Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Tomada de posse do Presidente do FC Porto André Villas-Boas e novos Órgãos Sociais Portistas para o Exercício de 2024/2028!

 

Ao meio dia de 7 de maio, no corrente ano de 2024, teve lugar na zona VIP do estádio do Dragão a cerimónia da tomada de posse da nova Direção e restantes órgãos sociais dirigentes do FC Porto, tomando oficialmente então posse o novo Presidente Portista, André Villas-Boas. Em ato público muito concorrido, apreciado e vitoriado pela numerosa presença de sócios portistas e convidados que marcaram presença na grande sala da tribuna vip do Dragão. Tendo aqui o autor destas linhas com muita honra e grande satisfação ali também estado presente, de corpo e alma, a assistir a esse momento tão especial e ansiosamente esperado, para a necessária mudança na vida do FC Porto.  

Com efeito, André Villas-Boas tomou posse esta terça-feira, dia 7 de maio de 2024, como presidente do FC Porto, sucedendo a Pinto da Costa, após a concludente vitória nas eleições do passado dia 27 de abril, em que os sócios maioritariamente escolheram o simpático jovem e antigo treinador, afastando Jorge Nuno Pinto da Costa, com abissal diferença de mais de 80% dos votos contra 19 %, respetivamente.

Desse início da nova era do FC Porto, além do que fica narrado em reportagens da comunicação social, permanecem as sensações pessoais vividas. Como ainda em constatação, quão sobressaiu, a elegância da postura do novo Presidente, ante a tomada de posição dos dirigentes derrotados e que não estão a querer sair, agarrados que têm sido e estão presos aos lugares e regalias que têm auferido. Sendo que Villas-Boas tomou posse como presidente do clube mas ainda não da SAD, por os respetivos elementos da ex-Direção de Pinto da Costa estarem a querer impedir, para já, a normalização da vida do clube, como seria com mais célere resolução dos problemas que deixaram, de modo que obstruem que o futuro possa ser melhor planeado a tempo e horas.

Pese isso, para já importa que o FC Porto começa nova fase, depois dos tempos recentes em que foi notória a perda de valores do Clube. E está assim empossado o novo Presidente do FC Porto, André Villas-Boas, o atual Presidente de todos os Portistas, dos verdadeiros Portistas.  


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Armando Pinto

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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Recordações do Título Nacional de Maio de 1990... pessoalmente vivido a andar a pé para Fátima!

 

Estando-se em maio, neste tempo de aproximação às cerimónias tradicionais de Fátima, e na fase final do Campeonato da atual Liga, vem a talhe lembrar algo relacionado, já de tempo distante. Num tempo de dias bons, afinal.

Então… Em 1990 o dia 6 de maio foi num domingo de sol aberto, perpassando desde a manhã ridente até à soalheira tarde domingueira umas marcantes sensações, quão ficaram para a história pessoal e portista tais momentos. Sendo nesse dia que no estádio das Antas se realizava o jogo que daria a certeza da conquista de mais um Campeonato Nacional de futebol para o FC Porto, sem eu poder dessa vez ir viver in loco tal jornada, por estar a caminho de Fátima. Estando então a ir a Fátima a pé, em peregrinação com uma pessoa de família e diversas pessoas conhecidas.

Pois então, depois de durante a caminhada do dia ter sabido apenas algo do desenrolar do jogo, sem ouvir relatos, pois quando não posso ver prefiro não estar ansioso e só saber depois o resultado, acabei por saber que o Porto estava a ganhar já quando acabamos a etapa desse percurso. E depois, enquanto outros descansavam ou recuperavam energias, fui até um café, junto ao local onde ficávamos; e vi então o final do jogo na televisão, mais a festa que se seguiu. Nesse tempo em que a apoteose final era com invasão festiva ao relvado do campo de jogo, para vitoriar os campeões e tudo mais.  

