Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 30 de abril de 2024

Relembrando: a tomada de posse de Pinto da Costa em 1982 como Presidente do FC Porto – excertos de suas palavras no livro “Largos Dias têm 100 anos”

 

Em abril de 1982 Jorge Nuno Pinto da Costa foi eleito presidente e dias depois tomou posse, num curto espaço de seis dias. Entre 17 e 23 de abril.

Sem necessidade de muitas pesquisas em jornais ou outras publicações, basta ver e ler no livro “JORGE NUNO PINTO DA COSTA LARGOS DIAS TÊM 100 ANOS”, para se relembrar como foi. Segundo suas próprias palavras escritas a partir da página 64, desse seu livro. De onde se retiram excertos respeitantes ao assunto correspondente.

Armando Pinto

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Efeméride do FC Porto-Varzim (5-1) paradigmático no percurso do Título Nacional de 1977/78!

 

A 30 de abril de 1978, em pleno Estádio das Antas, o FC Porto de José Maria Pedroto teve mais um jogo da fase decisiva do Campeonato Nacional de 1977/78, quando já no período aproximado à reta final da prova recebeu e venceu o Varzim, por concludente goleada de 5-1. Apresentando-se a equipa varzinista em boa forma, então com alguns jogadores que marcaram épocas no FC Porto, como Tibi e Marco Aurélio (os quais depois até regressariam ao plantel das Antas), bem como alguns antigos ex-FCP que continuaram suas carreiras por outras paragens, como Leopoldo, João e Júlio, mais Lima Pereira, que ao tempo se distinguia na turma poveira e na época seguinte rumou ao Porto.

Estava a dar frutos, então, a reorganização do clube empreendida pelo presidente Dr. Américo Sá e as transformações operadas no futebol portista pela dupla do chefe de seção Pinto da Costa e do treinador José Maria Pedroto.

Ora, nesse jogo o FC Porto assinalou e reforçou a forte vontade de finalmente ser conseguida a vitória final no Campeonato, com Gomes a fazer um hat-trick e Oliveira a bisar em golos e assistências, apesar da forte resistência da equipa do Varzim.

Estava o FC Porto a fazer um ótimo campeonato e nessa altura da época entusiasmava sobremaneira os adeptos, rumando multidões às Antas e a outros campos onde jogasse a equipa portista. Quão ali, entre a massa associativa e a grande falange assistente, também esteve de corpo e alma o sócio que agora recorda isto. À época, em 1978, inscrito como Sócio Correspondente, após a transição anterior de Sócio Menor iniciada em 1973. Sendo que ao tempo os Sócios Correspondentes tinham direito a alguns jogos (através de bilhetes de entrada em dois jogos por ano. Mais algumas regalias que só foram perdidas já tempos depois…). Mas quantas vezes entrando ainda com bilhetes comprados de público geral para acompanhar a equipa noutros jogos nas Antas e sobretudo noutros campos da área de Entre Douro e Minho. Ao mesmo tempo que era Colaborador do jornal O Porto. Antecedendo a retoma de sócio normal, como de seguida passou a ser na categoria de Bancada, primeiro (vendo tantos jogos na central por baixo da arquibancada) e Superior depois. Enquanto o cartão de colaborador do jornal só foi recebido em 1980.

Pois esse Porto-Varzim, da 24.ª Jornada das 30 do Campeonato, terminado em 5-1 final, favorável aos da casa, contribuiu ainda para Fernando Gomes se ter mantido no topo da lista dos melhores marcadores, enquanto o esquadrão do Mestre Pedroto assim mais cimentava a liderança desse Campeonato que o FC Porto viria a conquistar 42 dias mais tarde. Estava prestes a ser de vez alcançado esse velho anseio, em 1978, depois do longo jejum vindo desde o título de 1959.

Pela importância do cometimento, nesse tempo, o Campeonato Nacional de 1977/1978 foi historiado devidamente em publicações espalhadas pelos escaparates, muito procuradas e apreciadas, quão depois guardadas pelos apaixonados pela Vida do FC Porto. De cujos livros e mesmo revistas saídas a público, se recorda este jogo para efeitos de partilha e registo de memorização.

Armando Pinto

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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Efeméride da estreia de Américo como titular na Seleção Nacional A (junto de Alberto Festa, mais Custódio Pinto como suplente utilizado) com vitória na Suíça em 1964...

