficiais eram em muito menor número que nos tempos que se lhe seguiram, quase sem comparação às épocas recentes de grande abundância de competições, mas mesmo assim ainda figura em muitas estatísticas e marcas entretanto perduráveis.

Em honra de seu valor e na ideia da estimação que deve merecer, juntamos alguns recortes de publicações que ilustram o seu percurso e a cotação que teve e ainda se mantém na verdadeira história do desporto nacional.


Armando Pinto


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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Carlos Pereira – célebre médio da “Linha Maginot”, contemporâneo e conterrâneo de Pinga.


A 19 de Novembro de 1933, faz agora 82 anos, «estreava-se com a camisola do FC Porto Carlos Pereira, um médio descoberto no Marítimo após um jogo com o Sporting em que se exibiu em grande nível. Pereira depressa se tornou um dos grandes médios da história do FC Porto – e não são poucos, como sabemos – tornando-se o centro de comando do célebre trio de centrocampistas conhecidos como Linha Maginot (…), por onde nada passava e tudo se construía. Carlos Pereira fez 198 jogos pelo FC Porto, tendo-se sagrado tricampeão português, a que juntou o último campeonato de Portugal.»

Ora, Carlos Pereira, que junto com Anjos Pocas e Francisco Ferreira, formou a célebre linha média que separava a defesa do ataque conhecida por “Linha Maginot”, foi um internacional portista madeirense que deu cartas em Portugal continental, quando da sua Madeira para o continente era preciso comunicar mais por carta, em correio vindo a vapor, como se dizia, nos navios a vapor, de carreira.

Quanto a isso e muito mais, sobre a sua carreira desportiva, palmarés e quanto à tal celebrizada linha, deixamos à consideração alguns excertos documentais: primeiro do trabalho de Rodrigues Teles sobre os Internacionais do F C Porto (publicado em finais dos anos sessentas, aquando da colocação da galeria de retratos respetivos na antiga sede do F C Porto da baixa da cidade); e depois com respigos da rubrica Imortais (da interessante série com esse nome, iniciada na revista Dragões em Janeiro de 2014).



ARMANDO PINTO

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Alegria – uma música e canção da 1ª noite do Dragão… (Alegria by Cirque du Soleil)


Pois… a 16 de Novembro de 2003, na noite de estreia, durante o cerimonial e entre os números do espetáculo da inauguração do estádio do Dragão, fez companhia aos ouvidos, a compor o ambiente, uma alegre e majestosa canção, “Alegria”, ouvida pela aparelhagem sonora do estádio. Uma forte melodia que calhou a preceito, entremeando com o Hino do F C Porto e a canção heroica dos Filhos do Dragão, também.

Canção aquela, a Alegria, do chamado Cirque du Soleil, que nos ficou no ouvido... e nas recordações dessa fantástica noite.

Como a canção é cantada em língua estrangeira, embora se entendesse logo o seu significado, afixamos aqui a tradução, para vincar a correspondente mensagem:

Alegria

Alegria
Como um lampejo de vida
Alegria
Como uma gritaria louca
Alegria
De um delituoso grito
Duma bela e intensa pena
Serena
Como a raiva de amar
Alegria
Como um ataque de alegria

Alegria
Vejo uma fagulha de vida brilhando
Alegria
Escuto um jovem menestrel cantando
Alegria
Belo e intenso grito
De alegria e arrependimento
Tão extremo
Em mim há um amor furioso
Alegria
Um alegre
E mágico sentimento

Alegria
Como um lampejo de vida
Alegria
Como uma gritaria louca
Alegria
De um delituoso grito
De bela e intensa pena
Serena
Como a raiva de amar
Alegria
Como um ataque de alegria

Do grito criminoso
Bela e intensa pena
Serena
Como a raiva de amar
Alegria
Como um ataque de alegria

Alegria
Como a luz da vida
Alegria
Como um palhaço que grita
Alegria
Do estupendo grito
Da louca tristeza
Serena
Como a raiva de amar
Alegria
Como um ataque de felicidade

Do estupendo grito
Da louca tristeza
Serena
Como a raiva de amar
Alegria
Como um ataque de felicidade

Em mim há um amor furioso
Alegria
Um alegre
E mágico sentimento

((( Clicar na seta central, em cima, para aceder ao vídeo )))

ARMANDO PINTO


12º Aniversário da Inauguração do Estádio do Dragão


Faz nesta data doze anos o novo estádio do F C Porto. Perfazendo assim uma dúzia de anos desde que, a 16 de Novembro de 2003, se realizou a inauguração solene do Estádio do Dragão.