Isso então, nessa tarde soalheira do domingo 6 de maio de 1990. Quando o FC Porto venceu o Vitória de Setúbal por 1-0 no jogo da decisão do título, através de um golo de Jorge Couto, suficiente para o FC Porto ali confirmar a conquista do 11.º Campeonato Nacional de futebol. A conta que se verificava até esse ano. Desde então, o FC Porto venceria mais 19 Campeonatos, como se sabe, até estes dias que correm.

Ora, naquele tempo, passavam a faltar duas jornadas, para o fim do Campeonato, dessa época de 1989/1990, mas o FC Porto levava suficiente vantagem de cinco pontos sobre o Benfica, sendo que as vitórias valiam dois pontos, ainda. Assim, após mais essa vitória, ficara desde logo garantido o título nacional, o terceiro sob o comando de Artur Jorge.

Dias depois, após eu ter concluído a ida a Fátima, já no regresso, porque já não pude antes arranjar jornais, comprei então uma revista com reportagem alusiva, para ver, ler e guardar. Sendo dessa publicação, existente nesse tempo, a Bola Magazine, as imagens das respetivas páginas com que se ilustra esta recordação.


Armando Pinto

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Efeméride da célebre vitória sobre o Arsenal de Londres em 1948 e memória da correspondente Taça Arsenal


A 6 de maio de 1948 teve lugar na cidade do Porto, em pleno estádio do Lima, o celebérrimo encontro de futebol entre as equipas principais do então Campeão do Norte de Portugal,  Futebol Clube do Porto, e o campeão de Inglaterra, Arsenal de Londres, ao tempo considerado seu "team" como sendo a melhor equipa do mundo. Conforme a fama rotulada, dando ênfase à digressão que meteu visita a Portugal, começada em Lisboa com um triunfo achado normal dos ingleses, e surpresa acontecida no Porto através de vitória assinalável dos portugueses da equipa azul e branca do Porto.


Esse grande feito, além de constar em diversas publicações narartivas do acontecimento,  ficou entretanto perpetuado com uma grande taça, a chamada Taça Arsenal. Cuja história está também narrada num folheto desdobrável, publicado pela comissão promotora da entrega desse valioso e grandioso troféu ao FC Porto, em 1949. (E que aqui se pode ler, clicando sobre a imagem, naturalmente.)

Por toda a expressão da ocorrência, merece o caso ser devidamente registado memorialmente.


Assim sendo... O dia seis de maio é uma data histórica. Pode ter sido também por outros motivos, mas especialmente foi porque naquela tarde de 6 de Maio, ao correr do ano de 1948, o FC Porto venceu o clube naquele tempo considerado melhor do mundo e que antes tinha goleado em Lisboa o Benfica. Dando-se então quase como uma refrega tipo David e Golias, em que o FC Porto, clube do Norte de Portugal, venceu brilhantemente o Arsenal de Londres, no Porto, depois de todo o mundo ter sabido da fácil vitória do mesmo campeão inglês em Lisboa.


Por tudo isso, para não pecar nem por excesso nem escassez, ilustramos essa realidade com alguns excertos de publicações, em respigos colhidos com descrições e imagens. Sendo as fotos de reportagem da revista Stadium e a do alinhamento das equipas extraída do livro “Barrigana o homem das mãos de ferro” (por José Parreira).


De tal modo essa vitória foi saborosa e histórica que um grupo de sócios do FC Porto resolveram perpetuar tal grande feito, metendo peito a uma campanha destinada a fazer uma taça com que essa façanha ficasse assinalada a preceito, de modo ao clube ser assim devidamente honrado. E não fizeram a coisa por menos, pois que resultou numa grande taça, que passou a ser a melhor de todas que há por estes sítios do país que tem velha aliança com a Inglaterra.


Ora, essa taça, normalmente referida por Taça Arsenal e popularmente chamada Taça Monumental, por sua grande dimensão e monumentalidade, também pela sua beleza e pelo seu grande valor foi acompanhada por um armário, ao género de vitrina, a servir de cofre, em cujo interior está o troféu guardado mas à vista, como deve ser.