A 29 de abril de 1964 jogou finalmente a titular na Seleção Nacional principal de futebol o guarda-redes Américo, no Suiça-Portugal em que também jogou Custódio Pinto como suplente utilizado, depois, na companhia do colega de equipa Festa, que já jogara anteriormente com a camisola das quinas e voltou dessa vez a entrar de início. Os três jogadores do FC Porto que contribuíram para essa vitória então alcançada nesse encontro decorrido no frio do país helvético.

Passa pois nesta data, em que se escreve e regista o facto, a efeméride em apreço, desse jogo em que jogaram os três referidos jogadores do FC Porto. Sendo, desta feita, dado realce à estreia de Americo Lopes como titular, visto Pinto ter sido suplente, embora utilizado depois no decorrer do jogo. 


Américo merecia ter sido chamado a representar a "Seleção Nacional A" muito antes, desde que em 1961/62 passou a ser o guarda-redes n.º 1 do FC Porto, mas como ao tempo era mais vincado, nessa era do sistema federativo BSB, os jogadores do FC Porto raramente eram selecionados e muito menos jogavam como efetivos da equipa das quinas.

Ora, para melhor elucidação e cingindo o tema à parte mais antiga e menos lembrada, dá-se conhecimento do que foi acontecendo anteriormente, tal um caso passado em 1962. Quando Américo estava já considerado o melhor guarda-redes do Campeonato Nacional e ficou em espera, como suplente, com a internacionalização adiada. Bem como algo caricato se passou com Alberto Festa, conforme se pode ver e recordar. Basta atentar no que ao tempo foi então narrado no jornal O Porto, em sua edição de 9 de maio desse ano. Onde, porque ao tempo havia censura oficial (sendo o jornal “Visado pela Censura”) foi aquilo descrito em tom jocoso, como simples “Anedota da Quinzena”  sobre o que se passou nesse jogo ocorrido a 6 de maio de 1962 (Brasil, 2-Portugal, 1). Em que alinharam, pela equipa representativa de Portugal, como titulares 4 do Benfica, 4 do Sporting, 2 do Belenenses e 1 do FC Porto (Serafim, então em estreia pela Seleção A), além de terem entrado depois, nas substituições operadas, mais 1 do Benfica e 1 da CUF. 


Sendo na mesma edição do jornal, em "O Porto a rir", finalizado assim:

 Outro exemplo do que se passava com as chamadas às seleções Nacionais A e B de futebol: Quando Américo passou a ser convocado, mas depois não era escalado para jogar… Tal o que ocorreu entretanto em 1963, como foi relatado no jornal O Porto de 6 de Abril de 1963. Eram muitos os chamados, em sinal de reconhecimento de valia, mas depois eram postos de lado, desconvocados ou a ficarem a suplentes nos jogos das equipas representativas de Portugal, melhor dizendo da Federação Portuguesa de Futebol do regime BSB. Conforme se pode ver pela notícia, no caso, tendo estado selecionados dessa vez sete portistas: Américo, Jaime, Pinto, Festa, Serafim, Paula e Hernâni – com a história que depois foi como se sabe… ter sido!


Até que finalmente, sempre houve vez de Américo ser chamado para jogar como titular na Seleção Nacional do sistema BSB da Federação Portuguesa de Futebol. Corria abril de 1964, ao dia 29 do mês das chuvas mil... nesse que então foi o 8.º Portugal-Suíça em seleções principais de seniores.

Do facto, no jornal O Porto de 6 de maio de 1964, foi dada uma “achega”, a propósito, na rubrica “O Porto a rir”, coluna tradicional do conhecido publicista João Manuel. 


Desse mesmo jogo, da estreia de Américo como "Internacional A", ficou registada a ocorrência no segundo livro da coleção "Ídolos do Desporto", dedicado a Américo sob o título d' "O GUARDA-REDES ETERNO":




Armando Pinto
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domingo, 28 de abril de 2024

André Villas-Boas eleito novo Presidente do FC Porto! Vitória Azul e Branca… - Eu não dizia?! E logo com mais de 80 % do universo portista…


Fizemos História, nós sócios do FC Porto com a retumbante votação de sábado dia 27 de abril, data e ocorrência para a história. 

Pois foi. Como andamos a fazer história na caminhada para a eleição em apreço. Tal como foi vincado no dia da tertúlia sobre história do FC Porto, realizada na sede da candidatura, em que eu e mais três amigos interviemos no painel do dia respetivo. 