O Estádio do Dragão, substituto mais avantajadio do velhinho, histórico e muito querido Estádio das Antas, é na verdade uma maravilha em muitos aspetos e no próprio aspeto visual, em deslumbramento a nossos olhos e sentidos, mas também aos olhos estranhos, de quem tiver olhos de ver e sinceridade na cara. E pelo seu simbolismo também é uma maravilha da cidade do Porto e entre as construções grandiosas existentes no país, bem como pode ser considerado uma das maravilhas internacionais, estando avaliado como dos mais belos. Sendo que maravilhas públicas são aquelas que realçam, que comemoram e consubstanciam realidades fora do comum e exprimem avanços de algo universal da humanidade.

Com esse facto bem presente, assinalamos aqui mais um aniversário do nosso estádio atual. Desta feita de modo diverso a recordações rememoradas em anos anteriores.


Recordando com apreço esse dia em que, há doze anos também  estive lá, coloco aqui algumas imagens de afeto relacionado – como são alguns adereços e artefactos que foram cedidos para o nosso Museu, entre o que temos emprestado no Museu do F C Porto By BMG. E os bilhetes de ingresso, quer no Estádio do Dragão no mesmo dia da inauguração, como na posterior despedida do Estádio das Antas.


Comemoramos assim hoje a existência deste lindo estádio onde o F C Porto tem obtido muitas vitórias e dado grande felicidade a todos nós Portistas, num já extenso rol, metendo êxitos sobre grandes equipas e conquistas relevantes em títulos nacionais e eliminatórias internacionais, com expoente inesquecível no Momento K, o golo de Kelvin que, ao minuto 92, pôs de joelhos o simbolismo benfiquista.

Armando Pinto

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Nota: Para recordar anteriores referências aniversariantes ao Dragão... Clicar nos links:


A.P.

domingo, 15 de novembro de 2015

Bela Andrasik – um lendário e misterioso guarda-redes


Vivem-se tempos agitados da vida pública mundial, nos dias que correm, como aliás nunca deixou de acontecer no mapa mundi, embora de vez em quando com maior impacto. Tanto que sempre existiram pessoas especializadas nos meandros da luta tendente a procurar descobrir focos de jogadas de bastidores do mundo bélico. Isto dito assim num modo descritivo  suscinto dessas realidades, quanto é do conhecimento público.

Vem a propósito, então, recordar a passagem pelo desporto português, entre outros casos, de um personagem que ficou ligado ao futebol do F C Porto, na sua fixação temporária em território português, como foi Bela Andrasik. Um guarda-redes valoroso e vistoso, cujo percurso, segundo ficou a constar, parece que estava  inserido nesse círculo de vida político-social.

Andrasik foi um nome que chamava a atenção no estudo da história do F C Porto, pela forma engraçada de ser Bela Andrasik. O que na sua nacionalidade deveria ter melhor explicação, mas por cá qualquer coisa que seja bela  cativa mais. Já no plano clubista interessa que serviu o F C Porto com galhardia, que é o que melhor fica.

Fez parte do grupo do F C Porto que obteve galões de campeão nacional de 1939/40, num naipe de grande futebolistas (como é o exemplo do conjunto de meia dúzia deles que posaram para uma fotografia desse tempo, em  1940: Seis jogadores do Futebol Clube do Porto, que venceram o Campeonato Nacional de Futebol de 1940. De pé da esquerda para a direita: Bela Andrasik, Kordnya e Gomes da Costa. Agachados pela mesma ordem: António Santos(cap.), Petrak e Artur de Sousa “Pinga”).

Logo à chegada foi surpreendente a possibilidade que se deparou, na surpresa da vinda dum valor tão considerado como era. E depois, pela curiosidade de com as alterações saídas do pós-guerra ter passado a estar naturalizado como checoslovaco. Até que resoveu dar outro rumo à sua vida. Tendo entretanto «o guarda-redes do FC Porto, Bela Andrasik, húngaro de nascimento, desaparecido misteriosamente. Veio a saber-se depois que era um espião antinazi e que fugira de Portugal com medo que tal se descobrisse pela polícia secreta do regime de Salazar».

Curiosamente esse facto contribuiu para o aparecimento de Barrigana. Pois, com a inesperada falta de guarda-redes, o F C Porto resolveu ir buscar Barrigana, que ao tempo era suplente no Sporting, “tapado” pelo posto que Azevedo mantinha. E Barrigana no F C Porto conseguiu mostrar o seu valor …

Para descrever a respetiva passagem de Andrasik pelo F C Porto juntamos dois recortes, dando a palavra (escrita) ao que ficou descrito na antiga revista "Stadium" e mais recentemente no livro  “F C Porto figuras & factos/1893-2005”.