= Exposição no antigo museu do clube. Estando agora no atual num espaço próprio, com dignidade merecida. 


Toda a sua classe foi sempre um verdadeiro orgulho para o ego portista, para o sentimento do mundo azul e branco.

Desde os tempos de escola primária, quando no recreio me fartava de gabar coisas do nosso Porto (falando aqui para nós, pessoalmente), já essa taça vistosa dava para alguma prosápia de orgulho, trazendo às rodas de amigos o que eu já tinha visto no jornal d’ O Porto. E com o tempo e melhor conhecimento, sempre esse trofeu me saltou aos olhos da afeição.



Num modo de mostra museológica, ilustra-se também a crónica com uma alusiva página do álbum “FC Porto 100 Momentos”, por Júlio Magalhães.


Assim, do próprio jogo, ficou algo registado na revista Stadium, em sua edição de 12 de Maio desse ano, com a capa reportando imagem alusiva e lá dentro contendo uma pequena crónica a ladear as respetivas gravuras, mais uma referência maior na página dedicada ao Norte nessa revista de Lisboa.


Seguidamente, sobre tudo isso e mais ainda descrevendo o grande e valioso troféu, junta-se a narrativa incluída no livro “FC Porto – figuras & factos – 1893-2005”, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.


Passam assim diante de nós imagens dessa grande proeza, cujo sucesso foi à medida do entusiasmo que fez parar o comércio da cidade do Porto naquela tarde de 6 de maio de 1948. Como hoje ainda faz deter a atenção de cada portista que valoriza a história do FC Porto, sempre.  

= Como complemento, fica aí a ficha do jogo e narrativa histórica, conforme consta da brochura “A Vida do Grande Clube Nortenho”, edição especial Seleções Desportivas e texto de Luís César

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Com grande honra há uma curiosidade relacionada: No Museu do FC Porto By BMG consta imagem da capa de uma publicação alusiva, retirada da revista Stadium, do original na posse do autor deste blogue  cujo exemplar em tempos esteve emprestado ao museu entre objetos do autor destas linhas, então cedidos temporariamente – conforme imagens que se juntam.

Armando Pinto

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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Respigos da História do Futebol Portista – ANTÓNIO SOARES: um quase desconhecido futebolista internacional de 1931…

 

Entre casos diversos de faltas de registos mais completos, quanto a falhas de informações precisas e outras situações, vem a talhe puxar o facto de haver um antigo futebolista do FC Porto – António Soares – sobre o qual pairam dúvidas ou pelo menos incertezas. Atendendo a constar o nome dele em diversas referências sobre a Seleção Nacional de futebol, constando como jogador do FC Porto que representou a Seleção Nacional em 1931, mas faltando informações de jogos que tenha feito pelo FC Porto. Embora sabendo-se também que os dados conhecidos sobre jogos são mais referentes a provas dos calendários das competições nacionais e não tanto do antigo calendário regional, sobretudo do Campeonato do Porto, por exemplo, que dava acesso ao Nacional, em tempos remotos. Porém, para ele ter jogado na Seleção Nacional não poderia ser de menor valia, quão conhecida é a situação histórica dos homens do FC Porto para serem chamados à Seleção Nacional terem de ser mesmo bons (não bastando ser idênticos aos dos clubes rivais, mas sim tendo de ser muito superiores aos adversários portugueses dos mesmos lugares em campo).

= Cromo duma caderneta antiga (créditos da página "baú dos cromos")

O facto ressalta ainda por António Soares não constar entre os nomes de futebolistas do FC Porto que o historiador Rodrigues Teles compilou para o livro sobre “Jogadores de futebol que foram Internacionais pelo FC Porto”, publicado em 1968 (aquando da colocação da Galeria dos Internacionais do FC Porto na sede do clube, em quadros com fotos respetivas). Porém o caso não será convincente, atendendo a diversas ocorrências passadas com a historiografia publicada ao longo de anos por Rodrigues Teles, incluindo ter sabido da fundação do clube em 1893 e não ter explorado isso. Além que o Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar, de onde por vezes são retiradas informações, contém também diversos enganos e algumas falhas. Estando assim a verificar-se necessidade de haver pesquisa exaustiva por jornais e outras publicações de época a época, para existência dum arquivo histórico verdadeiro, rigoro e preciso.