Entretanto, antes de tudo e por fim, mais fez o candidato agora vitorioso, André Villas-Boas, com a coragem de se ter candidatado, perante o cenário que durante anos e nos tempos recentes andou no ar. Quão ficou comprovado com todo o processo, culminado no Portismo manifestado nas mesas da assembleia eleitoral, diante dos resultados do voto de 26.876 sócios. Tendo o movimento "Só há um Porto", da lista B liderada pelo carismático antigo treinador vitorioso Villas-Boas, recolhido 21.489 votos dos associados, a superar a concorrência da lista A, liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa, com apenas 5.224 votos, e da lista C, de Nuno Lobo, brindado unicamente com 53 votos, na votação para a Direção, Assembleia e Conselho Fiscal e Disciplinar. Enquanto a lista D, encabeçada por Miguel Brás da Cunha, apenas candidata ao Conselho Superior, conseguiu eleger precisamente o cabeça de lista.

Eis os resultados totais:

- Direção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal e Disciplinar:

A - 5224 (19,89%)

B- 21489 (80,28%)

C - 53 (0,20%)

Brancos - 73

Nulos - 37

- Conselho Superior

A - 5511

B - 18806

D - 1936

Brancos - 542

Nulos – 69

Está pois eleito o atual 32.º Presidente da Direção na História do Futebol Clube do Porto, André Villas-Boas! Que agora tomará posse dentro de dias do prazo estatutário.

Também votei, como não podia deixar de ser. Na tarde deste mesmo sábado histórico, 27 de abril. Mas custou... Tanto tempo de espera na porta 26, sobretudo, de acesso às mesas 1, 2 e 3 (como ao lado também na porta 27), enquanto noutras portas as mesas estavam quase sem ninguém. De início a quase meio da tarde, pelo menos. Quanto à chegada à mesa de voto houve casos esquisitos, felizmente resolvidos graças à intervenção do amigo Dr. Fernando Sardoeira Pinto (filho) e do meu amigo Gustavo Rossi. Até na organização de eventos destes o clube precisava mesmo de mudar.

Ao fim do dia, pela noite adiante, chegou a boa nova: André Villas-Boas ganhou. A sua lista saiu vencedora. O meu Porto venceu. O meu Porto é nosso! Volta a ser de todos e não de alguns só.

Foi uma longa caminhada, em que feliz e humildemente aqui o autor destas linhas também se envolveu a fundo. Mas valeu a pena. Desde que há dois anos e tal tive a boa sensação de ficar fotografado junto ao amigo André Villas-Boas...

... passando por alguns momentos em que o pude acompanhar e especialmente ao marcar presença na apresentação, depois na abertura da sede de campanha, seguidamente ao intervir num painel das conversas à Porto, no caso sobre história e histórias do clube, até à festa do encerramento. Como ficam a testemunhar algumas recordações guardadas.


Foi uma grande vitória do FC Porto, pela resposta dos associados ao estado atual do clube. Pinto da Costa devcria ter sabido sair a tempo. Enquanto isso quem sente o clube e não se agarra a nada, colocando o clube acima de tudo, votou pela mudança. Após o tempo antecedente, decorrido na constituição da equipa e avolumar do movimento, em que se sucederam ocorrências assinaláveis, com saliência para o apoio da família Pedroto e as sucessivas aderências de pessoas e instituições clubistas, como algumas das chamadas Casas do FC Portro de terras diversas. Culminando na campanha  eleitoral até desaguar no mar azul da vitória eleitoral de André Villas-Boas e sua lista B. 

Futuramente, lá virá finalmente o dia em que poderei receber a roseta de ouro que Pinto da Costa não me chegou a entregar, apesar de eu ser sócio já a passar dos 51 anos. Felizmente podendo assim essa entrega ir ser concretizada pelas mãos do Presidente André Villas-Boas. O atual Presidente de todos os Portistas.

O FC Porto venceu, neste ato eleitoral que foi recordista na história do FC Porto. Agora vai-se ver quem era e é mesmo Portista, e não simplesmente apoiantes de nomes e interesses.

Ora, neste dia, ao amanhecer do novo ciclo da vida e do futuro do FC Porto, o despertar de hoje foi autenticamente com a sensação pessoal da vitória do FC Porto, como aquando das vitórias na Liga dos Campeões e Liga Europa! Só há um Porto, o de todos os Portistas!


- Eu não dizia...?!

Armando Pinto

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