Armando Pinto

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Obs.: As imagens sem a marca AP, acima, são dos blogues "dragãodoporto" e "Memória Azul".
A.P.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pena: um avançado-goleador que fez história.


O espaço informático já muito badalado “Dragões Diário” relembra hoje a figura de Pena, na calha de mais uma marca:

« Não era um exemplo de elegância, de fineza técnica, mas teve o seu tempo como goleador temível. Cumprem-se hoje 15 anos que Pena marcava pelo 11.º jogo consecutivo, ao bisar no 5-1 ao Salgueiros, da 13.ª jornada do campeonato. Em 11 jogos Pena festejou por 14 vezes, números sem dúvida impressionantes.»


Ora Pena foi um avançado que o F C Porto adquiriu já após iniciado o campeonato dessa época, em 2000/2001, precisamente na temporada em que no F C Porto houve alteração da camisola principal, deixando de ser de duas listas como desde a década de trinta era do figurino portista. Então, apesar de ter vindo depois de estar cumprida a 2ª jornada do campeonato nacional, e no fim o clube nem ter conseguido ser primeiro nessa competição, Pena ainda foi o artilheiro-mor da equipa do F C Porto e até da prova, consagrado como melhor goleador dos estádios portugueses. Tendo, por fim, ajudado à conquista da Taça de Portugal, inclusive contribuindo com um golo na festa da final vitoriosa sobre o Marítimo, por 2-0 (com golos de Pena  e Alenitchev).


Renivaldo Jesus Pereira "Pena" nasceu em Conquista, Brasil, a nove de Fevereiro de 1974 e 
veio do Palmeiras para o F C Porto.

É sabido que depois não teve tanto sucesso, em veia goleadora, na época seguinte e acabou por sair, mas ficou na memória clubista pela sua acutilância na dianteira, mormente com arrancadas decisivas e remates certeiros, além naturalmente de figurarar no rol dos goleadores do campeonato português.


Olhando à efeméride relembrada, aproveitamos neste nosso espaço portista, também, para lembramos esse fogoso avançado, através de imagens da revista Dragões, com uma coluna da tal goleada ao Salgueiros em que Pena, molhando a sopa por duas vezes dessa vez, marcava em onze jogos seguidos. Com a particularidade da foto cimeira, da capa da “Dragões” de Outubro de 2000, destacar as contas do clube, que, tal como agora, têm  números em bom nível.

Armando Pinto

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Recordando: Digressão vitoriosa do F C Porto ao Brasil, com histórica vitória no Maracanã – entre afinidades ao famoso Vasco da Gama !


Novembro de 1971: - O F C Porto, em virtude de sua implantação na comunidade portuguesa fixada no Brasil, do outro lado do Atlântico, foi convidado a fazer uma digressão por terras de Vera Cruz, incluindo programa com diversos momentos importantes, como foi a inauguração de um estádio e alguns jogos de exibição.

= Jogo da digressão ao Brasil, o segundo efetuado em Manaus, com os então avançados portistas Flávio e Abel em ação… =


Digressão, essa, há  44 anos iniciada em Manaus, na Amazónia e terminada no Rio de Janeiro. E, então, faz agora anos, que, no dia dez de Novembro de 1971, em pleno Maracanã, perante 100 mil espectadores, o FC Porto defrontou e venceu o Vasco da Gama, o mais português dos clubes do Rio. Um golo do brasileiro Flávio fez o resultado.


O Vasco da Gama, clube da Cruz de Cristo, de homenagem aos descobrimentos portugueses (em cujas caravelas havia esse símbolo nas velas), é um dos clubes praticamente irmãos do futebol português, inclusive com fortes laços ao F C Porto, conforme é da história e como se sabe pela paradigmática jornada de 1921 que granjeou ao F C Porto o troféu Vitória, alusivo à histórica vitória portista por 2-1 sobre o mesmo clube dos portugueses-brasileiros, naquele tempo entregue por uma embaixatriz da colónia lusa, junto com medalhas para os futebolistas portistas.

Entretanto, décadas mais tarde, cerca de cinquenta anos passados, novamente outra "beldade" representante do Vasco procedeu a idêntica entrega, respeitante à vitória de 1971 (a que se reporta a sequência de imagens seguintes).