= In livro “ A Selecção Nacional de Futebol”, de Rui Tovar (pai) e Joaquim Tapada, volumes 1 e 2, edição Amigos do Livro, Lisboa, em 1978.

Estes e outros casos e acasos, também, foram acontecendo por ter vindo a faltar no FC Porto um arquivo oficial perene, de duração permanente ao longo dos anos, e uma base de dados atualizada, como se nota de tantas incorreções e esquecimentos que quantas vezes têm aparecido em publicações de chancela clubista.

= In revista “Seleções Desportivas”, ano II, n.º 20 de Julho de 1979, página 28 – “História da Seleção Nacional de Futebol”(7)” – edição de Henrique Parreirão, Costa da Caparica.

= Enciclopédia do Desporto, volume 13, página 80 - Edição Quidnovi, em 2003

Para achegas ao caso em apreço, sobre a existência e respetiva internacionalização de António Soares, de seu nome completo António Candal da Silva Soares, ilustra-se esta memorização com imagens respigadas das publicações referidas.

Observação: António Soares era oriundo do clube do Candal, tal como outros desportistas dali saídos e que se distinguiram depois em clubes de maior domensão nacional, como mais tarde também ocorreu com José Maria Matos, que também jogou no FC Porto. 

Nota: No site “Zerozero" constam as seguintes fichas:


DADOS PESSOAIS

NOME - António Silva Soares

NASCIMENTO - 1909-02-02

PAÍS DE NASCIMENTO - Portugal      

NACIONALIDADE- Portugal             

POSIÇÃOAvançado

INTERNACIONALIZAÇÕES A - 1 Jogo / 0 Golos

HISTÓRICO

FC Porto              [1927/1928>1932/1933]

Vianense            [1933/1934>1934/1935]

SC Salgueiros     [1935/1936>1937/1938]                              

Portugal              1931 -  1 JOGO    

              

Armando Pinto

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Jogo da vitória do “Nacional” de Voleibol Feminino – último título da presidência de Pinto da Costa no Futebol Clube do Porto e abraço do passado ao futuro… entre o presidente cessante e o eleito André Villas-Boas!

Em plena noite do feriado do 1º de Maio, o pavilhão Dragão Arena foi cenário emotivo da vitória do FC Porto no jogo decisivo da atribuição do Campeonato Nacional de Voleibol Feminino. Em cujo decurso desse último encontro, o FC Porto ao ser Campeão Nacional do Vólei jogado pelas meninas das camisolas azuis e brancas, obteve para o Clube a última taça conquistada na presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa, derrotado dias antes nas eleições clubistas e como tal em fim de mandato. 

De realce ainda há a registar que, num intervalo do jogo, o já Presidente eleito, André Villas-Boas, estando a assistir na bancada, subiu ao camarote presidencial onde estava o presidente ainda em funções, e entre os dois foi trocado um abraço que publicamente foi saudado como sinal da união necessária no F C Porto  num gesto que abraça o passado ao futuro do grande clube azul e branco, neste fim de ciclo e início de novos horizontes. Passando ainda a faltar agora a tomada de posse oficial da nova Direção no âmbito do Clube, marcada para dia 7, enquanto estranhamente ainda não há a mais que necessária passagem de testemunho no ambiente da SAD, para poder ser dado início aos trabalhos com vista à nova temporada e ao futuro portista.  

Disso tudo, para memorização, regista-se as ocorrências da noite festiva, através de imagens digitalizadas da reportagem publicada na edição de papel do jornal O Jogo.

Armando Pinto

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