= Imagens relativas à viagem tiunfal de 1971 =

Curiosamente, sendo o Vasco da Gama um clube fundado por portugueses e de forte ligação aos descendentes de portugueses, além naturalmente de brasileiros e toda uma grande falange espalhada por muito lado, consistindo como clube que já teve grandes momentos, embora presentemente passe por horas difíceis quanto à ainda possível  manutenção na divisão superior de seu campeonato, é sempre um portento de simpatias, até por sua proteção venerável.


Ora (como aqui o autor destas linhas lembra em artigo no jornal "Semanário de Felgueiras"), há afinidade lusa até com a padroeira desse grande clube brasileiro representante da comunidade portuguesa, o Vasco da Gama. Com efeito, no Brasil, Nª Sª das Vitórias (que é honrada com uma tradicional festividade em terra de Felgueiras, na Lixa, norte de Portugal), é padroeira oficial do Clube de Regatas Vasco da Gama, de fortes conexões com a cultura portuguesa. E, segundo descreve uma crónica oficial do mesmo clube, ali «a devoção por Nª Sª das Vitórias foi iniciada no período em que o cruzmaltino conquistou seus primeiros triunfos no futebol. Em 1923, após conquistarem o primeiro Campeonato Carioca da 1ª divisão, os jogadores receberam cordões com medalhas da padroeira. Alguns anos mais tarde, movido por sua devoção à mesma santa, um associado do clube presenteou os jogadores com uma imagem da padroeira, que foi colocada na portaria.» Acontecia então que um histórico dirigente desses tempos, o tesoureiro da direção Alberto Baltazar Portela era natural do concelho de Felgueiras, chegando até a ser benemérito da escola primária da Longra (onde era homenageado sempre que vinha de visita à terra natal) e teve seu nome atribuído ao campo de basquetebol da Longra, existente pelos anos trinta e quarenta…Conf. consta no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997.

= Uma das formações da equipa do F C Porto no Brasil =

Podendo ou não haver relação direta entre tais casos, o certo é que a imagem viscaína da sua padroeira tem diversas semelhanças com a da Lixa, do concelho de Felgueiras, no distrito do Porto. Sendo esta portuguesa venerada em terra felgueirense desde era antiga, com ancoragem na capital de Vera Cruz à chegada dos anos 20, do século XX. E há nas suas instalações desportivas, na zona do estádio São Januário, uma capela dedicada à mesma protetora do famoso clube de grande história futebolística – cuja construção contou com contribuição de alguns clubes portugueses, com realce para F C Porto, Benfica e Sporting, que mandaram caixas com terras de seus recintos… em associação simbólica.

= ...E uma das taças conquistadas nessa digressão de 1971, orgulhosamente transportada nas mãos do guarda-redes Armando. = 

Armando Pinto

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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Aurora Cunha: na efeméride dum título mundial…


Há 30 anos, nesta data, a atleta do F C Porto Aurora Cunha renovava o título de Campeã do Mundo de Estrada. Na época seguinte, conquistaria o tricampeonato dessa especialidade atlética.

Aurora Cunha é um nome na história do F C Porto, como atleta histórica do Atletismo azul e branco, uma referência na identidade memorial Portista. Com direito até a figurar em artefactos relacionados com a marca F C Porto – como se pode ver por um exemplo dum tema de coleção do autor.


Armando Pinto


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domingo, 1 de novembro de 2015

Tempo de Homenagem de Saudade…


Transposta a passagem que transporta à imagem espiritual, com a chamada noite do Halloween vulgarizado, algo que antigamente servia para “alumiar” perante o breu da noite nas andanças por mor das desfolhadas… é chegado o primeiro dia do mês de Novembro com o sagrado culto de Todos os Santos e Fieis Defuntos, a voltar-nos intimamente para o sentimento da recordação e saudade pelos “Nossos” que já partiram deste mundo.

Como um antigo lampião nas caminhadas tradicionais por velhos barrocos da memória de nossos recônditos pensamentos, qual lanterna de alumiar de tempos antepassados, a iluminar a memória de nossos ente queridos, apertamos em nossas ternas memórias feições que sempre serão queridas ao correr de nosso sangue. Porque há pessoas que são como de nossa família, não por sangue, mas pelo coração. Como as pessoas que ficam para sempre associadas ao nosso F C Porto.

Em homenagem de saudade viva a toda a gente que faz parte deste grande sentimento que é ser Portista, recordamos o artigo aqui publicado há ano – pois nisto também é sempre idêntico o ser Porto!

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Armando Pinto